sábado, 10 de dezembro de 2011

Doe um livro ao Ministério Público Federal



por Eduardo Guimarães - Blog da Cidadania
Serei curto e grosso. Diante do escândalo clamoroso que constituem as denúncias contidas no livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., lançado na última sexta-feira sob verdadeira catarse na internet e total censura dos grandes meios de comunicação de massa, decorre a suspeita de que tudo isso pode terminar em pizza.
Este blog, pois, vem oferecer ao leitor um meio de exercer a própria cidadania em caso de, a exemplo deste que escreve, não conseguir se conformar não apenas com o roubo de bilhões de dólares de dinheiro público que o livro em questão denuncia, mas com a impunidade daquele saque à nação que esse caso repugnante encerra.
Escrevo nas primeiras horas deste sábado, 10 de dezembro de 2011. Assim que o dia amanhecer e o comércio abrir, comparecerei a uma agência dos correios e enviarei por Sedex ao Procurador-Geral da República, doutor Roberto Gurgel, um exemplar do livro A Privataria Tucana, acompanhado da seguinte carta:
—–
São Paulo, 10 de dezembro de 2011
A Sua Excelência o senhor
Roberto Monteiro Gurgel dos Santos
Procurador-Geral da República do Ministério Público Federal
Assunto: denúncia contra o processo de privatização do Governo Fernando Henrique Cardoso
Senhor Procurador-Geral
Reporto-me a Vossa Excelência na condição de cidadão/cidadã brasileiro (a) com a finalidade de lhe oferecer livro lançado no último dia 9 de dezembro que contém denúncias gravíssimas relativas ao processo de privatização de uma vastidão de patrimônio público brasileiro durante os dois governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Tendo em vista que o Ministério Público, nos termos dos artigos 127 e 129 da Constituição Federal “É uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado” faço chegar a Vossa Excelência exemplar do livro A Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr., pelas denúncias graves e fundamentadas que contém.
Assim como cada cidadão brasileiro, espero que essa verdadeira instrução penal que lhe chega às mãos seja investigada por essa douta instituição.
Atenciosamente,
—–
Eis que lhe ofereço, leitor, sugestão para fazer também a sua parte para que os crimes dos ladrões de patrimônio público não fiquem impunes. Sugiro que faça o mesmo que farei e, se quiser, use o modelo de carta acima. Não gastará, em tudo isso, nem 50 reais, preço extremamente baixo pela defesa da República contra saqueadores.
Abaixo, o endereço da Procuradoria Geral da República
ENDEREÇO: SAF Sul Quadra 04 Conjunto C – Brasília – DF – 70050-900
TELEFONES: (61) 3105-5100
Tenho certeza de que será muito mais difícil o Ministério Público Federal se abster de investigar escândalo dessa dimensão se o doutor Roberto Gurgel receber centenas, quem sabe milhares de exemplares desse livro. Será também um protesto bem-humorado e totalmente representativo do senso de cidadania que vai crescendo neste país.
Se puder deixar sua adesão a esta idéia registrada em comentário, caro leitor, será possível saber desde já o resultado desta proposição, já que o próprio MPF jamais divulgará quantos exemplares de A Privataria Tucana terá recebido. Tomara que sejam muitos. Seu país conta com você, cidadão. Não se omita. Não tema. O que proponho é exercício da cidadania.

POETAS CANTADORES DO PASSADO

Pinto do Monteiro Cascavel do Repente

Grande poeta repentista do Nordeste brasileiro. Deixou muita saudade.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Rodoanel passa por cima das pessoas para 'melhorar' o tráfego de carros

Por Alexandre Bazzan
na Caros Amigos
Rodoanel-mapaA Proam, Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, entrou no último dia 16 de novembro com uma representação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos contra a construção do trecho norte do rodoanel Mario Covas.
O processo de pré-qualificação para a participação da licitação se encerra no próximo dia 14 de dezembro. O BID já liberou o empréstimo de 1,15 bilhão de dólares para a execução da obra, que se levada a cabo tem previsão para terminar em 2014.
Atropelo
O engenheiro agrônomo Mauro Victor, entretanto, analisa que a liberação da verba atropela uma das etapas do processo que foi a abertura de uma investigação para apurar os reais impactos que o rodoanel viria a causar no trecho norte. “Essa investigação ainda está em curso, não teria como liberar a verba antes que ela fosse finalizada.” Por solicitação da Proam, Mauro Victor e Marco Martins fizeram um estudo com a ajuda de diversos profissionais e o respaldo de várias ONGs ambientalistas, chamado Contra-RIMA, em referência ao Relatório de Impacto no Meio Ambiente apresentado pelo estado para conseguir a licença de construção do rodoanel.
Organismo vivo
O estudo lança um novo olhar sobre a cidade, analisada como organismo vivo, com metabolismo próprio e sinergias complexas. Isto contraria a visão atual, a tendência de realizar intervenções pontuais que acabarão por prejudicar o todo. O estudo também alerta para as características tropicais específicas brasileiras não observadas no RIMA governamental, que se baseia em projetos feitos para cidades de regiões temperadas. Uma dessas características foi inclusive observada pela chefe da delegação do BID no Brasil, Vera Lúcia Vicentini. A diferença perimetral de temperatura na cidade de São Paulo em relação ao centro pode chegar a até 15°C, Vicentini em sua visita ao país para participar de uma das assembleias públicas observou a diferença gritante. Na cidade em que vive, Washington, nos Estados Unidos, essa diferença gira em torno de 2°C entre o centro e o perímetro.
Arbitrário
O trecho norte do rodoanel terá 43 quilômetros de extensão e contará com 3 ou 4 faixas de rolagem cada pista, com a largura de aproximadamente 130 metros. Para que a obra seja feita, será necessário desalojar milhares de pessoas e a indenização ou realocação muitas vezes é feita de forma arbitrária.Rodoanel-mauro
As indenizações nem sempre observam o real valor de mercado e pessoas que construíram toda sua história na região terão que se deslocar para longe de suas origens. Outras tantas permanecem no mesmo lugar e passam a contar com incontáveis transtornos, como poeira que gera doenças respiratórias em idosos e crianças, barulho, risco de atropelamento e isolamento de seus bairros, o que além de dificultar o deslocamento das pessoas, faz com que o controle da segurança seja mais precário - o número de assaltos e outros delitos aumentou em algumas comunidades próximas a outros trechos do rodoanel.
Deterioração climática
Mauro Victor alerta para os riscos ambientais envolvendo o projeto. Segundo ele a deterioração climática seria alta e o posterior reflorestamento não supriria a falta que o desmatamento da floresta da Cantareira, que tem uma grande importância atualmente como cinturão verde da cidade e o consequente arrefecimento da temperatura paulistana. “Temos que levar em consideração a especificidade da vegetação, a Mata Atlântica é única e não tem como ser substituída.” Além disso, o reflorestamento será feito em outro município, portanto em outra bacia hidrográfica.
O assoreamento, aterramentos e demais danos aos mananciais da região metropolitana também devem aumentar os custos no fornecimento de água, uma vez que as principais fontes paulistanas serão afetadas com a obra e, consequentemente, será necessário buscar água em lugares mais distantes. Os já frequentes problemas de enchentes na cidade tendem a se agravar. As obras impactarão as cabeceiras dos formadores do Tietê - que há anos vem passando por um processo de recuperação com dinheiro do BID, em Cabuçu de Cima e Cabuçu de Baixo.
Mais poluição
Outra questão levantada pelos pesquisadores no Contra-RIMA é a afirmação a respeito da diminuição da poluição no centro da cidade após a construção do rodoanel, tão propagandeada pelo governo e que nos trechos já construídos se provou imprecisa. “Segundo constatação da CETESB, o órgão oficial que monitora a qualidade do ar na metrópole, o rodoanel aumentou a poluição no centro da cidade. Segundo a especialista Simone Miraglia isto se deve ao fenômeno da transferência, os caminhões foram deslocados da malha urbana central para o rodoanel periférico e em seu lugar entraram mais automóveis. Em outras palavras, trocamos seis por meia dúzia em prejuízo da saúde humana”, diz Victor.
O fatiamento da obra com a desculpa de dividir os custos também serve para maquiar o impacto que o projeto como um todo causaria. Fossem somados os impactos dos quatro trechos, dificilmente o governo do estado conseguiria uma licença para a construção, mas os danos causados pelos trechos precedentes, com as contrapartidas e benefícios conseguidos não foram pesados como deveriam para o planejamento das etapas seguintes.

CartaCapital: “Serra sempre teve medo do que seria publicado no livro”

Lido no blog Vi o Mundo



ARJ: A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).
ARJ: É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.

Presente de Natal do Serra: saiu o livro do Amaury!

Via blog Tijolaço



Chegou o presente de Natal que a tucanada mais temia.
A CartaCapital que sai amanhã  traz na capa o livro  que há mais de um ano vem fazendo os mais ilustres tucanos roerem as bem tratadas unhas.
A Privataria Tucana, a reportagem de Amaury Ribeiro que se transformou, ela própria, em notícia, vai aos porões dos anos infames do Governo FHC, onde o patrimônio do povo brasileiro migrou para mãos privadas, deixando grossos pingos de sujeira que a nossa zelosa imprensa nunca quis ver.
Recebemos o livro hoje, por cortesia da Editora – a Geração Editorial -  e a noite será dedicada à leitura do texto, para comentar.
Por enquanto, fica a entrevista dada por Amaury à CartaCapital, reproduzida pelo Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim.
CartaCapital: Por que você decidiu investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso?
Amaury Ribeiro Jr.: Em 2000, quando eu era repórter de O Globo, tomei gosto pelo tema. Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século, começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil). Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo disso.
CC: Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?
ARJ: Quando comecei, não tinha esse foco. Em 2007, depois de ter sido baleado em Brasília, voltei a trabalhar em Belo Horizonte, como repórter do Estado de Minas. Então, me pediram para investigar como Serra estava colocando espiões para bisbilhotar Aécio Neves, que era o governador do estado. Era uma informação que vinha de cima, do governo de Minas. Hoje, sabemos que isso era feito por uma empresa (a Fence, contratada por Serra), conforme eu explico no livro, que traz documentação mostrando que foi usado dinheiro público para isso.
CC: Ficou surpreso com o resultado da investigação?
ARJ: A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).
CC: O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?
ARJ: Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.
CC: Você foi chamado para acabar com os vazamentos?
ARJ: Eu fui chamado para dar uma orientação sobre o que fazer, intermediar um contrato com gente capaz de resolver o problema, o que acabou não acontecendo. Eu busquei ajuda com o Dadá, que me trouxe, em seguida, o ex-delegado Onézimo Souza. Não tinha nada de grampear ou investigar a vida de outros candidatos. Esse “núcleo de inteligência” que até Prêmio Esso deu nunca existiu, é uma mentira deliberada. Houve uma única reunião para se discutir o assunto, no restaurante Fritz (na Asa Sul de Brasília), mas logo depois eu percebi que tinha caído numa armadilha.
CC: Mas o que, exatamente, vocês pensavam em fazer com relação aos vazamentos?
ARJ: Havia dentro do grupo de Serra um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que tinha se desentendido com Marcelo Itagiba. O nome dele é Luiz Fernando Barcellos, conhecido na comunidade de informações como “agente Jardim”. A gente pensou em usá-lo como infiltrado, dentro do esquema de Serra, para chegar a quem, na campanha de Dilma, estava vazando informações. Mas essa ideia nunca foi posta em prática.
CC: Você é o responsável pela quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Verônica, na agência da Receita Federal de Mauá?
ARJ: Aquilo foi uma armação, pagaram para um despachante para me incriminar. Não conheço ninguém em Mauá, nunca estive lá. Aquilo faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB.
CC: E por que o PSDB teria interesse em incriminá-lo?
ARJ: Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico. Aí partiram para cima de mim, primeiro com a história de Eduardo Jorge Caldeira (vice-presidente do PSDB), depois, da filha do Serra, o que é uma piada, porque ela já estava incriminada, justamente por crime de quebra de sigilo. Eu acho, inclusive, que Eduardo Jorge estimulou essa coisa porque, no fundo, queria apavorar Serra. Ele nunca perdoou Serra por ter sido colocado de lado na campanha de 2010.
CC: Mas o fato é que José Serra conseguiu que sua matéria não fosse publicada no Estado de Minas.
ARJ: É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.
Via Carta Maior


Autorização para governo manejar 20% da receita passa por 59 a 12. Principal alvo é o caixa da seguridade social (saúde, previdência e assistência). Segundo maior beneficiado, pagamento de juros da dívida. Para governo, crise global exige renovar Desvinculação de Receitas da União, para 'mercado' não comparar Brasil a Grécia ou Itália. Votação final deve ser dia 16.
BRASÍLIA – Com a saúde e a economia precisando de uma injeção de dinheiro – a primeira para atender melhor a população, a segunda para vencer a estagnação do terceiro trimestre -, o governo conseguiu aprovar no Senado, nesta quinta-feira (8), projeto que lhe permite sacar 20% dos recursos da seguridade social para, entre outras finalidades, pagar juros da dívida ao “mercado”. A proposta, que passou por 59 a 12, tem de ser votada mais uma vez pelos senadores, o que deve ocorrer dia 16.

A Desvinculação das Receitas da União (DRU) é considerada a votação mais importante de 2011 para a administração Dilma, talvez até de todo o mandato. O mecanismo, em vigor há quase 20 anos, permite ao governo gastar livremente 20% de tudo o que arrecada, mesmo que a Constituição mande aplicar numa certa área. A DRU atual vence em 31 de dezembro, e a proposta aprovada no Senado renova a vigência dela até 2015.

No discurso do governo, a DRU tem duas funções essenciais, e uma delas está ligada diretamente à crise global: fazer caixa para pagar volumes altos de juros da dívida e, com isso, mantê-la sob controle, sem levantar nenhuma desconfiança do “mercado” sobre a capacidade do Brasil de não se transformar numa Grécia ou numa Itália.

Essa perspectiva dominou o discurso dos governistas no plenário do Senado. Até o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), deixou o comando da sessão para ocupar a tribuna em defesa da DRU. “Não podemos tirar da mão da presidente [Dilma Rousseff] um instrumento pelo qual ela vai assegurar a continuidade da estabilidade nacional.”

Com a DRU, o governo espera ter carta branca para manejar R$ 62 bilhões, dos quais um quarto será usado no pagamento de juros da dívida (R$ 15 bilhões). Numa outra visão, porém, argumenta-se que, ao contrário do que diz o discurso oficial, a crise global exige menos superávit primário – sobretudo porque a dívida, como repete o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está caindo.

Por esta visão, um alívio no superávit primário permitiria ao governo gastar e investir mais, duas ações com potencial para impulsionar o PIB na forma de injeção de capital na economia real.

O alívio também garantiria mais recursos à saúde, principal atingida pela DRU, junto com previdência e assistência social. É principalmente da chamada seguridade social que sairão R$ 62 bilhões em 2012 e outros tantos até 2015. “Não precisava nem acabar com o superávit primário, bastava reduzir que nós teríamos, ontem, aprovado 10% das receitas da União para a saúde”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Mas há ainda um segundo argumento governista em favor da DRU, esse um pouco mais ligado ao dia a dia, independentemente de crises externas. Com a carta branca, o governo pode investir o dinheiro onde acha que é mais adequado e considera mais prioritário do que uma imposição feita pela Constituição em um outro momento, há 23 anos.

A maior parte dos R$ 62 bilhões – um terço – será destinado a programas como combate à miséria e construção de casas. “Nossa Constituição estabeleceu, sem dúvida, uma quantidade excessiva de vinculações de recursos”, disse o líder do PT, Humberto Costa (PE). “Se, por um lado, isso gera uma garantia de gastos mínimos em várias áreas, especialmente áreas sociais, por outro lado, isso concorre negativamente para a capacidade, a competência e a agilidade na execução orçamentária.”

A esse argumento, os adversários do governo opuseram dois, a depender do feitio do partido.

O tucanato valeu-se de uma visão liberal, para quem bastaria enxugar a máquina para ganhar em racionalidade. “[A DRU] É uma exibição de um rigor fiscal que não existe, que não convive com a ideia de um governo que tem 38 ministérios, que tem milhares de cargos de confiança”, disse Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Já o PSOL botou de novo a culpa no superávit primário. “O verdadeiro engessamento” do orçamento, disse a senador Marinor Brito (PSOL-PA), é o juro.

O bandido João Dias e a mafiosa Veja

Do blog do Miro











Por Altamiro Borges

O policial João Dias, o bandido-fonte da Veja no linchamento do ex-ministro Orlando Silva, voltou a ser preso hoje (8). Na grotesca invasão ao Palácio Buriti, quando atacou duas funcionárias, gritou palavrões, esbanjou racismo e exibiu um pacote com R$ 159 mil, ele também agrediu um policial.



Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a sua prisão está amparada no Artigo 209 do Código Penal Militar, porque ele quebrou o dedo de um sargento destacado para contê-lo. O crime, portanto, não é pela agressão às servidoras públicas, mas por ferir um integrante de sua própria corporação.

Cadê a punição à revista Veja?

João Dias está detido na Corregedoria da PM e será levado para uma ala especial do presídio da Papuda, onde ficam os presos militares. Na prisão de ontem, ele pagou uma fiança de R$ 2 mil e foi liberado. Agora, voltou à cadeia. O Código Penal Militar é rigoroso contra policiais que atacam os seus pares.

Esse criminoso "amalucado" e violento foi a principal fonte da revista Veja contra o ex-ministro dos Esportes. Fez inúmeras denúncias sem apresentar qualquer prova. Destruiu a imagem do jovem Orlando Silva. Agora, ele está preso. E a criminosa revista Veja? Ela ficará impune por seu crime?

Ela deu espaço nobre para um bandido - acusado por desviar recursos públicos, por enriquecimento ilícito (uma mansão, três carrões importados e duas academias de ginástica) e até por homicídio. Será que ninguém fará nada contra este tipo de jornalismo criminoso, murdochiano?

O governo continuará evitando o debate na sociedade sobre a regulação da mídia? Será cúmplice dos crimes destes jagunços midiáticos?


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dilma e a estratégia da despolitização


Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

O que causa espécie nas crises políticas enfrentadas pela presidenta Dilma Roussef desde 1° de janeiro até o mês que encerra 2011 é a sua estratégia, até agora bem-sucedida, de despolizitar a ofensiva sistemática aos integrantes de seu Ministério pela imprensa, por partidos aliados ou, em menor intensidade, por partidos adversários. Na verdade, a despolitização é o resultado mais evidente do comportamento da presidenta, de substituir ministros num prazo não tão pequeno que pareça rendição aos ataques ou dê a impressão de que suprimiu direito de defesa do acusado, nem tão grande que pareça que vá comprar a briga por um subalterno.



De qualquer forma, um comportamento político previsível como este não deixa de alimentar, do lado da imprensa, a vaidade do poder que decorre de uma derrubada de ministro; e, dos "amigos" do poder, a tentação de aproveitar as oportunidades que se colocam para ocupar espaços dentro de seu partido ou em favor da sua legenda na base de apoio do governo.

Para ambos, amigos e inimigos, prevalece a estratégia do "vazamento" de informações; a mídia entra com a escandalização do fato, existam ou não indícios crimes cometidos (a estratégia da repetição é muito eficiente nisso).

Até agora, houve despolitização porque a presidenta tem demitido o auxiliar sob a mira dos atiradores de elite antes que o ataque especulativo ao governo não resulte em um grande desgaste. Convenha-se, no entanto, que a soma de pequenos desgastes resultantes da queda de sete ministros, com grandes chances de emplacar um oitavo, acaba, no mínimo, colocando o governo em constante defensiva. A opção de ir levando a administração com as orientações políticas emanadas do Palácio do Planalto, as soluções técnicas gerenciadas pela Casa Civil e uma gestão mais coesa das políticas econômica e monetária, reduzindo a importância dos ministros impostos pelos partidos da bases aliada, tem lá os seus limites.

Outra razão da despolitização é o estado de pauperização da oposição, que saiu pequena das eleições do ano passado e se viu ainda mais desimportante depois do racha do DEM, patrocinado pelo prefeito paulista Gilberto Kassab. A ofensiva oposicionista parte da imprensa, mas a denúncia, vinda de fora dos partidos e ao estilo" imprensa marrom", como já designava Antonio Gramsci no início do século passado, tem bastante eficiência na formação de consensos.

Por enquanto, os consensos são sedimentados na parcela que lê jornal ou acessa mídias tradicionais - que no caso brasileiro é muito restritra, perto dos muitos recém-letrados que não entraram apenas na sociedade de consumo de bens duráveis, mas também na sociedade de consumo de cultura, mas pela porta da internet - são o de que todos os partidos são iguais (ou a esquerda no poder se corrompe mais do que a direita, portanto todo poder à direita); e que a democracia tem uma eficiência questionável do ponto de vista ético.

Mais adiante, depois de mais alguns ministros derrubados, pode consolidar-se o consenso nessa classe mais tradicional (que tem mais tempo de vida na sociedade de consumo e consome mais) de que Dilma é boa técnica, mas está inviabilizada pela política. Agora, a moda é bater no "presidencialismo de coalizão", como se o problema fossem as alianças, e não a excessiva exposição dos partidos ao poder econômico, via financiamento privado de partidos e de eleições.

Quando despolitiza esse debate, colocando-o apenas na órbita das suspeitas que devem ser investigadas pela polícia e apuradas pela Justiça, Dilma se afasta dos partidos políticos que podem prejudicar a sua imagem perante a opinião pública que forma consensos via mídia tradicional (sem que possa prever até quando conseguirá separar os partidos da base aliada de seu governo). Perde, todavia, a autoridade política para discutir, junto aos partidos, soluções estruturais para a renovação da estrutura partidária brasileira. Se a postura diante das sucessivas crises com os partidos tivesse sido a de assumir a discussão sobre as necessidades de financiamento do sistema que colocam a política no submundo da economia, poderia ter liderado um debate sobre a reforma política mesmo arriscando contrariar parte da base aliada.

Somente a Presidência da República tem, hoje, um poder de agendamento político que pode se contrapor ao da mídia - os veículos tradicionais podem estar ilhados, como formadores de opinião, nas classes tradicionais, mas ainda têm grande poder de definir os temas da agenda. Tanto que as denúncias contra ministros pautaram o cenário nacional, enquanto corria paralelamente no Congresso, a duras penas e sem qualquer ajuda do governo, o debate sobre a reforma política, adiado, como sempre, para outra oportunidade.

A neutralização "técnica" dessas denúncias, como lembrou Luís Nassif ontem (7/12), em seu blog, foi de alguma forma sustentada pela gestão econômica. Com a errada de mão da política de juros do BC no primeiro semestre, e os resultados pífios de crescimento nesse final de ano, a eficiência da estratégia de sobrepor a gestão técnica aos problemas políticos do governo pode ser bem menor. E quando a despolitização não for mais possível, será mais difícil formular uma agenda política com partidos desgastados num processo onde a único resultado palpável, até agora, foi o de questionar a legitimidade de cada partido da base aliada. Inclusive do próprio PT.

Jornalismo militante do Brasil critica congênere argentino



por Eduardo Guimarães - blog da Cidadania
Vai passando quase despercebida – por estar sendo pouco comentada – matéria da Folha de São Paulo de segunda-feira que, por sua importância, chegou a ser publicada no site da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). É de autoria da jornalista Sylvia Colombo, 39, correspondente daquele jornal na Argentina (Buenos Aires).
Sob um título nitidamente partidarizado como “Cristina Kirchner faz cerco à imprensa independente”, Sylvia relata o clima político que vive a Argentina no âmbito da “guerra” entre governo, de um lado, e meios de comunicação do outro. Todavia, a jornalista faz isso sob a ótica de um dos atores envolvidos no processo, o que, de acordo com o seu próprio ponto de vista, não seria jornalismo.
É imperativo ler esse relato porque, descartadas as opiniões e idiossincrasias da autora, revela como um governo de centro-esquerda com propostas e ideais muito parecidos com os do governo Dilma Rousseff está derrotando a filial argentina da franquia midiático-conservadora que governou ao menos a América do Sul desde sempre até a virada do século XX, e que está mantendo o governo brasileiro literalmente acuado.
Se já leu essa matéria, releia (abaixo) e reflita sob a ótica que será proposta. Se não leu, há que ler.
—–
Cristina Kirchner faz cerco à imprensa independente
Ter, 06 de Dezembro de 2011
Folha de São Paulo
Mundo – Mídia
Governo usa veículos próprios para praticar “jornalismo militante”
SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES
“Você trabalha no ‘Clarín’?”, pergunta mal-humorado o taxista ao repórter do jornal, depois que ele diz o endereço onde quer ir.
Meu colega já vinha se irritando com esse tipo de patrulha. Chegou a dar nomes de ruas paralelas, preferindo caminhar até a redação, só para não ouvir agressões de apoiadores do governo, que está em guerra com a imprensa independente.
Nesse dia, respondeu: “Não, estou indo lá só para entregar um envelope”. Depois, pensou no absurdo que tinha sido levado a dizer.
Uma outra colega, que faz um curso de pós-graduação numa universidade local, havia se interessado pela aula de determinado professor. Um dia, foi pedir recomendações de leitura. Ele, simpático, a recebeu e perguntou a que se dedicava. Ela, orgulhosa, encheu a boca e disse: “jornalista”.
Quem já está há algum tempo na profissão acostumou-se a ouvir comentários positivos depois de uma apresentação assim. Em grande parte do mundo ocidental, considera-se o jornalismo uma atividade nobre e importante para a sociedade.
Pois o professor dessa minha amiga parou de sorrir quando ouviu essa palavra. “Aqui não gostamos de jornalistas”, disse.
Comigo acontece também direto. Numa ocasião, numa barulhenta sala de espera de um dentista, enquanto preenchia minha ficha, a secretária perguntou minha profissão. Quando disse, fez-se silêncio, quebrado apenas pelo comentário desconcertante de uma senhora: “No seu país vocês são mentirosos também?”
Em debate do programa “6,7,8″, atração da TV estatal cuja finalidade é malhar a imprensa crítica ao kirchnerismo, o comentarista Orlando Barone soltou a seguinte pérola: “O jornalismo é inevitavelmente de direita porque a democracia é de direita. O jornalismo nasce para defender a democracia, dentro dos cânones instituídos da propriedade privada”.
O governo Cristina Kirchner, que começa um novo ciclo no próximo sábado, é louvável em alguns aspectos: tirou a Argentina da prostração econômica pós-2001, levou militares responsáveis pela repressão da ditadura (1976-1983) à prisão e aprovou o matrimônio gay.
Porém, sua relação belicosa com a imprensa assusta. Para defender-se da imprensa, o governo montou um grande conglomerado.
Seus veículos defendem as políticas do governo, mas, principalmente, atacam a cobertura de jornais tradicionais e, o que é mais grave, questionam a própria utilidade da mídia independente.
A proposta dos meios kirchneristas é implantar o que chamam de “jornalismo militante”, que prega a ideia de que o compromisso do jornalismo deve ser com “causas”, citando explicações da professora da faculdade de comunicação de La Plata, Florencia Saintout.
Intelectuais como ela se defendem dizendo que, como o jornalismo nunca é objetivo, é melhor escolher de uma vez um lado da trincheira.
As “causas” do jornalismo militante, obviamente, não são quaisquer causas. Em essência, coincidem com as bandeiras do governo.
O governo já anunciou que reforçará a execução da Lei de Meios, que tirará poderes de grupos como o Clarín e dará mais espaço a “meios militantes”.
Os próximos quatro anos serão, portanto, um desafio para o jornalismo independente, essencial para o funcionamento das instituições da Argentina.
Cristina, que dá sinais de que prefere se alinhar ao Brasil de Dilma, mais do que à Venezuela de Chávez, deveria baixar o tom contra a imprensa independente.
Nada a fará mais parecida com o líder venezuelano do que acuar o jornalismo e fazer com que jornalistas tenham vergonha de declarar o que fazem em público.
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A primeira coisa na qual o leitor de qualquer ideologia e posição política pensa, ao término de um relato como esse, é no que acontece aqui no Brasil. É impensável um clima como esse por aqui apesar de a comunicação brasileira estar estruturada de forma análoga à que sempre vigeu na Argentina, mas que agora começa a mudar.
Nunca é demais repetir que a Argentina tem a sua Globo (o Grupo Clarín), que, como a congênere brasileira, cresceu, enriqueceu e enraizou-se naquela sociedade exatamente como o grupo empresarial da família Marinho, ou seja, sob as mãos amigas de uma ditadura sangrenta e às expensas do Erário.
A concentração de propriedade de meios de comunicação nas mais diversas plataformas na Argentina ainda permanece análoga à que vige no Brasil, pois através de recursos à Justiça os oligopólios midiáticos daquele país vêm postergando o que fatalmente ocorrerá se não sobrevier alguma ruptura institucional: os barões da mídia de lá terão que se desfazer de parte de seus impérios.
Note o leitor, então, que a correspondente da Folha refere-se à redução do oligopólio no país vizinho como se fosse um mal:
O governo já anunciou que reforçará a execução da Lei de Meios, que tirará poderes de grupos como o Clarín e dará mais espaço a meios militantes
Poderes? Notou o ato falho, leitor? Como, poderes? Imprensa tem que ter “poderes”?
Um meio de comunicação tem que ter prestígio, credibilidade, até recursos financeiros para bem cumprir o seu papel de informar, mas não tem que ter poderes, por exemplo, para derrubar ministros ou para vetar, modificar ou até fazer aprovar políticas públicas.
Apesar disso, há que refletir não apenas sobre a forma como o Estado vem sendo usado na Argentina por um grupo político que assumiu o poder legitimamente, diga-se, mas sobre se é isso o que queremos aqui.
Até porque, o uso do Estado por grupos políticos está ocorrendo em importantes países sul-americanos extra-Brasil, países que concentram, de longe, o maior contingente populacional da região, à exceção do nosso. Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela, principalmente, aprovaram legislações para as comunicações que, por aqui, seriam impensáveis.
Para entender por que é questionável que um governo use o Estado para fins políticos, porém, basta refletir que todo governo ocupa o poder por um período pré-determinado, um período que tem começo, meio e fim. Reflitamos, então, sobre o que aconteceria se o grupo político do qual você não gosta vencesse a eleição seguinte e passasse a controlar a máquina de comunicação que montou o governo anterior.
Imagine, leitor, se por uma dessas desgraças que acontecem o tempo todo o PSDB vencesse a eleição de 2014 e o eleito fosse ninguém mais, ninguém menos do que ele, o dito “Coiso”. José Serra já tem toda a grande imprensa a seu favor. Agora imaginemos o que aconteceria se controlasse também a TV pública e ainda podendo discriminar à vontade os adversários na distribuição de verbas oficiais.
Por isso jamais surgiu um grande meio de comunicação de esquerda no Brasil, porque a direita sempre governou e privilegiou os veículos que lhe eram simpáticos doando-lhes quantidades monumentais de recursos.
Nesse ponto surge a reflexão de que se a direita voltar ao poder não hesitará em fazer exatamente isso, usará o Estado como se fosse seu dono, de forma que a centro-esquerda deveria fazer o mesmo antes que o eleitorado cumpra o ciclo ideológico atual e devolva o poder aos conservadores, como ocorreu há pouco no Chile.
Essa é uma questão polêmica que precisa ser muito bem refletida e que jamais foi discutida adequadamente inclusive pelos setores que militam pela democratização da comunicação no Brasil: se for montada uma máquina comunicacional para este governo se contrapor à oposição midiática, assim que a direita recuperar o poder além de ter toda a mídia “independente” poderá usar a mídia estatal construída pelo antecessor.
Além disso, esta reflexão vale para vermos como os governos hispânicos da América do Sul vêm enfrentando o cartel internacional midiático-conservador que manteve esta região nas mãos da direita por praticamente todo o século passado.
Cristina Kirchner ainda terá que comer muito arroz e feijão para democratizar a máquina midiática que a direita erigiu na Argentina ao longo de décadas e mais décadas. Esses grupos, como os daqui, têm muito dinheiro, têm uma legião de amigos no judiciário, inclusive. Mas, como mostra o relato da correspondente da Folha, esse poderio está sendo minado.
O problema é a forma, não o conteúdo. Particularmente, este blog prefere que a democratização da comunicação não se dê através do uso do poder do Estado pelo governo de turno, mas para criar alternativas de informação em número e pluralidade de pensamento suficientemente amplificados para acabar com o pensamento único vigente.
O Brasil não carece, pois, de que seja erigido um império estatal de comunicação, mas de que seja terminantemente proibida a concentração de propriedade desses meios, sendo vetada a posse simultânea de jornal, revista, tevê, rádio, portal de internet, tevê a cabo e de empresas de telefonia, como acontece por aqui e ainda acontece na Argentina, apesar da lei de meios.
É preciso instilar bom senso não apenas no sectarismo que pede que o Estado seja usado politicamente pelo grupo que o controla, mas nesses grandes meios de comunicação que praticam o mesmo jornalismo militante que denunciam, só que com sinal trocado e sendo menos honestos ao não admitirem que têm lado.

Pimentel não é Palocci. Alô, alô Gaspari



Pescado no blog Conversa Afiada ( Paulo Henrique Amorim)
Saiu no Tijolaço:


Nova fase dos ataques da mídia não será fácil

Demitido o Ministro Lupi – aliás sem que tenha havido qualquer comprovação das denúncias com que se iniciaram os ataques a ele, mas sim fatos supervenientes, ainda por serem explicados, e, sobretudo, pela forma infeliz com que ele travou a polêmica – as baterias da mídia se voltam contra o Ministro Fernando Pimentel, a quem “acusam” de ter, quando não exercia qualquer cargo público, recebido por consultorias privadas que prestou.

Com ele, porém, a mídia vai enfrentar uma pedreira.

Porque fere o bom senso que um homem tenha passado 16 anos com controle das imensas quantias de dinheiro que movimenta a Prefeitura de Belo Horizonte e só depois de afastado dela ganhar algum dinheiro como consultor, algo como R$ 50 mil por mês.

Embora seja uma ótima grana, a pergunta é se o valor é compatível com a experiência e conhecimentos acumulados por um economista, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente do Conselho de Economistas do Estado.

Se tomarmos como verdadeiros os valores apresentados pelo mesmo jornal O Globo que acusa Pimentel, na sua edição do último domingo, sim. Lá é exibido um levantamento feito “com profissionais seniores”, o salário varia entre R$ 28 e 40 mil para diretores comerciais ou de marketing, isso sem levar em conta bônus, participação nos lucros .

Pimentel também não acumulou cargos: licenciou-se, sem vencimentos, da Universidade. Não posso dizer qual seria seu salário, mas a Universidade abriu faz pouco um concurso para professor-adjunto, e o salário é de R$ 7,3 mil. Com o tempo de serviço, certamente, mesmo que não seja professor-titular, daria algo como R$ 10 mil mensais. Calcule isso em 16 anos de anos e você verá o que ele deixou de receber.

Aliás, a mídia não diz nada sobre o fato de pessoas respeitáveis manterem licenças remuneradas ao prestarem serviços de natureza pública, ao contrário do que fez Pimentel.

Ao contrário do que ocorreu com o ex-ministro Antonio Palocci, o Ministro do Desenvolvimento expôs todos os seus contratos e clientes. E tem outras fontes de renda, como a participação em uma empresa familiar , a Belo Horizonte Couros, que tem três lojas na cidade e em uma imobiliária. Tudo registrado e declarado.

Há uma indisfarçável cara de “armação encomendada” por alguém que, por conta da proximidade e amizade pessoal entre ele e a presidenta Dilma, quer levar o assunto para o Palácio do Planalto.

Recomenda-se aos promotores desta onda que se cuidem, porque a “overdose” denuncista está bem clara para todos. E agora parece que esta onda foi bater em rocha mais firme.

Corre o risco de virar espuma.

Evo Morales: “O capitalismo se encontra em fase terminal”

Via blog História e Povo 



O presidente da Bolívia, Evo Morales, advertiu que se os países da região “não identificar as responsabilidades internas e externas da desigualdade, seguramente vai ser difícil construir uma unidade e uma verdadeira libertação de nossos povos”.

Ao encerra a conferência fundacional da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), que se desenrola em Caracas, Morales sustentou que a “crise quase terminal e estrutural do capitalismo” assinala “um grande momento para projetar a unidade de nossos países e libertar a nossos povos”.


Nesse contexto, propões “construir um novo modelo” para a região, dizendo que, “possivelmente seja o novo socialismo”, ao tempo que indicou que “as politicas impostas lá de fora somente nos tem saqueado, somente nos tens levado a pobreza”.

Evo se pronunciou a favor de criar “novos entes financeiros que permitam resolver os problemas da maioria de nossos povos”.


Morales, ademais, denunciou que, sob o pretexto da luta contra o narcotráfico, os Estados Unidos busca o “melhor pretexto para nos dominar e oprimir” e pediu “medidas concretas” para erradicar esse flagelo da região.

Também, acusou aos Estados Unidos de ser “um dos responsáveis históricos do aquecimento global” e denunciou a intervenção de alguns países desenvolvidos de querer “transformar o tratado de Quioto” e estar “preparando a morte da Convenção da ONU sobre mudanças climáticas”.

Por outra parte, Morales voltou a insistir com o reclamo histórico de seu país a respeito da saída marítima ao Pacifico, para que Bolívia esteja em “igualdade de condições em relação aos outros Estados”, ao tempo que considerou necessário “criar novas forças armadas” com novas doutrinas nos “países da região” para liberar verdadeiramente a nossos povos”.

Por último, o mandatário bolivariano apontou contra os meios de comunicações de seu país, aos que qualifica como “a maior oposição” a seu governo. 
 
 
Fonte: http://www.librered.net/?p=13242

Tradução:

Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história).

“Veja quer calar a democracia”


Por Juliana Sada
Nos últimos dias, a revista “Veja” dirigiu suas pesadas críticas à Associação Juízes para a Democracia (AJD), por meio de sua edição impressa e de seu blogueiro Reinaldo Azevedo. O que motivou o ataque? A nota da AJD sobre os estudantes que ocuparam o prédio da reitoria e a reação das autoridades, para a Associação há um perigoso contexto de “judicialização de questões eminentemente políticas”.
Isso foi suficiente para que a “Veja” desqualificasse o trabalho da Associação. Agora, Marcelo Semer, da AJD, vêm a público responder à “onda de ataques”.
VEJA quer calar a democracia
Por Marcelo Semer, no Terra Magazine
Tolice suprema, coleção formidável de bobagens, condoreirismo cafona.
Com esses e outros adjetivos ainda piores, o jornalista Reinaldo Azevedo iniciou, em seu blog, uma onda de ataques da revista VEJA à Associação Juízes para a Democracia (AJD).
Nos posts que buscavam detonar a associação por uma nota crítica à ação da Polícia Militar na USP, sobrou até para os educadores que seguem Paulo Freire: “idiotas brasileiros e cretinos semelhantes mundo afora”.
O nível do artigo já se responde por conta própria.
Todavia, na edição impressa que veio às bancas no sábado último, o editor-executivo da revista subscreveu um texto que, sem qualquer constrangimento ou escrúpulo político, comparou a associação a um tribunal nazista.
O descompromisso com a razão nem é o que mais ressalta no artigo –a foto gigantesca de pupilos de Hitler, fora de tom ou propósito, só se explica como um ato falho. No artigo, Carlos Graieb utiliza expressões que se encaixariam perfeitamente no ideário nazista: propõe dissolver a associação “política” ou impedir que seus membros usem a toga.
Reinaldo Azevedo, com ainda menos pruridos no mundo virtual, explicitou, numa ação que evoca o macarthismo, os nomes de todos os diretores, representantes e membros de conselhos da entidade, alertando leitores para que jamais aceitem ser julgados por estes juízes.
Que competência ou legitimidade para a posição soi-disant de corregedor ele tem não se sabe. Mas seus seguidores foram instados a identificar os juízes associados pelo próprio colunista, que deu status de artigo a mensagem de um advogado falando do desembargador ‘liberal’ apreciador de samba.
VEJA está aturdida e indignada com a afirmação de que existe direito além da lei. Os nazistas também ficavam, porque as barbáries escritas no período mais negro da história da humanidade eram legais. Jamais deixaram de ser barbáries por causa disso.
A prevalência dos princípios constitucionais é o que propunha, sem grandes novidades, a nota da Associação Juízes para a Democracia. Se juízes não podem fazê-lo em um estado democrático de direito, na tutela da Constituição que prometeram defender, algo definitivamente está errado.
Mesmo para quem conhece a linha editorial de VEJA, cuja partidarização na política é sobejamente criticada, espanta que o interesse em calar quem pensa de outra forma, parta justamente de um órgão de imprensa.
Que a falta de pluralismo de suas páginas já fosse, por assim dizer, um oblíquo atentado à liberdade de expressão, o explícito intuito de extirpar opiniões contrárias não deixa de ser aterrorizador. Sob esse prisma, lembrar o nazismo não é mais do que medir o outro com a própria régua.
A Associação Juízes para a Democracia tem vinte anos de serviços prestados ao debate institucional na magistratura e fora dela – e eu me orgulho de fazer parte dessa história quase por inteiro.
A AJD tem entre seus objetivos o respeito incondicional ao estado democrático de direito e jamais deixou de denunciar quando este se fez ameaçado. Bate-se sem cessar pela independência judicial e é militante na consideração do juiz como um garantidor de direitos.
A promoção permanente dos direitos humanos, compartilhada com inúmeras outras entidades da sociedade civil, sempre incomodou aos que se candidatam a porta-voz dos poderosos. Mas recusamos o propósito de quem quer fazer da democracia apenas uma promessa vazia.
A associação nunca se opôs a criticar o elitismo no próprio Judiciário, nem temeu se mostrar favorável à criação de um órgão para exercer o controle externo. Tudo por entender que desempenhamos, sobretudo, um serviço essencial ao público – o que levou a AJD a participar da Reforma do Judiciário propondo, entre outros temas, o fim das sessões secretas e das férias coletivas.
Anticorporativista, a associação jamais defendeu valores em benefícios próprios, o que pode ser incompreensível em certos ambientes. Recentemente, bateu-se pela legalidade da instauração de processos administrativos contra juízes pelo Conselho Nacional de Justiça, na contramão de interesses de classe.
Em vinte anos, seus membros têm sido convidados a participar de vários debates no Poder Judiciário, no Congresso Nacional e também na mídia.
O exercício contínuo da liberdade de expressão, que fascistas de todo o gênero sempre pretenderam mutilar, não vai ceder ao intuito de quem pretende impor sua visão e seus conceitos como únicos.
VEJA não está em condições de ensinar estado de direito, se desprestigia a liberdade de expressão.

João Dias, testemunha da Veja que acusou o ex-ministro Orlando Silva, é preso em Brasília


O policial militar João Dias, pivô das falsas acusações que levaram à renúncia do ministro Orlando Silva, invadiu na tarde de quarta-feira, dia 7, a Secretaria de Governo de Brasília, comandada por Paulo Tadeu.
O policial militar, segundo testemunhas, agrediu duas funcionárias do secretário Paulo Tadeu. Uma delas é conhecida por Paulinha e a outra chama-se Niedja.
João Dias carregava um pacote de dinheiro vivo que também, segundo testemunhas, ele teria jogado em cima da mesa. João Dias pretendia ser recebido por Paulo Tadeu, mas acabou preso pela segurança interna do Palácio do Buriti.
Segundo testemunhas, ele também teria pichado com um monte de palavrões a lataria de um carro que seria de Paulo Tadeu. Já na antessala do gabinete de Paulo Tadeu, o policial militar disse que precisava ser atendido pelo secretário. Mas Paulo Tadeu estava em reunião na Residência Oficial de Águas Claras. Muito exaltado, com um saco de dinheiro vivo na mão e sem conseguir o que queria, ele agrediu duas servidoras (Niedja e Paulinha) do Palácio do Buriti. De acordo com pessoas que estavam no local, Niedja teria levado um soco no rosto.
A polícia do Palácio foi acionada e um dos seguranças teria também se machucado (quebrado um dedo) ao tentar conter João Dias. A Secretaria de Comunicação do Gabinete de Paulo Tadeu divulgou uma nota oficial sobre o episódio.
Leia a nota na íntegra:
A equipe de segurança do Palácio do Buriti teve de retirar do prédio na tarde de hoje o policial militar João Dias após ele agredir duas servidoras da Secretaria de Estado de Governo.
João Dias teve de ser contido pelos seguranças já que apresentava comportamento agressivo e foi encaminhado à Polícia Civil, que tomará as medidas legais pertinentes ao caso.
Quanto ao secretário de governo, Paulo Tadeu, ele não se encontrava no Palácio durante o episódio. O secretário e outras autoridades do GDF participavam de reunião com os governadores do Centro-Oeste na Residência Oficial de Águas Claras.
A segurança do Palácio do Buriti abriu procedimento para apurar como se deu o acesso de João Dias ao Prédio. O governo do Distrito Federal também vai apurar com que objetivos escusos o policial apareceu nesta tarde de forma despropositada no Palácio do Buriti.
Secretaria de Comunicação

MENSAGEM DE FIM DE ANO NA GLOBO - TODOS DE BRANCO NA FESTA DOS BRANCOS



Sanguessugado do blog Cutucando de Leve
A Mensagem de fim de ano na Globo é só mais uma a evidenciar o quanto os negros ainda estão longe de conseguir em quantidade e qualidade posições de destaque na sociedade brasileira.

Basta uma olhadinha no "Hoje, é o nosso dia........hoje a festa é sua, é de quem quiser, quem vier......" para constatar que os negros não existem em quantidade no elenco da Globo para "comparecer".

Com muito esforço numa tomada que apresenta aproximadamente 100 artistas, três são negros (Gloria Maria, Lázaro Ramos e uma outra jovem atriz).

Essa mesma constatação triste e reveladora de um grave quadro social, econômico e cultural, se apresenta nos grupos de dançarinas de programas como o de Fausto Silva, Xuxa e Luciano Hulk.

Onde estão os negros e as negras de verdade, sem cabelo esticado e sem clareamento ?

Observem ainda nas mensagens / anúncios de Natal das empresas nas TVs, que são veiculados nos intervalos. Só tem família composta por pessoas brancas.
O apelo de compra é dirigido a quem pode comprar, e, sem nenhuma cerimônia, a TV exibe o tamanho do abismo entre negros e brancos. É fato que melhorou nos últimos anos, mas, ainda assim é um acinte.

EUA acusados de vender armas e lavar dinheiro de tráfico mexicano - do Vermelho

Mais um capítulo da polêmica que envolve a administração Obama com a venda de armas à cartéis mexicanos surgiu nesta terça-feira (6). Uma investigação conduzida pela jornalista Ginger Thompson, do jornal The New York Times coloca que, na ânsia de “auxiliar o vizinho na luta contra os cartéis de drogas”, membros da DEA, a Força Administrativa Anti-Narcóticos, teriam se envolvido com o fluxo financeiro do tráfico, o que inseriria a agência federal em um crime de lavagem de dinheiro.
A reportagem do jornal enfatizou a linha tênue que o governo norte-americano estabeleceu entre o combate e a manutenção dos cartéis armados. Em artigo publicado no Los Angeles Times, o volume movimentado pela lavagem de dinheiro que, em tese, possuía como objetivo a identificação dos “chefões”, chega a 3% da economia mexicana – o equivalente a 50 bilhões de dólares.

Ex-agentes da DEA disseram ao New York Times que uma diferença de gravidade deve ser considerada entre a operação Velozes e Furiosos e a mais recentemente descoberta. Uma, segundo eles, envolve armas e risco de vida, enquanto que, a segunda, lida “apenas” com dinheiro. Pelo mundo inteiro, o jornal contabilizou cerca de 50 ações do gênero, que ocorrem quando e como o governo norte-americano bem entender.

A resposta da oposição republicana foi ágil. O blog Townhall acusou Washington de, em nome de sua operação, “não apenas financiar o tráfico com armas, mas também com dinheiro”. Em sites como oFreerepublic.com, não são raros os leitores que se perguntam, em seus comentários, quantos são os burocratas e funcionários públicos contratados pelos cartéis e incluídos na folha de pagamento do governo.

Histórico

Ao inaugurar o Fórum das Américas do ano de 2009, o presidente norte-americano Barack Obama foi contundente, asseverando que ninguém deveria “tolerar a violência e a insegurança”, independentemente de onde ela viesse.

Em seu discurso, “crianças deveriam se sentir seguras para brincar nas ruas”, “policiais deveriam ser mais poderosos do que chefões” e “juízes melhor empenhados no progresso das leis”. Evitar que armas ilegais “corressem livremente pelas mãos de criminosos” e que “entorpecentes destruíssem vidas” seriam os meios mais eficientes para a construção desse cenário.

O país que se propusesse a essas metas, segundo Obama, teria o amparo de seu governo, “porque os EUA são amigos de toda nação e pessoa que persegue um futuro de segurança e dignidade”.

A surpresa frente a esse esforço do presidente surgiria apenas após dois anos de seu encontro com os líderes americanos. O fracasso da operação “Velozes e Furiosos”, conduzida entre os anos de 2009 e 2010 pelo ATF (Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo dos EUA, na sigla em inglês) contra o tráfico de drogas mexicano, eclodiria, no último mês de setembro, em um dos maiores escândalos do governo Obama.

A estratégia dos oficiais do estado de Phoenix era depositar quase duas mil armas nas mãos de traficantes do México, de modo que, conforme percorressem a sofisticada rede de criminalidade do país, chegassem aos principais chefes do tráfico e fossem, então, rastreadas.

As autoridades responsáveis pela tática só não esperavam que o radar que rastrearia esses armamentos falhasse, fazendo com que todo o arsenal adquirido pelo governo norte-americano se espalhasse México adentro, perdendo-se nas mãos de mafiosos. A comissão que investiga o lobby da indústria bélica dos EUA frente ao ATF e ao FBI calcula que cerca de 200 delitos tenham sido praticados com essas armas de alto calibre. o assassinato do agente da Patrulha da Fronteira Brian Terry, em 14 de dezembro de 2010, ocorreu por meio de um fuzil AK-47 e foi contabilizado pelo grupo de congressistas.

A denúncia mais severa partiu da emissora Fox News, que disse ter tido acesso a documentos que comprovam o uso de dinheiro público para a compra dessas armas no Arsenal Lone Wolf. O principal destino teria sido o Cartel de Sinaloa, liderado por Joaquín “El Chapo” Guzmán – o traficante mais poderoso da América Latina, com uma fortuna estimada em um bilhão de dólares e atuação em mais de 40 países.

Na outra margem

O México já havia proibido esse tipo de operação após o ano de 1998, quando agentes norte-americanos atuaram no país, desbancando um esquema de 110 milhões de dólares conduzido por 12 bancos mexicanos.

A autorização, desta vez, contudo, partiu da elite do governo de Felipe Calderón, cujo partido, em julho de 2012, enfrentará eleições gerais. Críticos acusam o presidente de insistir “teimosamente” nos ataques aos cartéis, o eu já vitimou cerca de 50 mil pessoas - um “banho de sangue”, dizem.

Fonte: Opera Mundi

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Demóstens: Foi o DEM que criou o Bolsa Família

Endoidou de vez!

Por muitos anos, o discurso do DEM que sempre apoiou o PSDB, era;O Bolsa-família é uma esmola! O Bolsa-família é assistencialismo! O Bolsa-família é demagogia! O Bolsa-Família é um programa eleitoreiro....

Ontem a conversa mudou

Lançado ontem como candidato a presidente da República em 2014, o senador Demóstenes Torres (GO) como candidato a presidente da República em 2014, durante a convenção nacional realizada na sede do partido, o senador discursou:

"Foi o DEM que criou o Bolsa Família através de proposta do ex-senador Antonio Carlos Magalhães" e que o país precisa de "rigor na segurança pública".

A única vez em que o DEM teve candidato próprio foi em 1989, quando o partido ainda se chamava PFL e lançou Aureliano Chaves candidato. Seu desempenho foi pífio: teve 0,9% dos votos válidos e terminou a disputa em oitavo lugar. Depois disso, em todas as eleições presidenciais a sigla se coligou com o PSDB.

Segundo matéria hoje no joral O Estado de SP, nem de longe a convenção ontem do DEM lembrava aquele que já se considerou o maior partido do Ocidente. Mas as ambições continuam as mesmas. Em uma sala apertada, de apenas de 50 metros quadrados, nas dependências do Congresso, menos de uma centena de integrantes da sigla ratificaram a intenção de acabar com a parceria de 17 anos com o PSDB para lançar, em 2014, candidato próprio à Presidência da República.
 
Do blog Os Amigos do Presidente Lula

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse

Os governantes sionistas já não têm mais do que reclamar. Depois da invasão e ocupação do Afeganistão, do Iraque e da Líbia pelos Estados Unidos, Israel deixou de ser o único detentor do título de último Estado colonialista do planeta.
Palestina, Iraque e Líbia, países semitas que, juntamente com o Afeganistão são de predominância religiosa islâmica, pagam o preço da ignorância e da campanha de difamação e racismo da mídia ocidental, que acusa o islamismo de intolerante, mas não informa que no Afeganistão existe há séculos, uma Mesquita de Maria, em homenagem à mãe de Jesus.
Alguém conhece alguma Igreja ou Sinagoga com o nome de ( Muhammad) Maomé?
Quem é o intolerante?
No Marrocos, país árabe-islâmico, o judaísmo é a segunda religião. Alguém já ouviu falar em perseguição aos judeus?
No Egito, outro país árabe-islâmico, os cristãos ortodoxos coptas são a segunda religião, e o que dizer do Líbano, hoje país de maioria islâmica governado por um cristão?
Quem é intolerante?
Nos países árabes-islámicos quando o pai fica idoso, ele envelhece e não apodrece. Idoso em árabe é sinônimo de Sheikh, ou seja, pessoa sábia e depositária do saber. Ali, não existe a excrescência denominada “asilo de velhos” ou “casa de repouso”.O idoso fica com a família até o último suspiro.
Na Enciclopédia Judaica está escrito que a época de maior esplendor do judaísmo aconteceu sob os governantes árabes muçulmanos .
Quem é intolerante?
Os talibãs (estudantes), que chegaram ao poder no Afeganistão com o apoio dos Estados Unidos, foram mais tarde acusados de terroristas não por causa do atentado de 11 de setembro, já que os supostos autores do atentado em sua maioria eram da Arábia Saudita.
E aqui abro um parêntese para reafirmar pela enésima vez que considero uma afronta à inteligência sugerir que tenham sido muçulmanos os autores do atentado de 11 de setembro.
E alguém se importa?
Mas, voltando aos talibãs, a mídia ocidental passou a considerá-los inimigos a partir do momento em que eles se recusaram a liberar o plantio e a produção de ópio. Hoje, graças à democracia americana, o Afeganistão tornou-se o maior produtor de ópio do mundo.
Aliás, para aqueles que não consideram um insulto exercer o raciocínio, basta ver o que acontece na vizinha Colômbia que, ocupada pelas forças armadas dos Estados Unidos, não cessa de aumentar sua produção de cocaína.
Os soldados americanos não combatem pelas armas, mas pelo crime.
Droga, indústria bélica, especulação financeira e mídia pilantra são os Quatros Cavaleiros do Apocalipse que, irmanados, governam a humanidade hoje.
Até quando?

SÃO PAULO DO PSDB:"CNJ faz devassa na folha de pagamento de juízes de SP"

Via blog Cutucando de Leve

FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

A corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) iniciou ontem uma devassa no Tribunal de Justiça de São Paulo para investigar supostos pagamentos ilegais a desembargadores e a eventual evolução patrimonial de magistrados incompatível com suas rendas.

A força-tarefa que iniciou a inspeção é composta por auditores do TCU (Tribunal de Contas da União), da Receita Federal e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda, além da equipe da corregedoria.

O cruzamento de informações fornecidas por esses órgãos levou o CNJ a identificar situações suspeitas.
O foco inicial da investigação do conselho é sobre a folha de pagamentos do tribunal, o maior do país, com 354 desembargadores.

Os auditores vão verificar a suspeita de que um grupo de 17 desembargadores recebeu verbas do tribunal que não foram pagas ao restante dos magistrados da corte.

A equipe quer saber se a remuneração, cujos detalhes não foram divulgados, configurou um privilégio ilegal.

A investigação do CNJ vai buscar o tipo e motivo dos pagamentos suspeitos e os responsáveis pelas liberações.

Outro objetivo da inspeção é colher dados para apurar a evolução patrimonial de magistrados. A ideia é saber se os bens declarados por eles são compatíveis com os seus rendimentos.

Nos últimos meses, a corregedoria do CNJ intensificou a verificação dos bens dos juízes, por meio de parcerias com os órgãos de fiscalização.

Como a Folha revelou no mês passado, está na mira do CNJ o patrimônio de 62 magistrados de todo o país acusados de vender sentenças e enriquecer de forma ilícita.

Também serão inspecionados pelo CNJ no Estado de São Paulo, ao longo desta semana, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e o Tribunal de Justiça Militar.
A assessoria do TJ informou ontem que o tribunal está fornecendo toda a documentação solicitada pela equipe de investigação.

A corte foi comunicada pelo CNJ de que inspeções do mesmo tipo serão realizadas em vários tribunais do país, segundo informou a assessoria do TJ-SP.

INDIGNAÇÃO

A devassa provocou indignação nos gabinetes da corte ontem. A inspeção pode abrir mais um capítulo na série de atritos entre a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, e setores da magistratura, principalmente da paulista.
Em setembro, Calmon criticou a resistência dos tribunais em relação a atos de fiscalização do CNJ, e mencionou o TJ de São Paulo.