sábado, 5 de setembro de 2009

S.Paulo em guerra. O PCC ataca, a imprensa esconde

O Pacto de amizade entre o governador tucano José Serra e o Primeiro Comando da Capital (PCC), parece que foi rompido.Talvez, o governador não enviou aos presídios a encomenda da facção;TVs de LCD, computadores, carne para churrasco...

Muito a contra gosto, o Estadão, notíciou hoje;Uma viatura da Polícia Militar (PM) foi metralhada por três homens na manhã de hoje no bairro Jardim Oriental, em Santo André, no ABC paulista. Durante a madrugada, uma base da corporação localizada na região de Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo, também foi alvo de ataque a tiros.

No outro ataque ocorrido hoje, o alvo foi uma base da 1ª Companhia do 27º Batalhão da PM na zona sul da capital paulista. A base teve a calçada isolada com uma fita. Os tiros, que não atingiram nenhum dos agentes que estavam no local, teriam sido disparados por dois ocupantes de uma moto, mas após dois disparos uma pessoa a pé foi vista correndo para o interior de uma favela da região. Ninguém foi preso.

PCC em ação:

O Jornal da Tarde do grupo Estadão, publicou: Segundo o deputado estadual Major Olímpio (sem partido), uma interceptação telefônica feita pela polícia, com autorização judicial, apurou que existe uma lista com nomes de PMs e agentes penitenciários na mira do crime organizado. O parlamentar afirmou que outros três colegas do soldado Vieira também estão marcados para morrer. "O clima é péssimo na Baixada Santista. Os policiais estão desesperados e o Estado não garante proteção."

A lista da morte e os recentes ataques a bases comunitárias reforçam a tese da bancada policial na Assembleia Legislativa de São Paulo de que essas ações são protagonizadas por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ontem, criminosos dispararam contra a base da 1ª Companhia do 27º Batalhão da Polícia Militar, na Cidade Dutra, zona sul. Uma viatura da PM também foi metralhada no Jardim Oriental, em Santo André, no ABCD.

Aqui, eu pupliquei outra notícia que você não vai encontrar em nenhum jornal paulista:Quatro soldados da PM foram surpreendidos por ataques criminosos enquanto estavam em serviço na região sul da capital e na Grande São Paulo. O ataque à base da Avenida Senador Teotônio Vilela, em Cidade Dutra, ocorreu às 4h40 de ontem . Segundo a Polícia Civil, dez tiros foram disparados, mas atingiram a parede e a janela. Os soldados conseguiram se esconder e não se feriram. Em depoimento, os PMs disseram que dois homens em uma moto ainda não identificada foram vistos saindo da rua em alta velocidade. Uma pessoa a pé também foi vista correndo para uma favela próxima e até as 20h de ontem não foi presa.

Para o deputado Conte Lopes (PTB), o PCC passou a atacar no varejo. Ele afirmou que a facção criminosa não vem agindo como em maio de 2006, quando atacou, simultaneamente, as forças de segurança no Estado. “Eles passaram a agir de forma diferente. Matam um policial hoje, outro amanhã e assim por diante”, afirmou.

Enquanto isso...O amigo dos pobres, conforme ele se declarou...

José Serra já tem equipe para tocar eleição presidencial

Embora relute em admitir sua candidatura à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra, já escalou seus colaboradores --muitos deles pinçados da própria estrutura do Estado-- para organização da pré-campanha presidencial.Veja

A Folha, Veja e O Globo, esqueceram de publicar a notícia sobre o PCC

Fonte: blog Os Amigos do Presidente

União só perdeu maioria das ações da Petrobras em 2000

O bloco oposicionista-midiático está escandalizado com o projeto do governo Lula de aumentar o controle da União sobre as ações da Petrobras. União quer maioria das ações da Petrobras, foi a alarmada manchete da Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (4). Não há motivos para a gritaria. O plano de Lula apenas restabelece a maioria acionária que a União sempre teve na empresa de 1953 até 1999.

Por Bernardo Joffily

Fonte: balanços da Petrobras

O gráfico ao lado mostra como evoluiu a participação no capital social da Petrobrás nas últimas duas décadas – em números arredondados para mostras as quatro fases principais.

Quatro fases recentes.

Na primeira, até 1994, a União detinha 49% das ações, enquanto os acionistas privados alcançavam uma maioria de 51% e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tinha uma participação apenas simbólica, de 1%.

A segunda fase foi marcada pela aquisição de mais ações pelo BNDESPar, a empresa de participações do BNDES, que passou a deter algo em torno de 8% do capital social da estatal. Na terceira fase começa a participação estrangeira, regulada em 2000 através da Resolução 2.689 da CMN. E a quarta fase é marcada pela brusca perda da participação estatal no capital social da empresa, operada pelo governo Fernando Henrique Cardos: a percentagem da União cai de 49% para algo em torno de 32%.

Segundo o último balanço divulgado, de julho deste ano, a União Federal detém 32,2% do capital social da Petrobras. O governo ainda detém outros 7,6% por meio do BNDESPar. Assim. O restante, 60,2% das ações da Petrobras, estão em mãos de acionistas privados. A rigor, a empresa continua a ser estatal porque a União detém a maioria, 55,7%, das ações ordinárias, com direito a voto. Mas três em cada cinco reais de lucro vão para bolsos privados.

Ações negociadas em NY já somam 40%

A partir do governo FHC, o capital estrangeiro passou a controlar também uma fatia da Petrobras. O gráfico indica apenas a participação de investidores estrangeiros através da Resolução 2.689. Mas a soma total das ações compradas por estrangeiros - ou brasileiros com recursos no exterior - na Bolsa de Valores de Nova York sobe a 40,2% do capital social da empresa.

Esta situação seria considerada ilegal nos termos da lei que criou a Petrobras, com a vitória da campanha 'O Petróleo é Nosso'. A Lei 2.004/1953 permitia a participação de acionistas privados na empresa revém criada. Mas o seu artigo 11 era explícito: “As transferências pela União de ações do capital social ou as subscrições de aumento de capital pelas entidades e pessoas às quais a lei confere este direito, não poderão, em hipótese alguma, importar em reduzir a menos de 51% não só as ações com direito a voto de propriedade da União, como a participação desta na constituição do capital social”.

Bom para quem, ruim para quem

Portanto, o projeto Lula de restaurar a participação acionária estatal na Petrobras não é nenhuma maquiavélica operação ultraestatista inspirada no socialismo do século 21 de Hugo Chávez. Nem implica em nenhum achaque aos acionistas privados, nacionais ou estrangeiros. Simplesmente reestabelece uma participação majoritária que existiu durante a grande maioria dos 56 anos da empresa, inclusive cinco dos oito anos da era FHC.

Bom para a Petrobras, que se capitalizará substancialmente com o aporte de dinheiro, numa fase em que precisa de enormes capitais para o desafio tecnológico da extração em águas ultraprofundas. Bom para a União, que além da nova estatal, a Petro-Sal, ganhará com os dividendos de suas ações na Petrobras. Bom também para os acionistas minoritários, que passarão a possuir papéis de uma empresa ainda mais forte e lucrativa – provavelmente uma das cinco maiores petroleiras do mundo. E ótimo para a nação brasileira e a imensa maioria de seus 190 habitantes, os beneficiários dos recursos que irão jorrar do pré-sal.

Ruim para "os adoradores do deus-mercado", como os chamou o presidente no discurso de 31 de agosto, e para os seus sacerdotes fundamentalistas no comando da mídia. Ruim para os acusadores da Petrobras na CPI do Senado. Ruim para a concorrência, que esperava a manutenção de normas permissivas e desnacionalizantes na exploração da riqueza do pré-sal. Péssimo, ao que tudoi indica, para os interesses eleitorais dessa gente em 2010...

Com informações de http://www2.petrobras.com.br

Fonte: Portal Vermelho.org

Pré-sal: Lula deu o drible da vaca em FHC


O Farol de Alexandria ia mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax e privatizá-la.
Francisco Gros, presidente da Petrobrás do Farol, a primeira coisa que fez depois de tomar posse foi dizer em Houston, no Texas, que sua função era privatizar a Petrobrás.
FHC tentou, mas na prática não conseguiu, afastar a Petrobrás da exploração de petróleo.
Com os quatro projetos de lei do pré-sal, Lula deu o drible da vaca no Farol de Alexandria.
Cabe ao Farol agora tentar ganhar no tapetão do PiG (*).


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


Leia também:


Dilma:Entrevista ao Jornal Valor Econômico.

Valor: Por que a senhora está tão segura do modelo do pré-sal?
Dilma Rousseff: Porque o que estamos propondo não é algo que não seja usual. Não é possível tratar essa questão com o primarismo com que estão tratando. Além disso, não usamos um modelo único. Combinamos dois modelos, o que até um marciano entende. Se a área é de baixa rentabilidade e alto risco exploratório, é concessão; se a área já foi concedida, é concessão, não se mexe porque sempre respeitamos contratos. O que tem baixo risco exploratório e alta rentabilidade é partilha. O que ficar no meio será decidido pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). O modelo de partilha nos permite controlar as reservas. O controle não é para tributar mais ou ter mais participação especial. É para controlar o ritmo da produção, ter uma parte da produção na sua mão e ter acesso ao que é o "filé mignon" da renda petrolífera.

O regime de partilha só existe em países pobres e sem democracia. É um bom modelo para o Brasil?
É a política a responsável pelo empobrecimento dos países produtores de petróleo. É a importação a qualquer custo de sondas, equipamentos e navios, como fizeram no Brasil no passado. Quando chegamos ao governo, importava-se tudo da Coreia e de Cingapura. Havia também proibição para investir em refinarias e petroquímica. Não somos um país condenado por qualquer razão a importar todos os equipamentos, como faziam antes. Isso não é correto nem no regime de concessão. Pelo contrário, somos um país que tem que aproveitar e dizer para as empresas que querem pegar nosso petróleo: "Vamos criar empresas aqui e criar empregos para os brasileiros." Por que não criticam a Noruega por ter feito isso? Ela criou uma política industrial que tornava obrigatório o conteúdo nacional. Lá é concessão com "joint venture" e, claro, o dedo do rei. O processo é totalmente sem licitação.

O modelo não diminui o interesse dos investidores privados?
Não estamos propondo uma coisa absurda, que não seja do conhecimento das empresas. Elas sabem que é assim a regra do jogo. Estamos estimando uma reserva substantiva e o acesso a ela é estratégico. Hoje, 77% das reservas internacionais de petróleo estão nas mãos de estatais e apenas 7% sob controle de empresas privadas. Ter acesso a reservas é o único jeito de valorizar o patrimônio de uma empresa internacional. O que entra no balanço, e que faz com que a empresa tenha acesso a financiamentos para seus investimentos, é a quantidade de reserva que ela pode registrar no seu portifólio. O que acontece é que, num país como o nosso, que vai ter regra do jogo estável, as empresas privadas internacionais não são loucas de falar que não vão vir. As empresas não ideologizam. Elas sabem que quem detém a reserva quer a renda.

O que garante que as empresas terão acesso a grandes quantidades de petróleo?
Temos três campos quantificados na área do pré-sal. Iara é de 2 a 4 bilhões de barris. Tupi é de 5 a 8 e Parque das Baleias, de 1,5 a 2 bilhões. Se uma empresa tiver acesso a 10% de tudo isso, terá 1,4 bilhão de barris. Ora, se tiver 400 milhões já tem que dar graças a Deus.

Por que o governo optou por capitalizar a Petrobras com petróleo das franjas do pré-sal?
O que estamos dando é dinheiro. Os 5 bilhões de barris é dinheiro sob a forma que mais interessa às empresas. E dará à Petrobras capacidade de alavancagem. Com os 5 bilhões, ela poderá ter acesso a reservas de petróleo não concedidas. Quando um banco olhar para os números, verá o potencial da empresa. O preço do barril no subsolo está entre US$ 5 e US$ 15. O banco vai olhar tudo que a Petrobras tem de riqueza para explorar, refinar e exportar. Isso dará fôlego à empresa nos próximos dez anos. Se precisar, capitalizaremos mais, a partir do processo de unitização num campo de pré-sal isolado, por exemplo.

Não seria mais eficaz capitalizar pelo método tradicional, via Tesouro?
Não queremos gastar dinheiro, botar dinheiro na frente.

Por causa do pré-sal, o governo pretende capitalizar também o BNDES?
Não discutimos nada disso. O que discutimos nós mandamos para o Congresso. Não vejo por parte da Fazenda nenhum interesse em fazer uma nova capitalização do BNDES, até porque o banco ainda não gastou a capitalização feita este ano, de R$ 100 bilhões. Por outro lado, a Petrobras conseguiu captar US$ 31 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões), incluindo o dinheiro do BNDES e junto a bancos e aos chineses, que colocaram US$ 10 bilhões. Isso cobre os investimentos até 2013.

Os acionistas minoritários vão poder usar o FGTS para acompanhar o aumento de capital da Petrobras?
Não. Eles vão poder aumentar a participação, mas não com cotas do FGTS.

Por que não?
Porque tira liquidez do Fundo.

Como operadora única do pré-sal, a Petrobras vai poder subcontratar outras companhias?
Isso não está na lei, então, enquanto não houver veto, ela pode fazer parcerias. Mas será a operadora única. Nenhuma das empresas está sozinha. Elas contratam prestadoras de serviço, como a Halliburton.

O governo vai exigir conteúdo nacional dos fornecedores?
Estamos tendo um crescente conteúdo nacional. Hoje, está em cerca de 65%. Não produzimos ainda módulos compressores porque não temos tecnologia. Se uma empresa estrangeira quiser fornecer para a Petrobras, ela tem que saber que tem que entrar e ficar aqui. No pré-sal, vamos fazer uma política industrial absolutamente clara para as empresas. Está sendo elaborada pelo BNDES e as empresas estrangeiras também vão ter que ter conteúdo local.

Como a senhora responde à crítica de que o modelo proposto é estatizante e nacionalista?
Vejo que ele implica maior controle do Estado brasileiro sobre a sua riqueza. Nesse sentido, se quiser chamar de estatizante, que chame. Nós achamos que a questão não é essa.

Qual é a questão?
É possível ter maior controle sobre a nossa riqueza e ao mesmo tempo definir regras claras para as empresas internacionais participarem. Queremos, sim, maior controle sobre a nossa riqueza e que não haja dúvida sobre isso. Se é nacionalista querer que a maior parte dos recursos sirva ao país, então, nós também queremos.

O que se diz é que o novo regime não vai atrair as petrolíferas.
Essa história vai durar pouco. Por que elas vão para a Venezuela, onde o contrato é de serviço; para a Rússia, que é concessão e partilha; para o Cazaquistão, Arábia Saudita, Líbia, onde 95% do petróleo é do governo? Essa coisa, tradicional no Brasil, de criar constrangimentos para o país fazer uma política em seu próprio benefício, alegando que não é atrativo para investidores, não se sustenta sob argumento algum. A diferença entre concessão e partilha é que, na concessão, eu não acesso a renda petrolífera, a não ser com imposto e participação especial e, ao fazê-lo, não controlo minha produção; na partilha, acesso o grosso da renda petrolífera e, ao fazê-lo, controlo o ritmo de produção e posso utilizar isso para fazer uma política de alianças internacionais, considerando o papel geopolítico do petróleo.

De que forma?
Fingir que o petróleo não tem aspectos geopolíticos é absolutamente ingênuo. Falar que o mercado de petróleo internacional é o reino da livre concorrência é esquecer recentemente a invasão do Iraque, a estruturação da Opep (cartel dos países produtores) e, um pouco mais recentemente, a forma pela qual a Rússia trata a questão petrolífera. Olhar isso de uma forma ingênua só traz um benefício: a defesa das empresas internacionais porque elas não irão a público falar isso. Não irão!

Que acordos internacionais o Brasil pode fechar a partir do pré-sal?
Nos últimos tempos, o (ministro Edison) Lobão tem participado de discussões internacionais. Esteve na Arábia Saudita, na China, na Rússia. A primeira pergunta feita a ele é: "Como eu acesso o pré-sal?". Na Arábia Saudita, a maior detentora de reservas de petróleo do mundo, a Saudi Aramco quis saber como fazer uma parceria no pré-sal. A China, idem. Nós ainda vamos ver que parcerias internacionais que faremos porque vamos ficar, na Petro-sal, com uma parte expressiva do petróleo para exportar.

A história mostra que no Brasil os condomínios políticos se apropriam das empresas públicas que, não raro, viram fonte de corrupção. Por que não será assim com o novo modelo?
Porque ele tem um sistema de pesos e contrapesos. Há várias camadas de controle.

Quais?
A primeira é a exigência de capacidade técnica na escolha de uma empresa para participar da licitação, como já é hoje no modelo de concessão. Se deixássemos isso livre, financeiras e bancos poderiam entrar nas licitações. Para entrar, tem que ser do ramo. A segunda camada de controle é o comitê operacional, do qual faz parte a Petro-sal.

Qual será a missão da Petro-sal no comitê?
Ela vai ficar de olho no custo do óleo. A forma pela qual se pode reduzir a parte da União na partilha de petróleo é aumentar, de forma artificial, o custo de extração. Então, a Petro-sal existe para controlar o custo do óleo e ver como é que os participantes dos consórcios estão decidindo os programas de investimento e qual é o ritmo da produção. Acima dessas camadas de controle, está a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A ANP perderá força?
A ANP continuará fazendo o que já faz. Hoje, o consórcio se reúne, aprova um plano de investimentos e o leva para a ANP. Isso está mantido. No novo modelo, a Petro-sal é obrigada, inclusive, a pegar informações dos consórcios e repassá-las à ANP. Isso é importante, porque, no modelo, a Petro-sal está no nível dos agentes participantes dos consórcios. Não há o risco de a Petro-sal influenciar. Na verdade, o risco que corremos é o de a Petro-sal ser influenciada pelos agentes.

A senhora acha que pode haver risco de captura?
É óbvio. A assimetria de informações é imensa. A força não é da Petro-sal. O conhecimento e o poder da União, vis-à-vis ao das empresas, é completamente assimétrico. Hoje, já o é em relação à Petrobras. É por isso que a Petro-sal tem que ser uma empresa altamente qualificada.

Com poder de veto?

Hoje já é assim nos comitês operacionais dos campos explorados pelo regime de concessão. As empresas assinam acordos estabelecendo que cada uma tem poder de veto nas decisões do consórcio. No caso da Petro-sal, nós colocamos isso na lei.

Como única operadora dos campos do pré-sal, a Petrobras ditará os custos de extração. Na medida em que é também investidora, não haverá conflito de interesses?
Hoje também já é assim. A Petrobras é operadora e investidora da maioria dos campos. A Esso também é operadora e investidora. O que a ANP já exige, no regime de concessão, é que a operadora do campo tenha, no mínimo, 30% dos consórcios. Isso é para evitar que, na hipótese de ela ter menos de 30%, retire a sonda de um campo e coloque em outro em que a sua participação societária é maior. Portanto, há várias regras no modelo da partilha que já vigoravam no de concessão.

Por que fortalecer tanto a Petrobras?
Na área de exploração de petróleo em águas ultraprofundas, precisamos ter o controle dessa tecnologia e ter um certo conhecimento da plataforma que se vai explorar. A Petrobras tem as duas coisas. Não temos por que fazer o nosso modelo sem levar em conta o papel estratégico que a Petrobras construiu ao longo da história. Não posso fingir que não vi por razões ideológicas de, entre aspas, livre mercado nenhum. Não estou ferindo nenhuma norma. Estou simplesmente reconhecendo que tenho uma variável estratégica sob o controle da União e da nação brasileira que se chama Petrobras. Nem por isso a gente vai achar que a regulação não tem que ser feita. O olho da União no pré-sal será a Petro-sal, que vai olhar para todo mundo, inclusive, a Petrobras.

Por que ficar de olho na Petrobras, se ela vai ser a operadora única e é uma estatal?
Não podemos nos esquecer que há muitos interesses comuns entre a Petrobras e as empresas privadas internacionais.

A ANP não poderia ser o olho da União?
A Petro-sal é o governo, portanto, ela está num nível menor de controle do processo. É aí que entra a ANP, que é o segundo contrapeso. Nós conseguimos construir uma agência reguladora, que é uma outra vantagem do Brasil. A ANP sabe que mantivemos intacto o poder dela.

Como distinguir o papel da ANP e o da Petro-sal no novo modelo?
A ANP é uma agência do Estado. A Petro-sal é uma empresa que funcionará como agente da União e será regulada pela ANP. A vantagem desse modelo é que ele tem flexibilidade, capacidade de ajuste e uma imensa articulação institucional, que permite o controle do processo.

Por que o Tesouro vai poder investir nos campos, via fundo social?
Quando chegamos à discussão do fundo social, vimos que um dos investimentos do fundo que pode ser rentável é a exploração de petróleo no pré-sal. Então, colocamos essa possibilidade na lei para não ter que modificá-la daqui a dez anos. Em algum momento, no futuro, há a possibilidade de a União ter dinheiro para investir. Na Noruega, pode. A União investe diretamente via SDFI (sigla em inglês de interesse financeiro direto do Estado).

A riqueza do pré-sal está a 300 km da costa brasileira. É justo que os royalties sejam distribuídos preferencialmente entre os atuais Estados produtores?
Mandamos nossa proposta ao Congresso sem mexer na regra atual, não porque achamos que não tenha que mexer, mas porque consideramos que essa discussão terá de ser feita no Congresso. Isso não está na nossa alçada. É preciso levar em consideração que o Rio de Janeiro está mantendo intacto o que já recebe na concessão e nas áreas já concedidas do pré-sal (29% do total).

Como a questão pré-sal vai ser tratada na campanha eleitoral de 2010?
Você não acha que eu vou responder essa pergunta... extraído do blog:http://osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Demo-tucanos devem rezar para CPI da Petrobrás não dar em nada

CPI: o tiro pode sair pela culatra

Do blog ConversaAfiada

CPI: o tiro pode sair pela culatra

Extraído da excelente coluna Rosa dos Ventos, de Maurício Dias, na Carta Capital que está nas bancas:


O jardim do entreguismo

04/09/2009 14:58:41
Mauricio Dias

O debate em torno do marco regulatório do pré-sal mostrou toda a irrelevância da CPI da Petrobras, criada pela oposição para fugir do enfrentamento com a verdadeira agenda das questões mais importantes para o País. Questões que o governo Lula entrega para o debate.

Mas essa não é a única razão a impedir a CPI de atingir os objetivos políticos subalternos que nortearam a sua criação. Não é preciso ser especialista em águas profundas para descobrir outros motivos, capazes de anular as investigações sobre todos os patrocínios solicitados por parlamentares e concedidos pela estatal durante o governo FHC. Eis alguns exemplos:

• O senador peemedebista Pedro Simon, em 2000, endereçou documento à presidência da empresa pedindo a construção de uma usina termoelétrica em Canoas (RS). E ainda indicou a fonte de energia: “Gás da Argentina”…

• O hoje governador do Distrito Federal, à época senador pelo PSDB, pediu patrocínio para a publicação do Guia do Século XXI e para o filme Veias e Vinhos, uma História Brasileira, além de interceder em favor do longa-metragem Sorria, Jesus te Ama!

• Arruda encaminhou um projeto de financiamento que fez sucesso na Petrobras: Declare Amor à Vida Correndo. A grana saiu rapidamente.

• Hoje, brigando com a estatal por questão dos royalties, o governador capixaba, Paulo Hartung, solicitou ajuda financeira para o Congresso Internacional de Psicanálise, realizado em agosto de 2000. E Sérgio Cabral, governador do Rio, também brigando pelos royalties, pediu dinheiro para a restauração do Convento de Nossa Senhora do Carmo.

• O petista carioca Carlos Santana, em 2001, em plena oposição, batalhou pelo projeto Acorda Zumbi e Renato Viana (SC) pleiteou verba para financiar a VI Corrida da Fogueira Grená, em Blumenau.

• O então senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), chefe da assessoria técnica da oposição na CPI, bicou a estatal apesar de o tucanato tentar privatizá-la: a assinatura dele chancela desde um projeto musical intitulado Isto É o Rasqueado de Mato Grosso para o Brasil até uma gorda verba para o XXI Festival de Pesca de Cáceres.

• Lúcio Alcântara (PSDB-CE) foi o padrinho de um Festival de Jazz e Blues, em 2002, enquanto o paraibano Ronaldo Cunha Lima insistiu muito num capilé para o Presépio Vivo do Natal de Campina Grande.
• O deputado federal Josué dos Santos Ferreira (PL-SP) batalhou a verba de 73 mil reais para um livro intitulado Os Meandros do Congresso Nacional.

• O projeto teatral Você Tem Que me Dar seu Coração foi apadrinhado pelo deputado federal Paulo Baltazar (PSB-RJ), que, não satisfeito, pediu mais dinheiro para A Outra.

• O deputado monarquista Cunha Bueno (SP) intercedeu em favor de um adjutório para a Federação Paulista de Karatê, e o colega dele, Pedro Chaves (DF), queria dinheiro para os “torneios de pelada no entorno sul de Brasília”.

• O tucano Luiz Carlos Hauly (PR), um dos maiores frequentadores do caixa de patrocínio da empresa, conseguiu levar 200 mil reais para o Festival de Teatro de Londrina. Ao mandar fax agradecendo, aproveitou e pediu mais 50 mil reais “pela importância do evento”.

Há pedidos, e são muitos, de senadores e deputados em favor de empresas de amigos, capazes de provocar mais um temporal sobre o Congresso.

Serra privatiza hospitais públicos e cria ala segregada para ricos


Antigamente os tucanos diziam que privatizavam atividades econômicas estatais para investir em saúde, e outras áreas sociais.Agora, José Serra (PSDB/SP), privatiza até hospitais públicos, e investimentos em saúde deixou de ser tarefa do estado, segundo a nova cartilha demo-tucana de Serra.O governador tucano fez passar na assembléia projeto que permite terceirizar (leia-se, entregar para grupos privados administrarem), e ainda por cima permitirá um atendimento diferenciado para quem pagar pelo atendimento.Os hospitais já existentes foram construídos e equipados com dinheiro público dos impostos ao longo dos anos, e os tubarões dos planos de saúde já estão esfregando as mãos para tomarem posse da estrutura prontinha, de mão beijada.Modelo de Casa Grande e SenzalaA lei é tão absurda que permite a venda de até 25% dos atendimentos dos hospitais públicos terceirizados a pacientes particulares e de planos de saúde.Os pacientes que pagarem pelo atendimento ou utilizarem seus planos de saúde entrarão numa fila mais rápida, de primeira classe, em detrimento dos pacientes do SUS, relegados a uma fila mais lenta, de segunda classe.Na prática, os hospitais ficarão divididos em Casa Grande, para quem puder pagar, e a fila da Senzala para quem não pode pagar.A clientela pagante dos planos de saúde entrará pela "porta da frente" dos hospitais públicos. Aos usuários do SUS, que se dirijam à "porta dos fundos" e aguardem.Inversão de valoresHospitais privados que tem responsabilidade social, reservam uma cota de leitos e cirurgias pelo SUS.Serra inverte os valores. Reserva uma cota de 25% das internações, leitos de UTI's, cirurgias dos hospitais públicos para atendimento privado, tirando estes 25% do atendimento público pelo SUS.Os planos de saúde tomam posse de 25% da rede hospitalar pública, só para atendimento exclusivo de sua clientela que tem plano de saúde, segregada do atendimento público e gratuíto.Os planos de saúde ganham 25% das instalações da rede pública, sem precisar investir na construção de novos leitos, UTI's, nem centros cirúrgicosQuem não tem plano de saúde, perde 25% das vagas públicas que tinha, aumentando a fila e demora no atendimento, disputando as 75% das vagas que restam.Nem a mão invisível do mercado consegue explicar José Serra alega que a arrecadação conseguida com o atendimento privado na "Casa Grande", engordará o caixa para investir na "Senzala".Balela! Se a intenção é fazer o setor privado financiar o público, basta regular o setor com os impostos, cobrando impostos condizentes, sobre a lucrativa rede privada.A cessão de 25% da rede pública já pronta é um desestímulo até à mão invisível do mercado investir na ampliação e construção de novos hospitais privados. Dessa forma, até sob a ótica do empreendedorismo privado, essa política é nefasta.O que está sendo feito, é transferir patrimônio público pronto para o setor privado, e de mão beijada.Servidores protestam contra terceirizaçãoO Portal Vermelho informa que durante a votação de ontem (na Assembléia Legislativa), funcionários públicos fizeram protestos e chegaram a xingar a relatora do projeto, a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB).MP ajuizará ações contra a normaO Ministério Público do Estado afirmou que, assim que a norma entrar em vigor, ajuizará ações contra a sua execução.Na visão do Ministério Público, a futura lei fere os princípios de igualdade e universalidade do SUS (Sistema Único de Saúde), pois criará um tratamento diferenciado para os pagantes.Para que se torne lei, o texto aprovado pelos deputados estaduais precisa ser sancionado pelo governador José Serra (PSDB). A aprovação é dada como certa, já que o projeto original foi apresentado pelo governador. Visite o blog:http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2009/09/serra-privatiza-hospitais-publicos-e.html

Prêmio HUMANITAS para Papaléo Paes

João Bosco PAPALÉO PAES (PSDB-AP), o Caridoso


Sânzia Maia, mulher do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, não será mais transferida para o gabinete do senador Papaléo Paes (PSDB-AP), disse o tucano. Papaléo afirmou que Sânzia lhe telefonou pedindo desculpas pelo "constrangimento político" e disse que não poderia mais trabalhar no gabinete como havia combinado. A requisição ainda não tinha sido publicada no Boletim Administrativo de Pessoal.

A notícia da contratação de Sânzia por Papaléo causou constrangimento dentro do PSDB. O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), presidente do partido, chegou a ligar para o senador, pedindo que repensasse a atitude. "O Sérgio Guerra não me pediu para reverter a situação, só perguntou se eu havia analisado isto pelo lado político. Ele é muito educado, comedido, e não me pediria isso, mas depois a própria Sânzia me telefonou, agradeceu e pediu desculpas. Ela não vai mais para o gabinete", disse o tucano. "Se não tivesse este constrangimento político, pediria para ela ficar. Mas Deus coloca as coisas em seu lugar. É uma pena", continuou.

Segundo Papaléo, um servidor do Senado lhe contou que ela temia ser constrangida pelos colegas por ser esposa de Agaciel. O ex-diretor-geral foi exonerado do cargo sob denúncia de que teria ocultado da Justiça uma casa avaliada em R$ 4 milhões. Ele também responde a processo administrativo pela acusação de ter mantido em sigilo atos administrativos que foram editados para, entre outras coisas, contratar parentes de senadores.

Papaléo é aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e foi o único parlamentar tucano a não defender a saída do peemedebista do cargo. O senador garante, porém, que Sarney e Agaciel não foram consultados antes de ele convidar Sânzia para a vaga. Segundo Papaléo, o convite teve caráter "humanitário". Agaciel foi nomeado diretor-geral em 1995 por Sarney. (Agência Estado/brasil@eband.com.br)

João Bosco PAPALÉO PAES (PSDB-AP) é o que pode se considerar um verdadeiro pulha. Sua humanidade comove os incautos e aqueles que não enxergam atos beneficentes com o dinheiro alheio. Sugere-se ao caridoso Senador que, ao acabar sua legislatura (termina em 31/01/2011), saia pelas ruas distribuindo seus bens aos pobres e leve pão para Agaciel Maia e família não passarem fome!

Do blog TERRA BRASILIS

Sérgio Guerra, o Anão do Orçamento, está nervosinho

O povo de Pernambuco está de olhos em tu, vendilhão do partimônio nacional!Prepara-te para uma derrota humilhante em 2010.

Tucano critica Lula por manter urgência em projeto

CAROL PIRES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter o caráter de urgência para a tramitação dos projetos sobre o pré-sal mesmo após os apelos do PMDB. Ao manter a urgência, o presidente Lula, na avaliação do presidente tucano, "inviabiliza a ação do Congresso" e "agride a democracia".

"Foi uma orientação assumida, explícita para inviabilizar a ação do Congresso, num assunto para o qual não pode haver mais relevância, importância, necessidade de contraditório. O presidente, do alto do seu poder, das suas palavras e da sua liderança diz: ''Nada importa, importa é o meu desejo''. O desejo de um pequeno grupo que se reuniu por dois anos para produzir a lei que nós vamos ter menos de 90 dias para examinar aqui", reclamou o senador, em discurso no plenário.

"Não há maior lição de democracia. Mas quem agora agride a democracia é o presidente Lula e com a maior falta de cerimônia", acusou Guerra. Ele disse que o governo usa com o Congresso Nacional a mesma tática da "tropa de choque" apresentada no Conselho de Ética, onde um grupo de senadores da base aliada ao governo agiu para enterrar todas as ações apresentadas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por quebra de decoro parlamentar.

"O presidente (Lula), rigorosamente, já tomou a decisão: ''Para o Senado e para a Câmara, eu quero as normas do Conselho de Ética do Senado, quero que funcione como funcionou o Conselho de Ética.'' Um pequeno grupo se junta ali, com mais votos do que o outro, e toma a decisão que bem entender, a chamada tropa de choque reciclada: agora, não mais para julgar alguns episódios e denúncias que foram feitas aqui; agora, para decidir o futuro do petróleo no Brasil e do pré-sal também", afirmou Sérgio Guerra.

Guerra acusou o governo de querer aprovar os projetos do marco regulatório do pré-sal em 90 dias (prazo dado pelo caráter de urgência na tramitação) para alavancar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.

"Rigorosamente, a candidata do presidente está em sérias dificuldades. Há uma discussão muito intensa - que não fomos nós da oposição que inventamos - de que ela não será candidata. E, se não será candidata, não for por causa da oposição, foi por causa dela, porque faltou com a verdade uma, duas ou três vezes; porque passou autoritarismo", acusou o senador.

Ele reclamou ainda da pecha de "privatizante" que o governo quer imprimir no discurso da oposição. Segundo o senador, o PSDB também defende a destinação do dinheiro da exploração do pré-sal a setores como saúde e educação. Guerra afirmou que ele, pessoalmente, é favorável à maior participação do Estado na Petrobras. "A oposição vai ser acusada de privatista, quando não o é. Eu, pessoalmente, defendo que o Estado aumente a sua participação no capital da Petrobras. Nada contra. Como somos privatizantes, se queremos que o Estado brasileiro seja ainda mais dono da Petrobras? Que privatizante é esse que tem uma atitude dessas?", questionou.

Fonte: blog Terror do Nordeste

Elite podre

Do blog Terror do Nordeste


Como diz o poeta:nada vem de graça, nem o pão nem a cachaça.
FHC sancionou a lei nº 9.491/1997(Lei da Privatização), que teve enviado o pojeto de lei ao Congresso Nacional em regime de urgência.
FHC sancionou a Lei nº 9.790/1999(Lei das OSCIPS), que teve o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional em regime de urgência.

FHC sancionou a Lei nº 10.610/2002(Lei de Participação de Capital Estrangeiro Em Empresas Jornalísticas), que teve o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional em regime de urgência.

FHC sancionou 9.478/1999(Lei do Petróleo), enviada ao Congresso Nacional em regime de urgência.

Como se vê, todos os projetos de lei que deram origem a estas leis citadas, foram eviados ao Congresso Nacional em regime de urgência, no entanto, não se viu, na época, essa grita toda do PIG e da oposição relacionada à urgência de tais leis, como etar ocorrendo agora com a lei do Pré-sal.

Mas tudo tem a sua razão de ser.

A urgência da Lei de Privatização não foi questionada porque FHC queria agradar aos seus amigos e aliados Daniel Dantas, Pérsio Arida, Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio, Lara Resende.

A urgência da Lei da Participação de Capital Estrangeiro Em Empresas Jornalísticas não foi questionada porque o PIG foi o grande beneficiário dela. Não fosse a citada lei a Veja, a Folha de S.Paulo já estariam falidas.

A urgência na aprovação da Lei que cria as OSCIPS não foi questionada porque tucano adora dividir o Estado com os seus amigos. Veja que a Lei aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo, de autoria de José Serra, que terceiriza o serviço de saúde no Estado de São Paulo, foi aprovada graças à lei das Oscips.

A urgência na aprovação da Lei do Petróleo não foi questionada porque os demotucanos adoram distribuir os lucros com os ricos e mandar a fatura para o pobre pagar.

No caso da urgência do marco regulatório, como vai beneficiar toda a sociedade, em particular, quem mais precisa, o PIG, com seus sabujos infames, escreve artigo, editorial, contra o governo Lula. Chega dar vontade de vomitar a baboseira que o PIG escreve. Todos os dias.Nunca vi algo parecido no Brasil.

Do mesmo modo age a oposição raivosa, nem trepa nem sai de cima, chegando ao ponto de obstruir a votação de uma matéria de alto alcance social.

Para essa gente, o pobre que vá às favas.

Só que, mais uma vez, a oposição incompetente vai quebrar a cara. A sociedade já está sabendo o real motivo da insurgência da oposição contra a aprovação da lei do Pré-sal. O povo não é bobo.E vai dar o troco nas urnas.

Só espero que Lula não recue no pedido de urgência da aprovação da Lei do Pré-sal. O povo não vai aceitar o recuo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Nostradamus é brincadeira: Veja Zé Serra e seus lacaios em outubro de 2010!



Fonte: blog TUDO EM CIMA

Carta de Beto Almeida à revista Isto É

Ao jornalista Octávio Costa
Sr. Diretor de Redação da Revista "Isto é"
Sucursal Brasília


Na forma da Constituição Federal, art. 5º, inciso V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem -, venho solicitar direito de resposta, diante da matéria produzida pelo jornalista Claudio Dantas Sequeira, intitulada "O Lobista de Chavez", publicado na edição de 22.08.09, página 46, encaminhando para tanto o texto abaixo a fim de que o mesmo seja publicado observando-se a mesma localização, espaço e destaque.

Todo mundo nesse país sabe o que eu faço, em que eu acredito, etc., há décadas. Nunca houve dúvida sobre isso. Todo mundo sabe que eu sou conselheiro da Telesur. O desconhecido aqui, o embuçado, não sou eu, mas esse elemento que me ataca - e, com certeza, não gratuitamente. Não sei quem é, mas não é por acaso que não conseguiu encontrar outra palavra, senão lobista, para me difamar. Portanto, vê-se logo quem é o lobista.

Mas nem todos os lobistas acham que se alguém defende uma causa nobre, não é porque acredite nela, mas porque recebeu dinheiro para tal. É preciso, além de lobista, ser pervertido para ver o mundo desta maneira. Naturalmente, existem lobistas do Departamento de Estado, das multinacionais e dos bancos - aliás, certo tipo de escriba sempre está disposto a ser lobista de quaisquer poderosos ou endinheirados que apareçam.

O que não existe é lobista que defenda uma causa sem dinheiro, que prefira defender o povo e os pobres e suas causas, em vez dos ricos e poderosos. Que prefira afrontar monopólios e mercenários sem ganhar nada com isso. Que prefira ser expulso da Universidade por uma ditadura, a calar diante das injustiças cometidas.

Minha atividade profissional como jornalista concursado da TV Senado é oposta ao lobismo. Cumpro, rigorosamente, os planos de trabalhos jornalísticos estabelecidos por minha Chefia, realizando, diariamente, entrevistas sobre temas que versam sobre política, economia, cidadania, arte e cultura, como se pode observar na programação da emissora. É atividade largamente conhecida, própria da sua natureza televisiva.

Não é verdade que faço horas extras para defender interesses de outro país. Nem faço, nem recebo horas extras, como também os interesses que defendo são os da Nação Brasileira, seguindo o disposto na Constituição Federal. Vale lembrar que está na Constituição Brasileira a objetivo de construir uma comunidade latino-americana de países. Minhas funções como conselheiro da Telesur, atividade sem vínculo empregatício ou remuneração, estão plenamente em sintonia com o descrito na Constituição Brasileira relativamente à integração regional.

Também não é verdade que divido minha rotina funcional no Senado. Cumpro integral e disciplinadamente minha rotina de trabalho e a legislação específica do serviço público. E seu resultado é visível.

Não é verdade que eu assinei convênio com o governo Requião, mas os executivos da Telesur sim firmaram convênio de cooperação em serviços de sons e imagens, ato rigorosamente legal, seguindo o disposto constitucional de promover a integração da América Latina.

Não é verdade que uso meu e-mail no Senado em listas de discussões. Mas recebo diariamente muitas dezenas de mensagens, respondo telespectadores, como profissional de comunicação que sou. Uso exclusivamente o meu e-mail pessoal para listas de debates que, ademais, fazem parte da atividade intelectual desempenhada por jornalistas. Registro já ter constatado a presença de e-mails de autoridades e de parlamentares nestas mesmas listas de discussões, tratando de temas como televisão pública, tema diretamente ligado à atividade profissional que exerço. De resto, vale dizer que são listas de debate público, próprias da democracia ampliada pela internet, nas quais a liberdade de opinião é praticada. O certo é que quem me ataca se opõe a isto.

Também não é verdadeiro afirmar que viajo com freqüência à Venezuela, apenas eventualmente, quando convidado para reunião dos conselheiros da Telesur, representando a TV Comunitária de Brasília, a qual presido, também sem vínculo empregatício ou remuneração. A finalidade é a integração informativo-cultural da América Latina e dos países que compõe o hemisfério Sul.

Esta posição coincide plenamente com os ideais integracionistas consagrados na Constituição Brasileira, assumidos plenamente como ação do Estado Brasileiro por meio de nossa política exterior, cujos resultados, aliás, têm sido benéficos ao nosso povo, multiplicando e diversificando relações econômicas, comerciais e culturais.

A matéria tenta colocar em dúvida e enxovalhar o caráter voluntário desta função por mim exercida, certamente porque seu autor deve medir o mundo pelo amargo desprezo que nutre pelas causas solidárias e humanísticas. Já esta marca faz parte de toda minha vida consciente.
Seja quando voluntariamente estive presente nas Brigadas Internacionais de Solidariedade à Nicarágua na década de 80, cumprindo funções de produção, de educação, de informação, de prevenção em saúde, sem qualquer remuneração.

Assim foi também quando, presidindo o Comitê de Solidariedade ao Timor Leste - cuja autodeterminação foi sempre defendida pela política exterior brasileira a partir do Governo Sarney - estive naquela ilha longínqua para levar a solidariedade brasileira, materializada na doação de centenas de livros e de uma Rádio Comunitária hoje lá instalada.

Por meio de livros e desta emissora, levamos a presença solidária e cooperativa da nossa música e cultura e do nosso idioma para o povo maubere, o que se reveste de enorme importância já que o idioma português é um dos idiomas oficiais daquele país que integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, cuja cooperação vem sendo crescentemente incentivada por nossa política externa há décadas. Toda esta atividade foi e é rigorosamente voluntária, sem qualquer remuneração.

Para mim, assumir causas solidárias e humanistas voluntariamente é apenas uma retribuição ao investimento que o povo brasileiro fez na minha formação profissional, já que me formei na universidade pública. É obrigação minha.

Assim, como conselheiro da Telesur defendo os interesses maiores do Brasil, entre os quais o de construir uma integração entre povos e países latino-americanos, para superar a miséria e a desinformação, seguindo tendência hoje mundialmente consagrada, como podemos observar na construção da União Européia.

Há, sem dúvida, os que trabalham contra esta unidade, contra esta cooperação, contra a tendência moderna da solidariedade entre nações e que praticam um jornalismo de desintegração. Pelos termos da matéria publicada, seu autor deve estar entre eles. Tivesse eu alguma coincidência política com os golpistas de Honduras eu não estaria sendo caluniado, difamado e injuriado como estou....

Como cidadão brasileiro, exercendo o direito de opinião, defendi e defendo iniciativas que promovam esta cooperação e solidariedade entre os povos. Desde o Mercosul, quando nasceu, a sua consolidação e qualificação, e agora a Unasul, iniciativas que entendo capazes de promover a prosperidade comum, o respeito à autodeterminação e a paz.

Minha atividade voluntária no âmbito da Telesur tem este sentido e esta missão no plano comunicacional, para que os povos do sul possam conhecer sua própria história, sua cultura, assumir como povos cultos e bem informados o protagonismo de decidir soberanamente seu destino histórico.

Para mim basta a felicidade de estar do lado certo desta luta, ao lados os humilhados, dos explorados, do lado da justiça, do lado dos que lutam contra qualquer forma de opressão e embrutecimento aos seres humanos.
Estarei com minhas causas até o fim dos meus dias. Trata-se de um compromisso de uma vida inteira. Enquanto alguns escribas ladram, a caravana da história passa....

Finalizando, solicito o direito constitucional de resposta, com a publicação do texto acima em edição com igual tiragem, tamanho e destaque, sem deixar de responsabilizar a revista por qualquer prejuízo que eu e minha família venhamos a sofrer em minhas atividades profissionais como servidor público, em virtude das inverdades publicadas.

Carlos Alberto de Almeida, jornalista

Bsb. 26.08.2009

Fonte: Carta Maior

Como transformar o assassino em inocente e a vítima em culpado


Do site da Carta Maior

Como transformar o assassino em inocente e a vítima em culpado

A Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul anunciou que manterá em sigilo a identidade do assassino do sem terra Elton Brum da Silva, executado com um tiro de espingarda nas costas, dia 21 de agosto. A estratégia não surpreende quem vem acompanhando a dura perseguição movida pelo Poder Público do RS contra os movimentos sociais, MST entre os mais visados, acentuada em violência, tortura e crueldade desde abril de 2007, quando o Conselho Superior do MP estadual decidiu extinguir aquele Movimento. O artigo é de Jacques Alfonsin e Antonio Cechin.

A Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul já comunicou que vai manter em sigilo a identidade do assassino de Elton Brum da Silva, morto pelas costas, por um brigadiano, durante a execução de uma ordem judicial de reintegração de posse no município de São Gabriel, no dia 21 de agosto passado.

A estratégia não surpreende quem vem acompanhando a dura perseguição movida pelo Poder Público do Estado contra os movimentos sociais, MST entre os mais visados, acentuada em violência, tortura e crueldade desde abril de 2007, quando o Conselho Superior do Ministério Público estadual decidiu extinguir aquele Movimento.

Violações as mais aberrantes à dignidade humana, à cidadania e aos direitos humanos fundamentais das/os sem-terra tentam bloquear qualquer tipo de protesto em defesa desses mesmos direitos.

“Não falem” (direito de opinião), “não se mexam” (direito de locomoção) “não se juntem” (direito de reunião), “fechem suas escolas” (direito à educação), “fechem suas farmácias caseiras” (direito à saúde), “identifiquem-se como criminosas/os, deitem com o rosto no chão, aguentem a surra das nossas armas” (abuso de poder e autoridade) são ordens que todo esse povo trabalhador e pobre recebe frequentemente da Brigada Militar, cumprindo mandados judiciais pleiteados pelo Ministério Público.

No dia 21 de agosto passado, inibir as liberdades constitucionais era pouco. A “lição” tinha de ser eliminar a vida. A ordem para Elton foi “morra.”

Poder-se-ia pensar que, diante da gravidade do fato (um tiro pelas costas dado por um brigadiano numa pessoa desarmada) todas aquelas brutalidades inconstitucionais - e oficiais o que é muito mais grave - pudessem, quando menos, envergonhar o Executivo do Estado, a sua Secretaria de Segurança, a Brigada Militar e o Judiciário, particularmente o Ministério Público. Não há nenhum sinal convincente disso. Até pelo contrário. Estão em curso três posicionamentos táticos, típicos das ditaduras, objetivando enredar toda a história do ocorrido, dentro do “devido processo legal”, para que o tempo se encarregue de levar tudo ao esquecimento, mantendo quente a temperatura da repressão violenta ao povo.

O primeiro é o de não tornar pública a identificação do assassino (não vá o homem dizer alguma coisa que não deve...); o segundo é o de salvar as aparências de que “as instituições democráticas funcionam normalmente, aqui no Estado, e existem prazos para apuração dos fatos”; o terceiro é o de acentuar a criminalização progressiva do MST, aproveitando ao máximo opiniões de mídia, conscientes ou não da instrumentalização com que são usadas, capazes de desviar o foco da vergonhosa covardia, atribuindo tudo o que aconteceu ao MST.

No último fim de semana, essa terceira tática já viveu um dos seus momentos, mas com um sério revés. Uma das mais tradicionais vozes de condenação daquele Movimento [Percival Puggina, em artigo publicado no jornal Zero Hora], atribuiu-lhe, entre outras coisas, “tranqüilidade” para invadir terras como a de alguém que “vai ao banheiro do restaurante”; seus instrumentos não são de borracha como as balas da Brigada; é um Movimento totalitário que impediu até a fala de um promotor em Caxias do Sul. “Trabalhar a terra, há muito, não é mais seu objetivo verdadeiro.”

Recebeu resposta na mesma edição e na mesma página do jornal. Assinada, por sinal, por quem tem uma história de defesa dos direitos humanos sem comparação com a do critico do MST, do qual, a rigor, o que mais se conhece é o azedume com que verbera tudo o que, de alguma forma, cheire a defesa material daqueles direitos.

Quem dera um/a acampado/a sem-terra, as vezes durante anos, suportando as mais duras condições de vida, tendo de si apenas a esperança de conquistar o seu pedaço de chão, pudesse, sequer, entrar num restaurante. O crítico do MST, pela facilidade da imagem que enfeitou o seu deboche, deve freqüentar muitos restaurantes. Conviria que ele um dia se servisse do “banheiro” de um acampamento e conferisse os pobres instrumentos de trabalho que não são de borracha, como ridicularizou. De borracha e cacetete o que esses trabalhadores conhecem, mesmo, é a dos outros “instrumentos de trabalho” que os agridem nas execuções das ordens judiciais. Um deles,agora mesmo, está debaixo da terra que lhe foi negada, e não foi bala de borracha que o abateu.

Se a tal opinião, ainda, condena quem impediu um promotor de falar, em Caxias do Sul, como prova de totalitarismo, admira que não tenha se escandalizado com o totalitarismo sob o qual o Ministério Público do Estado armou um inquérito secreto para surpreender, à traição, como aquela que matou o Elton, não só o MST, mas qualquer cidadão minimante consciente da injustiça social estrutural de que são vítimas os agricultores sem terra gaúchos e brasileiros. Um desses promotores, por sinal, quando as vozes iradas das muitas vítimas da sua truculência começaram a ecoar, aí sentiu. Achou melhor pousar de vítima e fugir da raia que ele mesmo tinha armado.

Por tudo isso, as nossas leitoras e leitores que se cuidem. Quando entrarem no banheiro de um restaurante, o álcool-gel que os defendem da gripe suína não os imunizará contra o veneno que destila a critica do MST publicada no último fim de semana. Talvez seja o caso, então, de colocá-la ao lado do vaso, na cesta dos papéis higiênicos usados.

Sobre bom jornalismo

Do blog Cidadania.com

Diariamente venho aqui escrever sobre mau jornalismo. Hoje, noite de quarta-feira, 2 de setembro de 2009, porém, terei o prazer de escrever sobre seu oposto, sobre jornalismo bom, além de, infelizmente, ter que escrever também sobre aquele tipo de jornalismo que, de tão ruim, nem pode ser chamado dessa forma.

As duas matérias que vi foram sobre mais um sofrimento atroz que as forças policiais comandadas pelo governo de São Paulo impuseram à população pobre da cidade num dos muitos guetos nos quais se abrigam centenas de milhares de paulistanos empobrecidos e esquecidos.

Refiro-me à revolta dos moradores da favela de Heliópolis, a maior da capital paulista, por conta do assassinato de uma estudante de 17 anos, a bela Ana Cristina de Macedo. O crime foi cometido por um policial que, conforme testemunhas relataram, saiu disparando contra “suspeitos” desarmados e acabou atingindo a menina.

A população em peso se levantou contra a ação da polícia e, em verdadeiro transe coletivo, saiu às ruas fazendo o que não deixa de ser compreensível diante da barbaridade desse crime: ateou fogo a veículos e, reprimida pela polícia, aos gritos de “assassinos” atirou pedras sobre os repressores.

Estamos falando de favelados, de pessoas atiradas à margem da sociedade, é bom que fique bem claro. Não estamos falando de “doutores” e de “madames” de algum condomínio fechado. É gente vitimada pela ignorância e pela pobreza, em boa parte, e foi só uma parte daquela população que partiu para o confronto com os que julgou serem os assassinos da bela Ana Cristina.

Apesar disso tudo, o Jornal Nacional fez uma cobertura que privilegiou a versão da polícia e do governador do Estado, José Serra, inclusive tentando carimbar nos moradores a pecha de “traficantes” ao mostrar uma folha de papel com alguns poucos rabiscos convocando a população ao protesto em troca de “cestas básicas”.

Os moradores revoltados com a polícia não tiveram voz no Jornal Nacional, e nada se reportou, além de uma foto e do nome, sobre a bela, a angelical menina Ana Cristina de Macedo, agora um anjo de verdade.

Triste, revoltado e chocado com a insensibilidade da emissora e com a acusação de “vandalismo” de Serra aos moradores traumatizados por aquela tragédia, usei essa invenção maravilhosa que é o controle remoto em busca de algum traço de decência no jornalismo brasileiro.

Foi no Jornal da Record que encontrei o que buscava, bom jornalismo. Apesar de não me ter compensado a revolta pelo que a Globo fez, deu-me alento àquela indignação e àquela tristeza.

Uma reportagem questionadora dos métodos da Polícia, inclusive com opinião de Celso Freitas e de Ana Paula Padrão. Que deu voz aos moradores, os quais, na Globo, não puderam se defender das acusações monstruosas de Serra e denunciarem, como fizeram na Record, que o bilhete de “traficantes” convocando a manifestação era uma farsa.

O fato é que a história daquele bilhete manuscrito em folhas de caderno escolar convocando a população a se manifestar na rua em troca de uma “cesta básica”, não “cola”, como disse um dos moradores de Heliópolis que a Record entrevistou mais cedo.

Segundo o Morador, é absurdo imaginar que traficantes escrevessem três mil bilhetes daquele e que dessem igual número de cestas básicas. Imaginem traficantes, bandidos impiedosos se expondo assim só porque uma garota “qualquer” (para eles) morreu.

E não foi só isso. A Record mostrou a indignação daquela comunidade majoritariamente de trabalhadores, de pessoas claramente sérias contra a ação da polícia, e mostrou um pouco da vida daquela menina linda, meu Deus, linda! E morta, meus amigos! Estupidamente!!

Hoje pude escrever sobre bom jornalismo. Sobre o exercício correto desse verdadeiro ofício que, quando o profissional quer, pode ser exercido com humanidade, sensibilidade e, acima de tudo, com senso de justiça.

Obrigado, TV Record.

Charge do Bessinha

Globo aplica o golpe do bilhete (nos moradores de Heliópolis)

por Luiz Carlos Azenha (viomundo)

Para quem ainda leva o Jornal Nacional a sério, os distúrbios em Heliópolis, a maior favela paulistana, foram causados por protestos... convocados por um bilhete, que prometia a distribuição de cestas básicas.

Um bilhete assinado por Tiras.

Que eu poderia ter escrito. Você. O Zé das Couves.

A Globo não só apresentou como real essa teoria, como fez uma afirmação cômica, de tão acintosa: "Até agora as cestas básicas não foram distribuídas".

Vai ver que foram. Taí algo que eu, se organizador de um protesto, não faria diante da polícia, nem das câmeras de TV, nem de repórteres.

É uma versão tão fantasiosa quanto a idéia de que uma pessoa colocaria a própria vida em risco em troca de uma cesta básica...

Como se a morte de uma adolescente de 17 anos, mãe de uma criança, não valesse absolutamente nada. Como se as manifestações não acontecessem dentro de um contexto social. Houve outros episódios recentes de violência envolvendo a polícia em Heliópolis? A polícia pressionava traficantes da região? Além do bilhete, há mais indícios de que se tratou de um protesto organizado? Já aconteceu no passado?

Nesse caso, o JN não quis testar hipóteses. Cravou: a culpa é do bilhete.

E, assim, parece que tudo caiu do céu. Um infortúnio -- a morte da adolescente -- seguido de uma manifestação em que pessoas forjaram sua revolta em troca de comida.

Esse jornalismo da Globo não é resultado apenas das ordens superiores, que mandam proteger José Serra descaradamente, seja qual for a situação.

É resultado da distância crescente entre os jornalistas e o mundo real. As novas gerações de jornalistas, crescidas nos shopping centers da vida, encaram a profissão unicamente como o caminho para a fama e a fortuna. Compromisso com a verdade factual? Com a contextualização das notícias? Com o serviço público? Coisa de dinossauros.

Infelizmente, esse é um processo que se retroalimenta. Quanto mais os jornalistas se distanciam do grande público [isto é, dos milhões de brasileiros que vivem em favelas], mais nos tornamos incompreendidos e incompreensíveis.

Aqui, para ver a reportagem

Obrigado, oposição incompetente!


CPI foi decisiva para que Petrobras saísse fortalecida no marco do pré-sal

Flávia Barbosa e Gustavo Paul

RIO e BRASÍLIA. O furacão político no qual a Petrobras se envolveu em meados de maio — quando foi instalada uma CPI para apurar denúncias que vão de superfaturamento a uma manobra tributária questionada pela Receita Federal — foi decisivo para o fortalecimento da estatal no marco regulatório do pré-sal. Foi a partir deste episódio que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, passou a se empenhar no fortalecimento da empresa, lhe garantiu espaço privilegiado na exploração dos campos e ainda decidiu encampar a proposta da estatal de aumento de capital.

A Petrobras viveu dois momentos distintos durante os 14 meses de elaboração do novo marco regulatório para exploração em águas profundas. Até setembro de 2008, antes da eclosão da fase mais aguda da crise econômica internacional, a empresa participava das reuniões com postura considerada arrogante.

Com o caixa cheio, abastecido pela cotação do petróleo na casa de US$ 140 o barril, a empresa fazia exigências e gerava atritos.

Este ano, com o arrefecimento da crise, combalida pela falta de crédito internacional e abatida pela queda do valor do petróleo, os representantes da empresa mudaram o discurso. Segundo integrantes da comissão interministerial que elaborou o projeto do pré-sal, a Petrobras passou a pedir que as novas regras a ajudassem a enfrentar a turbulência e vencer as dificuldades para concretizar a exploração do pré-sal, que demandará cerca de US$ 600 bilhões em 30 anos, segundo cálculos preliminares.

A mudança de tom ocorreu a partir de maio, quando foram retomados os trabalhos da comissão, após a interrupção motivada pela crise internacional.

Neste mesmo período, começaram as articulações para a criação da CPI da Petrobras no Senado. O forte ataque da oposição foi suficiente para armar o governo, que viu no fortalecimento da estatal munição suficiente para neutralizar o discurso oposicionista.

Por essa razão, a Petrobras ganhou privilégios que não estavam previstos originalmente.

A maior vitória foi a possibilidade de levar, sem licitação, áreas para produção de até 5 bilhões de barris, o que permitirá um aporte, a preços correntes, de pelo menos US$ 50 bilhões a seu caixa. Em agosto passado, ela reivindicava o aumento de capital na casa de US$ 100 bilhões e pedia o direito de explorar todas as áreas não licitadas do présal da Bacia de Santos. Vetada na época, a proposta foi retomada com outro formato.

A empresa, que será a única operadora no pré-sal, também reivindicava uma participação mínima de 30% em todos os blocos. Acabou levando esse privilégio.

Dilma:PAC do Saneamento vai liberar R$ 4,5 bilhões para 88 municípios


Centro e oito projetos de 88 municípios foram selecionados pelo Ministério das Cidades para receber recursos de R$ 4,5 bilhões por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Saneamento. A lista com os projetos escolhidos foi divulgada nesta quarta-feira (2), em Brasília, durante cerimônia com a presença de governadores de estados e de ministros.

Do total de R$ 4,5 bilhões, R$ 3 bilhões serão destinados a projetos de esgoto, e R$ 1,5 bilhão, a projetos de água. Na cerimônia, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que no passado não se investia em saneamento no Brasil e ressaltou que “cada um dos projetos escolhidos vai sair do papel e virar realidade”.

Durante o discurso, Dilma defendeu que o PAC não é apenas um programa de infraestrutura, mas também de inclusão social. “O Programa de Aceleração do Crescimento é um fator de inclusão social, porque investir em infraestrutura é investir em distribuição de renda e também em qualidade de vida generalizada para todos os brasileiros, independente da classe social.”

Para a seleção dos projetos foram priorizadas ações em estágio avançado de planejamento para que as obras sejam iniciadas o mais rápido possível, de acordo com o Ministério das Cidades.


ABr