sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Rússia, China e Irã redesenham o mapa da energia

Rússia, China e Irã redesenham o mapa energético

8/1/2010, M K Bhadrakumar, Asia Times Online

A inauguração do gasoduto Dauletabad-Sarakhs-Khangiran anteontem, conectando o norte do Irã, região do mar Cáspio, com os vastos campos de gás do Turcomenistão, talvez passe sem ser noticiada na cacofonia da mídia ocidental, para a qual o regime islâmico de Teerã estaria vivendo momento de “apocalipse now”.

O evento, contudo, é mensagem com poderoso significado para a segurança local. No período de três semanas, o Turcomenistão comprometeu com China, Rússia e Irã, todas as suas exportações de gás. Assim sendo, não há qualquer necessidade urgente dos gasodutos que EUA e União Europeia têm oferecido. Estaremos ouvindo os primeiros acordes de uma sinfonia Rússia-China-Irã?

O gasoduto turcomano de 182 quilômetros começa a bombear modestos 8 bilhões de metros cúbicos (bmc) [ing. billion cubic meters (bcm)] de gás turcomano. Mas tem capacidade para bombear anualmente 20 bmc – com o que serão atendidas todas as necessidades da região do Cáspio iraniano, e Teerã poderá dirigir para a exportação toda a produção dos campos do sul do país.

Os interesses dos dois lados estão em perfeita harmonia: Ashgabat [capital do Turcomenistão] consegue um mercado cativo, na porta ao lado; o norte do Irã pode consumir sem medo de racionamentos de inverno; Teerã passa a gerar excedentes para exportar; o Turcomenistão pode buscar vias de exportação para o mercado mundial, via Irã; e o Irã pode aspirar a extrair vantagens de sua excelente localização geográfica, como eixo para as exportações turcomanas.

Estamos assistindo à constituição de um novo padrão de cooperação energética em plano regional que dispensa negócios com ‘as grandes do petróleo’. A Rússia tradicionalmente dá o primeiro passo; China e Irã seguem a trilha já aberta. Rússia, Irã e Turcomenistão são donos, respectivamente, da primeira, segunda e terceira maiores reservas mundiais de gás. E a China, nesse século, será consumidora par excellence. Todo esse arranjo regional terá profundas consequências sobre a estratégia global dos EUA.

mapaum.jpg

O gasoduto turcomano-iraniano ri-se da política dos EUA para o Irã. Os EUA ameaçam o Irã com novas sanções e bradam que o Irã estaria “cada vez mais isolado”. Mas o jato presidencial de Mahmud Ahmadinejad voa para a Ásia Central, pousa no tapete vermelho de Ashgabat para ser acolhido pelo presidente Gurbanguly Berdymukhammedov do Turcomenistão e... forma-se novo eixo econômico. A diplomacia de coerção e ameaças de Washington não funcionou. O Turcomenistão, com PIB de US$18,3 bilhões, desafiou a única superpotência (PIB de $14,2 trilhões) – e, ainda melhor, fez a coisa parecer rotina.

Há também subtramas. Teerã anuncia negociações com Ancara para transportar o gás turcomano até a Turquia pelos já existentes 2.577 quilômetros de gasoduto que ligam Tabriz, no noroeste do Irã, e Ancara. De fato, a diplomacia turca segue orientação de política exterior independente. A Turquia também aspira a operar como eixo de distribuição para fornecer energia para a Europa. A Europa pode estar perdendo a batalha pelo estabelecimento de acesso direto ao Cáspio.

Em segundo lugar, a Rússia não dá sinais de qualquer incômodo por a China aproveitar-se da energia gerada na Ásia Central. As importações europeias de energia russa caíram, e os produtores de energia na Ásia Central têm batido às portas do mercado consumidor chinês. Do ponto de vista dos russos, as importações chinesas não privarão a Rússia nem da energia de que precisa para consumo, nem da que precisa para exportar. A Rússia já está implantada com suficiente profundidade no setor energético da Ásia Central e do Cáspio, para saber que não enfrentará racionamentos de energia.

O que realmente interessa à Rússia é não comprometer seu papel de maior fornecedor de energia para a Europa. Enquanto os países da Ásia Central não precisarem de novos gasodutos transcaspianos financiados pelos EUA, tudo continuará perfeitamente bem do ponto de vista dos russos.

Em recente visita a Ashgabat, o presidente russo Dmitry Medvedev normalizou os contatos energéticos entre Rússia e Turcomenistão. A restauração desses laços é importante conquista política para os dois países. Primeiro, porque depois do reaquecimento dessas relações, o Turcomenistão manterá suprimento anual de 30 bcm de gás para a Rússia.

Segundo, nas palavras do presidente Medvedev, "Pela primeira vez na história das relações Rússia-Turcomenistão, o gás será negociado por preços absolutamente alinhados com as condições do mercado europeu.” Analistas russos dizem que a [empresa] Gazprom acabará por descobrir que comprar gás turcomano é mau negócio; e que, se Moscou escolheu pagar preço mais alto, é, sobretudo, porque decidiu não deixar para trás nenhum gás que possa ser distribuído para outros consumidores, sobretudo pelos gasodutos alternativos do Projeto Nabucco financiado pelos EUA.

pipelines2070110.gif

Em terceiro lugar, ao contrário da propaganda ocidental, o Turcomenistão não vê o gasoduto chinês como substituto para a [empresa] Gazprom. A política de preços da Rússia assegura que, do ponto de vista do Turcomenistão, a Gazprom continua a ser consumidor insubstituível. O preço do gás turcomano de exportação para a China ainda está sendo negociado e simplesmente não pode alcançar a oferta russa.

Em quarto, Rússia e Turcomenistão reiteraram seu compromisso com o Gasoduto Cáspio Costeiro [ing. Caspian Coastal Pipeline] (que corre ao longo da costa leste do Cáspio, para a Rússia) com capacidade para 30 bcm. Evidentemente, a Rússia espera obter gás adicional da Ásia Central, do Turcomenistão (e do Cazaquistão).

Em quinto, Moscou e Ashgabat concordaram em construir juntos um gasoduto leste-oeste conectando todos os campos turcomanos de gás a uma única rede, de modo que os gasodutos que andam em direção à Rússia, Irã e China possam receber gás de todos os campos.

De fato, contra o pano de fundo da intensificação dos movimentos dos EUA em direção à Ásia Central, a visita de Medvedev a Ashgabat tem impacto sobre toda a segurança regional. Na conferência conjunta de imprensa com Medvedev, Berdymukhammedov disse que as posições de Turcomenistão e Rússia nos processos regionais, particularmente na região da Ásia Central e do Cáspio, são em geral idênticas. Sublinhou que os dois países entendem que a segurança de um não pode ser obtida à custa do outro. Medvedev concordou que havia semelhança ou unanimidade entre os dois países nas questões relacionadas à segurança, e confirmou a disposição para agirem juntos.

A diplomacia dos EUA para o gasoduto no Cáspio, que visava passar ao largo da Rússia, deslocar a China e isolar o Irã fracassou. A Rússia planeja agora duplicar o gás importado do Azerbaijão, cortando ainda mais os esforços ocidentais para conquistar Baku como fornecedor para o Projeto Nabucco. Em linha com a Rússia, o Irã também está emergindo como consumidor do gás do Azerbaijão. Em dezembro, o Azerbaijão firmou acordo para fornecer gás ao Irã através dos 1.400 quilômetros do gasoduto de Kazi-Magomed-Astara.

O “grande quadro” mostra que as correntes Sul e Norte Russas – que fornecem gás para o sul e o norte da Europa – estão ganhando força irreversível. Os obstáculos que havia na Corrente do Norte foram superados quando a Dinamarca (em outubro), a Finlândia e a Suécia (em novembro) e a Alemanha (em dezembro) aprovaram o projeto do ponto de vista ambiental. Na próxima primavera, o gasoduto começará a ser construído.

O projeto conjunto para que a Gazprom, a alemã E.ON Ruhrgas e a BASF-Wintershall construam o gasoduto de $12 bilhões, e a empresa de transporte Gasunie evita as rotas de passagem da era soviética via Ucrânia, Polônia e Belarus e parte do porto russo de Vyborg, no noroeste da Rússia, para o porto alemão de Greifswald, em rota de 1.220 km que cruza o Mar Báltico. A primeira perna do projeto, com capacidade para transportar anualmente 27,5 bmc de gás, estará pronta no próximo ano; e até 2012 a capacidade estará duplicada. Essa Corrente Norte afetará profundamente a geopolítica da Eurásia, as equações transatlânticas e os laços que aproximam Rússia e Europa.

Não há dúvidas de que 2009 foi ano de fortes emoções na “guerra da energia”. Com o gasoduto chinês inaugurado pelo presidente Hu Jintao dia 14 de dezembro; com o terminal petroleiro próximo ao porto de Nakhodka, no extremo oriente da Rússia inaugurado pelo primeiro-ministro Vladimir Putin dia 27 de dezembro (que será alimentado pelo oleoduto-gigante de $22 bilhões, desde os novos campos da Sibéria e alcança os mercados do Pacífico asiático); e com o gasoduto iraniano que Ahmadinejad inaugurou anteontem, dia 6 de janeiro – não há dúvidas de que o mapa energético da Eurásia e do Cáspio foi virtualmente redesenhado.

O ano novo de 2010 começa com uma questão fascinante: Rússia, China e Irã saberão operar em movimentos coordenados ou, pelo menos, saberão harmonizar seus interesses concorrentes?

Do blog do Azenha, Vi o mundo

PHA: "Vesgo tem mais chance de ser presidente que o Serra"

Em entrevista ao Pânico!, Paulo Henrique Amorim dá uma verdadeira aula de jornalismo. Com muito humor fala sobre a queda da Globo, a contaminação da bactéria Veja, e a urubóloga Míriam Leitão. Paulo ainda critica Sabrina Sato, para ela tomar cuidado com as matérias de Brasília, pró oposição, pois a japa vai acabar se tornarnando garotas do Jô.



Do Portal Vermelho.org

Sobre garis e democracia

Da Agência Carta Maior

Pouco depois de revelar o seu verdadeiro caráter em público, referindo-se preconceituosamente aos garis na passagem do ano, o apresentador de TV Boris Casoy volta à carga. Como se nada tivesse acontecido retorna com informações truncadas, nitidamente partidarizadas.

Na primeira terça-feira deste ano, dia 5, ao apresentar o Jornal da Band leu, entre uma e outra notícia sobre enchentes e nevascas, a seguinte “nota pelada” (no jargão do telejornalismo trata-se de um texto sem imagens de cobertura):

“Quando voltar do seu descanso o presidente Lula tem um tremendo abacaxi pela frente. É decidir o Plano Nacional de Direitos Humanos, cujo o texto que pode permitir o fim da anistia fez com que os chefes das Forças Armadas e o ministro Jobim da Defesa pusessem seus cargos a disposição.

Lula prometeu rever o texto, mas a coisa complicou - e muito - hoje com a revelação de que os militares da FAB preferem que o governo compre os caças suecos em vez dos franceses, preferidos por Lula, que inadvertidamente até anunciou a compra dos caças franceses. Há quem veja nessa escolha da FAB uma reação ao caso da anistia”.


A nota estabelece relação entre dois assuntos usando para conectá-los a frase “Há quem veja nessa escolha da FAB uma reação ao caso da anistia”. Sem dúvida um primor de anti-jornalismo. Para dizer o que pensa, o autor do texto esconde-se atrás do “há quem veja”, sem coragem para dizer que quem vê essa relação é ele mesmo e os demais interessados em criar algum tipo de intriga na esperança, sempre presente, de desgastar o governo.

Sobre essa ilação tendenciosa vale ler o artigo de Janio de Freitas na Folha de 7/1. Diz ele “As conclusões da FAB sobre os três concorrentes nada têm a ver com o impasse, entre os comandantes militares e Lula, em torno do Plano Nacional dos Direitos Humanos e sua pretendida Comissão da Verdade. A FAB apenas recusou-se a não fazer o seu papel e o fez”. Ou seja a Força Aérea Brasileira simplesmente fez uma análise comparativa das ofertas de aviões franceses, suecos e estadounidenses.

E mais, para dar um jeito de criar a intriga, Boris Casoy diz que o presidente Lula “inadvertidamente até anunciou a compra dos caças franceses”. Veja o que diz Janio de Freitas: “Lula não disse querer ou haver decidido comprar o Rafale . O que comunicou de público, a propósito da conversa com o presidente francês em Brasília, por ocasião do Sete de Setembro do ano passado foi ‘a decisão de abrir negociações para a compra do Rafale’. As negociações nunca passaram de negociações”. E nelas cabem consultas a outros fornecedores interessados, como a FAB fez. Mas para Casoy nada disso interessa. O que ele quer é mostrar ao público a existência de um conflito entre a presidência da República e as Forças Armadas, talvez saudoso de 1964.

Mas as incorreções do texto lido no Jornal da Band não ficam por aí. Lá foi dito que o Plano Nacional de Direitos Humanos “pode permitir o fim da anistia”, o que não é verdade. O Programa Nacional dos Direitos Humanos não prevê a revogação da Lei da Anistia. “A proposta é da criação de uma Comissão da Verdade que, dependendo dos poderes atribuídos a ela, em tese poderia sugerir à Justiça a investigação e indiciamento de agentes públicos acusados de tortura, por exemplo. Mas antes seria preciso esperar a decisão do STF sobre o alcance da Lei de Anistia de 1979 e a decisão do Congresso efetivamente criando a Comissão da Verdade e dando a ela poderes reais de investigação”, como lembra o jornalista Luiz Carlos Azenha em seu blog.

Boris Casoy passou longe disso tudo. Ligeiro, aparentemente despretensioso, o texto colocado no meio do jornal, tinha como objetivo dar munição à direita na sua tentativa desesperada de conseguir abalar, de qualquer forma, a solidez popular do governo Lula. São gotas de desinformação e de tendenciosidade oferecidas diariamente ao público por esse e por outros telejornais.

Mesmo não surtindo efeito imediato sobre o governo, como mostram todas as pesquisas, trata-se de um tipo de jornalismo empobrecedor, que reduz a possibilidade de uma circulação mais ampla de idéias e opiniões. Ilude e desinforma o telespectador, comprometendo de forma grave o processo de aprofundamento da democracia brasileira.


Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

Serra representa o retrocesso, a mentira


Do blog O Terror do Nordeste

O que mais se fala na blogosfera é a repercussão que teve o vídeo produzido por Daniel Pearl, editor-geral do Blog da Dilma.Da direita à esquerda só se fala no vídeo QUERO DILMA 2.

Dizem que os tucanos estão nervosos, só porque Serra foi acusado de representar o atraso, o retrocesso.

José Serra representar o retrocesso é pouco.

José Serra, além de representar o atraso, é mentiroso e não é tão ético como se auto-intitula.

Serra representa o atraso porque é um defensor implacável da venda do patrimônio público.

Não perder de vista que foi na gestão Serra, como Ministro de Planejamento de FHC, que a Vale do Rio Doce foi "dada" de mão beijada, num verdadeiro crime de lesa-pátria, ao empresário Benjamin Steinbruch.

Mais: FHC vendeu grande parte das nossas estatais sem que Serra manifestasse discordância, ao contrário, apoiou ativamente a venda das estatais.

José Serra só não vendeu o Banco a Nossa Caixa a banqueiros privados porque Lula interveio e determinou ao Banco do Brasil que o comprasse.

José Serra pretende arrecadar R$ 900 milhões com a venda de ações da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) na Bolsa de Valores.


José Serra também é um mentiroso contumaz.


Gaba-se de ter enfrentado as multinacionais farmacêuticas na disputa da quebra das patentes sobre remédio contra AIDS.


José Serra só não diz que a falsa briga ocorreu justamente porque FHC revogou a Lei nº 5.772/73(Lei de Propriedade Industrial), por força da Lei nº 9.279/96, uma lei muito mais maléfica para sociedade brasileira. Só para se ter uma ideia, a Lei 5.772/73 proibia expressamente, no seu artigo 9º, que produtos farmacêuticos fossem privilegiáveis(patenteados).Já a Lei 9.279/96 retirou do seu texto esta proibição, permitindo toda sorte de patente.Esta questão foi bem exposta por César Benjamin quando ele ainda militava no campo das esquerdas.


Serra mente, também, quando diz que foi o pai dos remédios genéricos.Não foi. Como já visto aqui, quem criou os genéricos foi o ex-ministro da Saúde, no governo Itamar Franco, Jamil Haddad(PSB-RJ).


Na verdade, as grandes marcas da gestão Serra no Ministério da Saúde foram a ampliação do Esquema dos Vampiros, tendo como braço direito no Esquema Platão Fischer, mesmo tendo um delegado federal, o deputado Marcelo Itagiba, na sua assessoria, graças a Polícia Federal de Lula o referido esquema foi descoberto, e a criação dos Esquema dos Sanguessugas, além de ter sido o pai da maior epidemia de dengue do Brasil.


No aspecto ético, Serra não é tão ético como ele diz ser.


Quem disse que Serra não é ético foi um ex-amigo e ex-aliado seu, o Ministro do STM Flávio Cunha Flores, que afirmou em um guia eleitoral que Serra entrou pobre na Secretaria de Palnejamento do governo Franco Montoro e saiu rico.Fato este nunca provado o contrário por Serra.


Serra é acusado de ter recebido R$ 7 milhões de reais da Lista de Furnas.


Serra também é acusado de ter aditado contrato com a Alstom, mesmo sabendo que a referida empresa pagava propina a vários servidores do Estado de São Paulo(provavelmente tucanos).


Serra tem uma filha que foi sócia de Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas, na Decidir.Com, uma empresa voltada para prestar assessoria em procedimento de licitação na América Latina, inclusive no Brasil.


José Serra foi condenado a devolver R$ 200 milhões de reais aos cofres públicos, por causa da farra do PROER.Serra só não devolveu, juntamente com seus comparsas, a dinheirama porque Gilmar Mendes, quando tomou posse como presidente do STF, mandou arquivar os autos, sem a ouvida do MP.


É este, portanto, o perfil de José Serra, que os tucanos não querem que seja o mesmo tachado de político do atraso.


Por fim, Serra ainda sobrevive como animal político graças a blindagem do PIG, que não faz nem sequer uma crítica a ele.O PIG é bem remunerado para não falar mal de José Serra.


Leia aqui a Lei 5.772/73(lei da Propriedade Industrial revogada por FHC)

Leia aqui a Lei 9.2.79/97(Lei de Propriedade Industrial editada por FHC

Leia aqui o artigo de César Benjamin

Leia aqui a acusação de Flávio Flores da Cunha Bierrenbach

Leia aqui sobre Platão Fischer, braço direito de Serra no Esquema dos Vampiros

Veja aqui a condenação de Serra, no caso PROER.

Leia aqui quem criou os genéricos

Veja aqui José Serra, o pai dos Sanguessugas

Presidente da CNA não quer mediação nos conflitos de terra

Do Portal Vermelho.org

O agronegócio enfrenta processos judiciais por questões de trabalho escravo e degradante. Boa parte da 'lista suja' do Ministério do Trabalho é composta de empresas e de fazendas do setor. Para Kátia Abreu, os conflitos devem ser resolvidos na Justiça, onde o agronegócio se vale de concessão de liminares ou reintegração de posse para solucionar os problemas do uso da terra. Para ela, qualquer mecanismo administrativo estimula a violência no campo.

Kátia Abreu afirmou que a proposta do governo prejudicará os produtores rurais, porque o texto prevê que, antes da concessão de liminar ou da própria reintegração de
posse, no caso de invasão de propriedade, seja criada uma espécie de câmara de conciliação para tentar mediar o conflito.

Para ela, o Plano Nacional de Direitos Humanos, que determina as diretrizes do governo em relação às ações na área de direitos humanos, é uma plataforma amplamente socialista e um atestado de preconceito contra o agronegócio. Ela direcionou suas críticas especialmente aos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente.

A senadora disse que o plano não trata apenas da questão dos direitos humanos, mas de todas os temas da sociedade. Esse plano extrapola sua competência, entrando na questão fundiária, agrária e em todos os setores da sociedade brasileira, atacou. No que diz respeito à questão fundiária, ele atropela a Constituição e sugere que sejam aprovados projetos de lei no Congresso para diminuir o direito do agronegócio no acesso à Justiça.

Resposta do governo

A Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) divulgou nota à imprensa contestando as críticas da presidente da CNA ao Plano. Em nota breve, a secretaria diz que o Plano reflete as demandas da sociedade brasileira na sua pluralidade, o que inclui o setor de agronegócios.

“O objetivo do PNDH-3 é transformar a promoção e proteção dos direitos humanos numa agenda do Estado brasileiro, tendo como fundamentos a própria Constituição Federal e os compromissos internacionais assumidos pelo país”, diz trecho da nota.

Da sucursal de Brasília
Com Agência Brasil

outrapolitica.files.wordpress.com

Tenham medo, muito medo



por Eduardo Guimarães

Depois do cinema-catástrofe, o jornalismo-catástrofe – aquele que produz o que o nome indica. Vejam bem a capacidade que essa grande mídia desvairada ainda conserva depois de perder a de governar por interpostas pessoas: se eu entrar em um restaurante e começar a pregar que votem na Dilma, terei sorte se for apenas ignorado; se entrar lá e gritar FOGO!!, podem ter certeza de que todos me darão crédito e sairão correndo.

Não é preciso muita credibilidade para alarmar. Você não irá avaliar o histórico profissional de quem estiver te avisando de que, se não sair correndo, poderá virar churrasquinho. Esse é o perigo do alarmismo: qualquer um pode empregá-lo.

A mídia já tem um currículo bastante “respeitável” nessa prática. Levou milhões de brasileiros a se vacinarem sem razão contra a febre amarela, causando mortes por reação adversa à vacina; fez pessoas perderem rendimentos da poupança difundindo que Lula pretenderia confiscá-la; fez a economia patinar ao alarmar os agentes econômicos com uma crise financeira que afundaria o país; provocou colapso nos Postos de Saúde no ano passado com alarmismo sobre a gripe suína...

Deve haver muito mais. Estou dizendo apenas os casos mais rumorosos.

Enfim, escrevo isto porque senti calafrios ao ler ontem coluna da eterna Musa da febre amarela, Eliane Cantanhêde, aquela que, em janeiro de 2008, sugeriu que todos se vacinassem contra a febre, “fossem de onde fossem e antes que fosse tarde”, o que fez com que, ao fim daquele mês, houvesse mais gente hospitalizada por reação adversa à vacina do que pela própria doença.

Eliane, agora, saiu da Saúde Pública e foi dar seus palpites na Defesa do país. Tem dado suas aulinhas sobre que aviões de caça o Brasil deve comprar. Aliás, seu texto em questão corrobora comentário de um leitor que se apresentou como piloto da FAB e que publiquei no post “PIG para presidente”, no qual tratei do absurdo que é a mídia querer decidir a compra no lugar do governo simplesmente por ela não ter todas as informações necessárias para tanto.

Vejam o que Eliane escreveu sobre os caças Rafale (francês) e Gripen (sueco) em sua coluna na página A2 da Folha de São Paulo de ontem:

“(...) do ministro francês Hervé Morin contra o Gripen NG: "O Brasil prefere um Mercedes [o Rafale] ou um fusquinha [o Gripen]?". (...) Um país rico, belicoso, que invade o Paquistão e o Afeganistão sem cerimônia, certamente prefere o Mercedes. Mas, no Brasil, bonachão e de Orçamento apertado, é um luxo caro e sem sentido. Talvez o mais adequado, como a FAB diz, seja um fusquinha mesmo: um avião menor, mais leve, pela metade do preço, custo de manutenção mais baixo e capaz de cumprir bem a função de vigilância e eventual ataque.

Que medo, gente! Da última vez em que essa moça deu sugestões desse tipo, pessoas adoeceram e até bateram as botas por dar ouvidos talvez não a ela, mas a alguém que disse a mesma coisa.

Mais adiante, porém, em reportagem sobre o mesmo assunto na página A4 do mesmo jornal, a mesmíssima Eliane Cantanhêde dá outra explicação para a escolha que aquele mesmíssimo jornal diz que a FAB teria feito (a do Gripen):

(...) o fato de a FAB ter colocado o preferido do governo em terceiro lugar, atrás do Gripen e do americano Boeing F-18, cria um incômodo político – não menos porque as Forças Armadas estão melindradas com a idéia do governo de levar ao banco dos réus os crimes cometidos apenas pelo lado dos militares durante a ditadura.

A rapadura é doce, mas não é mole não, pessoal. Então, agora, a matéria da própria Eliane desdiz o que ela dissera duas páginas de jornal antes. O acerto na escolha do avião que o Brasil deve comprar nada tem que ver com o assunto. Os militares estariam fazendo picuinha contra Lula. Foi Eliane que disse, não eu.

É por isso que eu lhes recomendo que, ao pensarem em seguir qualquer das recomendações desses alucinados que têm em suas mãos trêmulas essa verdadeira arma que é um grande meio de comunicação, tenham medo, tenham muito medo. E só espero ter explicado direitinho o por quê.

Do blog Cidadania.com

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Com robôs voadores, EUA agem como promotor, juiz e executor

O que esperar, em 2010

EUA: mundo em guerra

4/1/2010, TomDispatch, Tom Engelhardt e Nick Turse [excerto, itens 7-10]


7. O Iêmen será o 4º grande front da guerra global de Washington?

George W. Bush proclamou-se, sem acanhar-se, um “presidente de guerra”. O presidente Obama segue o mesmo caminho. Nesse momento, os fronts de guerra do governo Obama incluem as guerras herdadas no Iraque e no Afeganistão, uma guerra não-tão-disfarçada no Paquistão, e potencial guerra nova no Iêmen. (E há quem fale de ações militares em andamento nas Filipinas, de guerra às drogas com colaboração de exércitos dos EUA na Colômbia, e de ataques periódicos na Somália.) Embora o envio de mais soldados para Afeganistão e Paquistão vise, supostamente, a conter lá a al-Qaeda, os EUA descobrem-se hoje às voltas com mais um país e mais um braço daquela organização, que parece ter mil braços.

Em 2002, artigo publicado no USA Today sobre atentado e assassinato no Iêmen, começava assim: “Abrindo visivelmente nova frente da guerra ao terror, forças dos EUA lançaram míssil teleguiado contra o Iêmen...”. Apenas pouco mais de sete anos adiante, depois de muitos mísseis lançados pelos EUA contra o país, e ataques aéreos dos EUA contra alvos ‘privilegiados’ (?) inimigos do governo do Iêmen apoiado pelos EUA, o New York Times anunciava, “Em meio a duas grandes guerras em andamento, os EUA silenciosamente abriram um terceiro, em boa parte até agora ocultado front de combate contra a al-Qaeda, no Iêmen.”

Dias depois de um ataque terrorista fracassado a um avião, por um único jovem nigeriano muçulmano, imediatamente reivindicado por um grupo que se autodenomina “al-Qaeda da Península Arábica”, o barulhento coro rotineiro dos norte-americanos pró-guerra ergue-se, armado, a favor de mais um front de guerra ao terror. (O senador Joseph Lieberman: “O Iraque foi a guerra de ontem. O Afeganistão é a guerra de hoje. Se não agirmos preventivamente, o Iêmen será a guerra de amanhã.”) O que começou como mais um atentado cometido pelo governo Bush em 2002, ameaça converter-se em mais uma guerra de Obama em 2010.

Os EUA não mandaram apenas Forças Especiais para o Iêmen. Hoje, despejam no Iêmen centenas de milhões de dólares para rearmar as forças de segurança do Iêmen, em dramático movimento para super-armar mais um país do Oriente Médio. Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita, apoiada pelos EUA – cuja aliança com Washington serviu de detonador para a atual guerra contra a al-Qaeda – ajuda o exército do Iêmen também em guerra, por sua vez, lá, contra os rebeldes Houthi.

Há aí um caldeirão de bruxedos ferventes de confusão. É preciso ficar de olho no Iêmen (espiando de hora em hora na direção da Somália, o fracassado Estado do Golfo de Aden). Aí há tudo para gerar mais ‘financiamentos’, mais ‘treinamentos’, mas ‘ações de pré-guerra’ e, provavelmente, nova completa guerra para 2010.

8. Quão brutais serão as guerras dos EUA em 2010?


No que tenha a ver com guerras à moda dos EUA, a palavra-chave de 2009 foi “counterinsurgency” ou COIN [traduzida em todo o mundo por variantes de “contrainsurgência”. No Brasil, poderia ser traduzida sempre como “contraguerrilha”. NT.]

A palavra é uma espécie de segunda tradução de “guerra”, mas à moda dos EUA: uma estratégia baseada em “limpar e defender” territórios, combinada com “proteger” os civis. A importância da “contraguerrilha”, como explicou o comandante dos EUA na guerra do Afeganistão, general McChrystal, não está tanto em matar o inimigo, mas em impor-se “ao povo”.

Escrito, até que se entende: seria uma versão mais bem-educada da guerra; historicamente, todas as operações de contraguerrilha sempre naufragaram no fundo do poço da máxima brutalidade. Portanto, aí vai uma palavra em relação à qual todo o cuidado será pouco, em 2010: “contraterrorismo”. Por definição, trata-se do lado mais negro do fundo do poço da brutalidade da contraguerrilha. Em vez de botas na lama, balas na nuca.

O general McChrystal era, até há pouco tempo, homem do contraterrorismo. Chefiou o JSOC (Joint Special Operations Command) no Iraque e no Afeganistão. Seus agentes eram chamados, menos polidamente, “caçadores de cabeças”. Tradução: assassinos.

Com McChrystal no comando, general que credita ao seu programa de assassinatos em grande escala boa parte do sucesso dos EUA no Iraque em 2007, seria apenas questão de tempo, antes que o contraterrorismo – que é terrorismo em uniforme do exército, com nome mais sofisticado – invadisse o Afeganistão (e, claro, também o Paquistão).

Embora os aviões ainda não tenham (talvez) decolado, os caras que chutam portas na calada da noite e tantas vezes são autores do massacre de civis não demorarão a assumir o chamado ‘controle’ das chamadas ‘operações’.

2009 chegou ao fim com notícias sobre soltar as mordaças dos ‘camisas negras’ de McChrystal começando a aparecer na imprensa. Portanto, toda a atenção à palavra “contraterrorismo”. Se começar a aparecer muito, saberemos que a guerra do Afeganistão entrou em fase de expansão ilimitada e imunda. Para os norte-americanos, 2010 poderá ser o ano do assassino.

9. Para onde irão os teleguiados não tripulados em 2010?

Se há coisa à qual prestar muita atenção em 2010 são os veículos teleguiados não tripulados – drones – cujas rotas são secretas, no caso da Força Aérea estacionada na distante base aérea de al-Udeid no Catar; e no caso da base da CIA, ainda mais longe, em Langley, Virginia.

Os teleguiados não tripulados norte americanos já estão nos vastos céus sobre a fronteira tribal do Paquistão; e Washington ameaça sempre com mais e mais teleguiados. Pense nesses aviões-robôs como o fio-guia do gume mais afiado de uma guerra global à moda dos EUA. Embora ainda seja proibido aos soldados norte-americanos que estão no Afeganistão “perseguir por terra” em território paquistanês, os drones há muito tempo têm carta branca para invadir áreas tribais de fronteira com o Paquistão.

Talvez mais importante, os drones – tomando uma frase de “Jornada nas Estrelas” – vão até onde nenhum homem jamais chegou. Desde o primeiro assassinato com teleguiados da Guerra Global ao Terror – que aconteceu no Iêmen em 2002 –, quando vários homens ditos militantes da al-Qaeda foram queimados vivos dentro de um carro, os teleguiados dos EUA estão em campo, explorando territórios.

Já atacaram no Iraque, Paquistão, Afeganistão e possivelmente também na Somália. Primeiros robôs exterminadores da nossa era, eles simbolizam o fracasso do poder dos EUA para fazer guerras controladas pelo Congresso e pelo povo dos EUA. Para começar, os drones teleguiados tornam cada vez menos significativas as fronteiras (e, portanto, qualquer ideia de soberania), dado que os ataques são lançados contra qualquer um que seja dito inimigo dos EUA, sem qualquer informe confiável de inteligência ou prova.

Com seus drones, só muito raramente os EUA terão de responder por seus assaltos, mas a taxa de sucesso sempre poderá ser considerada alta, porque, caso um ou outro inimigo pressuposto não esteja onde o drone foi mandado para matá-lo, lá sempre estará qualquer outro ser vivo que, sim, será efetivamente morto.

Em termos globais, os EUA converteram-se em Estado líder dos assassinos globais – juiz, jurado e carrasco-executor, acima de qualquer força à qual deva explicações. Os mísseis teleguiados não tripulados fazem de nós mesmos juiz e assassinos. É evolução terrível. Para 2010, o número de mísseis teleguiados não-tripulados aumentará muito. Boa medida de precaução será observar atentamente quais outros países cuidarão de produzir seus próprios mísseis teleguiados, seguindo os passos da estrada que os EUA estão abrindo. Vivemos tempos em que todos os desenvolvimentos tecnológicos logo se espalham pelo mundo – e muito depressa.

O elemento-surpresa

Sabemos uma coisa: 2010 será mais um ano de guerra para os EUA e, de campanhas de assassinatos em massa a novos fronts de guerra – mesmo que já não seja chamada de Guerra Global ao Terror, ainda assim continua global e baseada no terror –, tudo ficará ainda mais horrendo. O governo Obama talvez, de tempos em tempos, fale de retirada; mas em todo o Oriente Médio e na Ásia Central, o Pentágono e seus empreiteiros contratados continuam cavando e cavando. Ao mesmo tempo, cada vez mais dinheiro, não menos, é aplicado para preparar e planejar novas guerras.

Nas palavras de William Hartung, “Se os atuais planos do governo forem levados avante, o gasto militar começará a aumentar logo e aumentará sem parar por, no mínimo, outra década.”

No que tenha a ver com guerras, as únicas perguntas são: até onde? Quanto custará? Não: Por quanto tempo? A resposta de Washington a essa pergunta já foi dada, não em falas públicas, mas no orçamento do Pentágono e nos planos que o complementam: para sempre e mais um dia.

Claro: “para sempre”, só os diamantes. Mais cedo ou mais tarde, como os grandes poderes imperiais do passado, os EUA também descobrirão que o desgaste de guerrear guerras sem fim em terras distantes e sob climas inóspitos pesa dolorosamente demais. “Vençam” ou não no Iraque, no Afeganistão, no Paquistão e, agora, também no Iêmen, os EUA sempre perderão. Com o quê, chegamos a nossa última pergunta:

10. O que surpreenderá os EUA, em 2010?

Seria o cúmulo do orgulho arrogante, da autoconfiança mórbida, imaginar que se possa adivinhar o futuro, sobretudo em matéria de guerra. É de fato o cúmulo da arrogância e da autoconfiança pervertida de Washington acreditar que possa controlar o destino da guerra que Washington inventou, seja mediante táticas de “shock-and-awe” que com certeza funcionam, seja graças à perfeição-sem-erro dos militares que não falham, ou, como mais recentemente, uma força dedicada a fazer guerra de ‘contrainsurgência’ contra “corações e mentes” no Afeganistão e, em seguida, globalmente (sob a sigla obscena de “global contrainsurgency, GCOIN”).

A essência da guerra é a surpresa. Portanto, apesar dos bilhões de dólares, das armas high-tech e dos vários itens discutidos acima, mantenham os olhos bem abertos para o inesperado e não-compreendido. No entretempo, vejam passar o triste desfile da guerra à moda dos EUA, já no primeiro dia da segunda década do século 21, que começa em turbilhão.

Do blog Vi o mundo

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Luciano Martins Costa: Sergio Cabral autorizou construções em áreas de preservação de Angra dos Reis

COBERTURA DAS CHUVAS
A imprensa, de morro em morro

Por Luciano Martins Costa em 4/1/2010

no Observatório da Imprensa

Comentário para o programa radiofônico do OI, 4/1/2010

Os jornais abrem o ano com a tradicional contagem dos mortos por causa de morros que deslizam e casas que desabam com as fortes chuvas do início do verão. Mas há uma diferença flagrante de morro para morro: há os morros dos pobres e os morros dos ricos.

Em algumas dessas geografias, a culpa pela tragédia, na visão da imprensa, é sempre das vítimas, que insistem em ocupar ilegalmente áreas de encostas e outras topografias sujeitas a desmoronamentos e enchentes.No máximo, autoridades que toleram tais invasões compartilham a condenação da imprensa.

Em outras geografias, a culpa é simplesmente da natureza.

Ou seja, a imprensa parece ver uma enorme diferença entre morros com barracos e morros com construções mais sofisticadas. Ou será que as mansões de celebridades erguidas em áreas de proteção da Ilha Grande e outros locais do litoral brasileiro não deveriam também estar sujeitas ao crivo da imprensa, tanto quanto os amontoados de casas e barracos que sobem as encostas em lugares menos charmosos?

Descaso e omissão

É muito provável que, em alguns dos casos, as autoridades encarregadas tenham falhado ou se omitido. Também é muito provável que, em outros casos, essas mesmas autoridades tenham sido simplesmente subornadas.

Até a segunda-feira (4/1), os jornais ainda escondiam, por exemplo, que em junho de 2009 o governador do Rio liberou as regras para construções em áreas de preservação ambiental em Angra e outras regiões do Estado. O decreto, de número 41.921, é conhecido como "lei Luciano Huck", porque teria sido feito para beneficiar o apresentador da televisão.

Quando busca as causas das tragédias que se repetem regularmente, nesta época do ano, a imprensa costuma escorregar pelos chavões das chuvas recordes e da inadequação das construções. Mas nunca se aprofunda na investigação dos processos de ocupação de áreas de risco ou de áreas de proteção ambiental por propriedades privadas. Praias fechadas por condomínios ou casas particulares são parte dessas irregularidades.

Quando os morros deslizam, revela-se não apenas a precariedade das construções. Revelam-se também o descaso das autoridades e a omissão da imprensa.

Entenda aqui como o decreto de Cabral caiu do céu

Do blog do Azenha, Vi o mundo

Miro Borges: Boris Casoy é uma vergonha

Primeiro vídeo: ao encerrar o Jornal da Band da noite de 31 de dezembro de 2009, dois garis de São Paulo aparecem desejando feliz ano novo ao povo brasileiro. Na sequência, sem perceber o vazamento de áudio, o fascistóide Boris Casoy, âncora da TV Bandeirantes, faz um comentário asqueroso: “Que merda... Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho”.


Segundo vídeo: na noite seguinte, o jornalista preconceituoso pede desculpas meio a contragosto: “Ontem durante o programa eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores”. Numa entrevista à Folha, porém, Boris Casoy mostra que não se arrependeu da frase e do seu pensamento elitista, mas sim do vazamento. “Foi um erro. Vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados”.

Do CCC à assessoria dos golpistas

Este fato lastimável, que lembra a antena parabólica do ex-ministro de FHC, Rubens Ricupero – outras centenas de comentários de colunistas elitistas da mídia hegemônica infelizmente nunca vieram ao ar –, revela como a imprensa brasileira “é uma vergonha”, para citar o bordão de Boris Casoy, com seu biquinho e seus cacoetes. O episódio também serve para desmascarar de vez este repugnante apresentador, que gosta de posar de jornalista crítico e independente.

A história de Boris Casoy é das mais sombrias. Ele sempre esteve vinculado a grupos de direita e manteve relações com políticos reacionários. Segundo artigo bombástico da revista Cruzeiro, em 1968, o então estudante do Mackenzie teria sido membro do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), o grupo fascista que promoveu inúmeros atos terroristas durante a ditadura militar. Casoy nega a sua militância, mas vários historiadores e personagens do período confirmam a denúncia.

Âncora da oposição de direita

Ainda de 1968, o direitista foi nomeado secretário de imprensa de Herbert Levy, então secretário de Agricultura do governo biônico de Abreu Sodré – em plena ditadura. Também foi assessor do ministro da Agricultura do general Garrastazu Médici na fase mais dura das torturas e mortes do regime militar. Em 1974, Casoy ingressou na Folha de S.Paulo e, numa ascensão meteórica, foi promovido a editor-chefe do jornal de Octávio Frias, outro partidário do setor “linha dura” dos generais golpistas. Como âncora de televisão, a sua carreira teve início no SBT, em 1988.

Na seqüência, Casoy foi apresentador do Jornal da Record durante oito anos, até ser demitido em dezembro de 2005. Ressentido, ele declarou à revista IstoÉ que “o governo pressionou a Record [para me demitir]... Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu”. Na prática, a emissora não teve como sustentar seu discurso raivoso, que transformou o telejornal em palanque da oposição de direita, bombardeando sem piedade o presidente Lula no chamado “escândalo do mensalão”.

Nos bastidores da TV Bandeirantes

Em 2008, Casoy foi contratado pela TV Bandeirantes e manteve suas posições direitistas. Ele é um inimigo declarado dos movimentos grevistas e detesta o MST. Não esconde sua visão elitista contra as políticas sociais do governo Lula e alinha-se sempre com as posições imperialistas dos EUA nas questões da política externa. O vazamento do vídeo em que ofende os garis confirma seu arraigado preconceito contra os trabalhadores e tumultuou os bastidores da TV Bandeirantes.

Entidades sindicais e populares já analisam a possibilidade de ingressar com representação junto à Procuradoria Geral da República. Como ironiza Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre de Brasília, seria saudável o “Boris prestar serviços comunitários por um tempo, varrendo ruas, para ter a oportunidade de fazer algo de útil aos seus semelhantes”. Também é possível acionar o Ministério Público Federal, que tem a função de defender os direitos constitucionais do cidadão junto “aos concessionários e permissionários de serviço público” – como é o caso das TVs.

Na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro, Walter Ceneviva, Antonio Teles e Frederico Nogueira, entre outros dirigentes da Rede Bandeirantes, participaram de forma democrática dos debates. Bem diferente da postura autoritária das emissoras afiliadas à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), teleguiadas pela Rede Globo. Apesar das divergências, essa participação foi saudada pelos outros setores sociais presentes ao evento. Um dos pontos polêmicos foi sobre a chamada “liberdade de expressão”. A pergunta que fica é se a deprimente declaração de Boris Casoy faz parte deste “direito absoluto”, quase divino.

Do blog O Terror do Nordeste

domingo, 3 de janeiro de 2010

Por que rejeitamos FHC

por Eduardo Guimarães, CIDADANIA.COM

Está mais do que na hora de deixar bem escrito e assinado meu ponto de vista sobre uma falácia que a partidarizada grande mídia brasileira espalhou de forma a vender que haveria “continuidade” neste governo de alguma coisa mais importante que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha feito além de, por iniciativa de Itamar Franco, dar cara política ao programa de “estabilização” da moeda engendrado por Ronald Reagan e Margaret Tatcher.

O que FHC deixou ao sucessor, foi, sim, uma herança maldita. Legou um país quebrado e não foi por conta do “risco Lula”, como vende a mídia aliada do PSDB e do PFL. Em 2002, o Brasil estava de joelhos, sem perspectivas de futuro e com a economia totalmente desarranjada. O país acabara de enfrentar cerca de um ano de racionamento de energia elétrica por falta de investimentos. O desemprego estava nas alturas. Os investimentos, paralisados havia anos. A inflação havia explodido.

Sim, o alarmismo vendido pela mídia, pelo PSDB e pelo PFL (já naquele tempo) quanto a um possível governo Lula fez o dólar disparar e o risco-país subir no ano eleitoral de 2002, mas essa é apenas mais uma culpa desses partidos de direita e dos jornais, revistas, tevês e rádios que, desde então, aquele grupo político-ideológico já controlava.

E a péssima situação que Lula herdou em 1º de janeiro de 2003 se deveu à quebra do Brasil em 1999, causada por FHC, por ele ter mantido o real sobrevalorizado até o começo daquele ano depois de passar 1998 inteiro garantindo que seria desnecessário desvalorizar a moeda brasileira diante do dólar, e que o risco era Lula se eleger presidente naquele ano e desvalorizar a nossa moeda.

Há fartura de estudos da FGV, do IBGE, do IPEA, do FMI, do Banco Mundial etc. dando conta dos enormes prejuízos causados ao país por este ter mantido o dólar engessado por força de lei de forma a gerar a falsa sensação de bem-estar entre a população que o câmbio decretado por lei causa enquanto corrói a economia de dentro para fora.

Dados oficiais mostram que custou diretamente ao país 40 bilhões de dólares a aventura cambial tucana. Pode parecer pouco para um país que já caminha para os 300 bilhões de dólares de reservas em dólar, mas, naquela época, nossas reservas chegaram a 16 bilhões de dólares, ou seja, tivemos que esmolar ao FMI e a Bill Clinton quase o triplo do que tínhamos de moeda americana.

O resultado da aventura cambial tucana entre 1994 e 1998 foi a quase destruição da economia brasileira. Por isso ficamos sem energia no começo do século XXI, porque, para manter o dólar barato, privatizaram as jóias da coroa das empresas estatais a preço de banana, pois precisávamos dos dólares para pagar o serviço (juros e amortização) da dívida externa e, como passamos a importar mais do que exportar, as contas não fechavam.

Naquela época, antes da maxidesvalorização de 1999, o PT e Lula, então na oposição, denunciavam o câmbio sobrevalorizado por força de lei e pregavam o câmbio flutuante, que FHC teve que adotar depois, além de um mercado de consumo de massas forte como aquele que o governo petista implantaria no Brasil com os resultados que estamos vendo hoje.

Aliás, leitores, cuidado quando alguém tentar comparar a política cambial de hoje com a que FHC praticava. Hoje, quem define o valor da moeda americana é a lei da oferta e da procura; no governo tucano, o preço do dólar era definido por decreto governamental.

Não é por outra razão que pesquisa CNT-Sensus divulgada em novembro último apurou que o povo brasileiro rejeita FHC de forma convicta e que o apoio dele ao seu ex-ministro José Serra, hoje governador de São Paulo, tira votos do candidato da direita à sucessão do presidente Lula.

Reproduzo abaixo, portanto, as palavras do diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, comentando a detecção da enorme rejeição que ostenta até hoje o ex-presidente tucano.

Rejeição de FHC prejudica Serra, diz Sensus

23-11-2009

Portal G1

A rejeição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vem prejudicando o candidato José Serra. A informação é do diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, e do presidente da CNT, Clésio Andrade.

De acordo com a pesquisa divulgada hoje, 76% da população considera Lula melhor que FHC.

Somente 3% dos entrevistados disseram que o único candidato em que votaria é um indicado pelo ex-presidente.

Quando o pedido é de Lula, 20,1% dos entrevistados dizem que o nome oferecido seria o único em que votariam.

O contrário é pior para FHC.

Dos entrevistados, 49,3% disseram que não votariam num candidato indicado por FHC.

Outros 16% disseram que não votariam num nome indicado por Lula.

"Serra está caindo devido ao apoio do FHC. Ele está muto ligado ao ex-presidente, que fala em seu nome e o coloca na mídia. Sem contar que ele foi ministro em seu governo", explicou Clésio.

Mesmo sem ter dados comparativos entre as pequisas anteriores, Ricardo Guedes explicou que, na média, Serra vem perdendo votos.

"Ele era um candidato mais forte no inicio do ano', disse.

A mídia partidarizada (Globo, Folha, Veja, Estadão etc.) tenta caracterizar uma absurda “ingratidão” dos brasileiros quanto a FHC e não desiste de elogiá-lo incessantemente em seus jornais, revistas, rádios, tevês e portais de internet, mas é inútil. Nem essa mídia nem a oposição a Lula entenderam que o povo se lembra muito bem do que era o Brasil quando essa gente governava.

Este ano, haverá que refrescar ainda mais a memória dos brasileiros e denunciar a tentativa inútil da mídia de colorir de rosa o período obscuro que se abateu sobre este país entre 1995 e 2002, período que nos obrigou a retroceder décadas e que dificultou ainda mais a tarefa hercúlea deste governo de nos resgatar do fosso em que estávamos ao fim da era tucana.

Descubren avión en el hielo de la Antártida que data de 1911






















El avión fue adaptado como un tractor debido al deterioro de sus alas. (Foto: Archivo)


La aeronave perteneció al explorador Douglas Mawson quien es reconocido por ser uno de las primeras personas que se internaron en la Antártida para investigar su geografía. El avión había sido utilizado como tractor de nieve luego que sufriera un accidente y sus alas quedaran totalmente inutilizables. Mawson tenía la esperanza de realizar el primer vuelo sobre la Antártida pero no pudo lograrlo. (Foto: Archivo)

Los restos del primer avión en surcar la Antártida fue hallado por casualidad en medio del hielo por exploradores polares australianos, quienes indicaron que la aeronave data de 1911 y fue llevada por el geólogo e investigador de ese país, Douglas Mawson.

El monoplano, un Vickers REP, fue uno de los primeros fabricados en el mundo, Mawson tenía la esperanza de efectuar el primer vuelo sobre el casquete polar de la Antártida, en un viaje exploratorio que tenía como objetivo estudiar la geografía del llamado continente blanco.

Pero sus proyectos se vinieron abajo cuando el piloto que venía de Londres al mando del Vickers se estrelló en Australia durante un vuelo de prueba.

El explorador australiano, David Jensen, aseguró que las alas se encontraban totalmente deterioradas, por lo que Mawson procedió a despegarlas y pasó a convertir la aeronave en un "tractor de nieve" para arrastrar sus trineos.

"Todo esto no resultó terriblemente bien", explicó. "Habían equipado el avión con esquíes adaptados y un timón especial colocado en la cola".

Posteriormente, el motor se averió debido a las bajas temperatura, por lo que Mawson dejó el avión en Cabo Denison en 1914, según Jensen, quien también es el presidente de la Mawson's Hut Foundation.

Cabo Denison fue el lugar donde Sir Douglas Mawson realizó algunos de los primeros estudios completos de geología, geografía, magnetismo terrestre, astronomía, meteorología, glaciología, oceanografía, biología, zoología y botánica de la Antártida.

Tiempo después, el explorador abandonó definitivamente el avión en la Antártida en 1931 después de una última visita al esqueleto del Vickers en 1929.

Los descubridores indicaron que utilizaron equipos de resonancia magnética para hallar la aeronave, luego excavaron en torno al fuselaje, que fue visto por última vez en 1975 en Cabo Denison, completamente atrapado en el hielo.

Jesen precisó que gracias a mareas excepcionalmente bajas provocadas por la Luna llena y el deshielo, consiguieron descubrir el esqueleto del aparato el día de Año Nuevo.

"Teníamos probablemente una posibilidad en un millón de reunir todas la condiciones para descubrirlo", dijo.

El equipo se preparaba a perforar el hielo para recuperar el avión en condiciones meteorológicas particularmente duras, con vientos de 80 kilómetros por hora y temperaturas bajo cero, agregó Jensen.

"Uno de los carpinteros de la fundación Mawson paseaba cerca del puerto (...) cuando en ese momento y por extraordinaria casualidad pudo ver entre las rocas el fuselaje metálico".

"Se dice que este tipo de suerte llega sólo con 'Luna Azul', resultó ser así", comentó.
Según Jensen, el equipo de exploradores "locos de alegría" recuperó luego los trozos del fuselaje y debería llevarlos a Australia a finales de enero.

"Las piezas que encontramos vienen realmente del tractor aéreo. No pueden venir de ninguna otra cosa. Es la última parte de una pequeña parte de la historia de la aviación", indicó.

teleSUR-Efe/dag-PR

Até a sogra de Arruda participou da farra

Do blog Terror do Nordeste


Marido da sogra de Arruda é citado em grampo

SÃO PAULO - O repasse de dinheiro supostamente proveniente do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal a Heraldo Paupério, marido da sogra do governador José Roberto Arruda, é tema de um das gravações feitas pelo ex-secretário Durval Barbosa.

Em conversa gravada em 23 de outubro, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Arruda pergunta se Paupério ainda estava advogando para Durval. Diante da resposta positiva, o governador demonstra surpresa quando o ex-secretário lhe diz que já havia dado R$ 400 mil a Paupério.

Em seguida, Arruda faz uma confidência: diz que sua sogra, Wilma Peres, vinha reclamando do fato de outros advogados, como o ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira, terem sido contratados para defender Durval Barbosa.

"Ele (Paupério) não toca no assunto comigo. A minha sogra reclama. Reclama do tipo assim, como seu tivesse sido responsável por ter botado o Aristides e tirado ele (Paupério)", diz o governador. Em seguida, Arruda pergunta: "Nós devemos a ele?". Durval diz: "Uns R$ 100 mil". O governador, então, decide: "Vamos pagar, então, vamos?". O dinheiro seria retirado de um lote que Durval havia acabado de receber, como propina, de empresas de informática. "Cem você paga o Heraldo e o resto é seu", diz Arruda.

De acordo com as investigações da PF, Arruda autorizou Durval Barbosa a pagar os advogados com dinheiro do caixa da propina como forma de evitar que ele tornasse público os vídeos que revelavam a corrupção no governo. O "auxílio" do governador não foi suficiente para evitar que Durval acertasse com o Ministério Público o acordo de delação premiada que deu origem à investigação que pode lhe custar o mandato. Os advogados pagos com o dinheiro da propina atuavam em processos cíveis e criminais a que Durval responde, muitos deles por corrupção no período em que trabalhou no governo de Joaquim Roriz, antecessor e hoje arqui-inimigo político de Arruda. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Serra chega a tempo de aparecer no Fantástico?

Do blog do Luís Nassif:

03/01/2010 - 17:10
A mobilização do governo paulista


É nas grandes tragédias que, mais do que nunca, faz-se necessária a presença dos governantes. É o momento de demonstrar solidariedade com os eleitores.

Na campanha eleitoral de 2006, entrevistei o então candidato Geraldo Alckmin. Nunca fui fã de seu estilo administrativo. Mas algo que ele me disse, me marcou.

- O governador Mário Covas sempre me dizia para andar na rua, conversar com a população, não perder o sentimento de povo. Esse pessoal não sabe o que é isso.

“Esse pessoal” era o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e José Serra.

Até agora, dois dias depois da tragédia, nenhuma manifestação oficial, nenhuma nota à imprensa, nenhuma declaração transmitida por qualquer porta-voz, de solidariedade às vítimas das enchentes.

Vamos analisar o comportamento do governo do Estado de São Paulo, através dos seus principais portais.

Às 16:56, os sites do governo do estado de São Paulo registravam as seguintes informações sobre a tragédia das águas no Vale do Paraíba:

1. Site do governo do Estado – Últimas Notícias. Nenhuma informação.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimasnoticias.php

PalacioBandeirantes

2. Site da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Última informação é de 31/23/2009, sobre chuvas em Pracinha, na região de Presidente Prudente. A home é tomada por anúncios de convênios, que promovem o governo mas não informam.

http://www.defesacivil.sp.gov.br/novo/index2.asp

DefesaCivil

Na página de alertas, a informação de 31/12 de que haverá chuva moderada e fraca, podendo ocorrer transbordamentos de córregos, alagamentos e desabamentos.

http://www.defesacivil.sp.gov.br/novo/paginas.asp?pagina=bolalerta

DefesaCivil2

Nenhuma informação pós-desastre, que possa servir de orientação para os desabrigados ou para quem pretender ajudar.

3. No site da Secretaria da Justiça e de Defesa da Cidadania, a chamada principal é de inauguração de uma unidade da Fundação Casa de Itanhaém. Nenhuma informação sobre as enchentes.

http://www.justica.sp.gov.br/

Marrey

Quando a Maria Inês Nassif escreveu contra o instrumento da delação da lei antifumo, José Serra e o Secretário Marrey mobilizaram todos os jornalistas da Assessoria de Imprensa do Palácio para levantarem dados do Valor, para poder pressionar a direção a aceitar um artigo do indignado Marrey, insinuando que Inês estava a serviço da indústria de fumo.

Quando a tragédia exige ação, nada, nem uma nota, nem uma mobilização, nem uma declaração sequer de Marrey.

Repito o que venho dizendo há tempos – e só se tornará fato consumado quando a velha mídia decidir deserdar Serra: não existe gestão em São Paulo. Em momentos críticos como o atual, vê-se a total incapacidade do governo de articular ações efetivas. Serra é incapaz de ações pró-ativas.

*****

Da Folha Online:

03/01/2010 - 14h44
Serra visita área alagadas em SP; São Luiz do Paraitinga continua isolada

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai visitar neste domingo a região do Vale do Paraíba, onde diversas cidades foram atingidas pelas fortes chuvas que castigam o Estado desde a última quinta-feira (31).

Segundo a Defesa Civil do Estado, cerca de 20 mil pessoas de 15 municípios paulistas tiveram que deixar suas casas desde 31 de dezembro devido aos temporais. Foram registradas 10 mortes.

A região do Vale do Paraíba e de Ubatuba (litoral de SP) somam 7.200 desalojados --estão hospedados em casas de amigos e parentes-- e 5.000 desabrigados, ou seja, dependem de abrigos públicos.

Em Guaratinguetá (SP), a Defesa Civil já começou a receber doações, que podem ser entregues na avenida Dr. João Rangel de Camargo, 280, centro. A cidade tem cerca de 350 desabrigados que precisam principalmente de leite e toalha de banho.

São Luiz do Paraitinga

Segundo a Defesa Civil, São Luiz do Paraitinga (SP) foi a cidade mais afetada pelas chuvas no Estado, e está com mais de 9.000 pessoas desabrigadas. O município continua isolado devido à elevação do nível de um rio que fechou os acessos à cidade. Também não há energia elétrica, telefone e água potável.

A Prefeitura de São Luiz do Paraitinga ainda não montou um esquema para receber doações porque a cidade está praticamente toda alagada.

A Defesa Civil do Estado prioriza o atendimento ao município e já enviou alimentos, material de higiene e de limpeza, roupas e colchões para as vítimas.

A Polícia Militar também auxilia nas buscas dos desabrigados com dois helicópteros e 12 embarcações para localizar e resgatar as vítimas. Cerca de 80 homens do Corpo de Bombeiros foram destacados para trabalhar na cidade.

Outras cidades que também enfrentam problemas causados pelas chuvas, como deslizamentos e enchentes, são Cunha, Aparecida, Cruzeiro, Campos de Jordão, Caçapava, São José dos campos, Bananal, Paraibuna, Natividade da Serra, entre outras.

*****

Do Viomundo:

Será que o Serra chegará a tempo de aparecer no Fantástico? Confiram.