sábado, 11 de julho de 2009

Vídeo Poema - Manoel de Barros

Oligarquia do continente tem medo de nossa Constituição



Por: Agência Bolivariana de Noticias (ABN)





Tradução de Adriano Almeida


Caracas, 10 jul 09. ABN. – “A oligarquia do continente tem medo da Constituição da República Bolivariana da Venezuela, pois aqui em Caracas nasceu a doutrina constituinte que representa a via pacífica para lograr mudanças e iniciar processos revolucionários”, que vem se estendendo por todo o continente, expressou Hugo Chávez.

Em entrevista a imprensa internacional, realizada no Palácio de Miraflores, Chávez assinalou: “Não é causalidade que a burguesia gorila em Honduras tenha atuado no mesmo dia que se estava consultando o povo sobre uma constituinte, e esse é o delito pelo qual acusam o presidente Manuel Zelaya, por consultar o povo.”

“Aqui sucedeu o mesmo quando eu consultei o povo pela primeira vez no ano de 1999; mais de 20 demandas chegaram a então Corte Suprema de Justiça para que se pronunciasse sobre a constitucionalidade de essa ação e solicitando meu indiciamento, porém não puderam porque o povo foi às ruas e não obtiveram o apoio das Forças Armadas”, recordou.

Desde então, “não puderam e nem poderão parar a revolução. Em Honduras pretendem parar o movimento popular que está nascendo. Na Bolívia e Equador fizeram todo o possível para detê-lo e não puderam”.

Com o golpe de Estado perpetrado em Honduras, passado em 28 de junho, a burguesia desse país busca impedir que se aprofundem as mudanças democráticas nessa nação centro-americana, pois a quarta urna promovida por Zelaya para eleições de novembro poderiam abrir-lhe passo para a Assembleia Constituinte e a reforma constitucional, com que se iniciariam mudanças importantes e se debilitariam os partidos de direita.

A fonte original deste documento é:

Agência Bolivariana de Notícias (ABN)

Mauro Carrara: ordem na redações é criminalizar paixão de Lula pelo Corinthians

por Mauro Carrara

Segue em curso o quarto golpe contra o ousado operário Luiz Inácio. Desta vez, a ordem é derrubar um dos pilares de apoio de seu governo. Guardados há tanto tempo, os marimbondos de fogo agora se voltam contra o maranhense Sarney. Somente agora.

E nada se fala do propineiro lutador de jiu-jitsu, do primo do Agaciel ou do Heráclito que, ao contrário do grego, banha-se muitas vezes no mesmo rio da corrupção.

Na versão 2009, os ataques da mídia monopolista são disparados dos mais diversos flancos, o que significa que até as editorias de Esporte são agora convocadas para colaborar no projeto de desconstrução da imagem de Lula.

Procura-se, por exemplo, golpeá-lo num órgão vulnerável, seu coração alvinegro.

Quando menino pobre, o alívio do engraxate pernambucano era acompanhar as vitórias do time do povo pelo radinho de pilha. Já adolescente, passou a cultivar secretamente o sonho de um dia defender o clube dos operários.

A vida passou. Não deu. E Lula teve de contentar-se com o sindicalismo, com a militância partidária e, depois, com a presidência da República. Seus dias festivos, porém, ainda são aqueles que sucedem grandes jogos do Timão, quando pode azucrinar os torcedores adversários.

Percebeu-se essa nuance juvenil no repertório das condutas de Lula. Assim, nos últimos meses, a ordem nas redações é criminalizar a paixão de Lula. E tem funcionado bem.

Ao lançar suspeitas sobre sua participação nas coisas corinthianas, por exemplo, atiça-se obviamente a ira dos torcedores das outras agremiações.

Afinal, nem todos leem os cadernos de política. É preciso semear o ódio ao metalúrgico em outros eixos midiáticos.

(mais...)


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ética e Moral

Nada há, realmente, na etimologia ou na história do uso dos termos que imponha a distinção entre ética e moral. Um dos termos vem do grego, o outro do latim e ambos reenviam à ideia de costumes (ethos, mores); no entanto, podemos encontrar um traço distintivo entre eles, consoante acentuemos o que é ‘considerado bom’ ou o que ‘se impõe como obrigatório’. É por convenção que reservarei o termo ética para o objectivo de uma vida realizada sob o signo das acções consideradas boas, e o termo moral para o lado obrigatório, marcado pelas normas, pelas obrigações, pelas interdições, caracterizadas simultaneamente por uma exigência de universalidade e por um efeito de coacção. Facilmente reconheceremos na distinção entre o objectivo de uma vida boa e a obediência às normas, a oposição entre duas heranças; a herança aristotélica, onde a ética se caracteriza pela sua perspectiva teleológica (de telos - fim); e a herança kantiana, onde a moral é definida pelo carácter de obrigação da norma, logo numa perspectiva deontológica (deontológico significa precisamente dever). [...]
Definirei a finalidade ética pelos três termos seguintes: finalidade da vida boa, com e para os outros, nas instituições justas.
Falando, primeiro, da ‘vida boa’, gostaria de sublinhar o modo gramatical desta expressão tipicamente aristotélica. Ainda é o modo do optativo e não o do imperativo […].
A estima de si é o momento reflexivo da praxis: é aapreciar as nossas acções que nós nos apreciamos a nós mesmos como sendo o seu autor.
Passemos ao segundo momento: viver bem com e para os outros. Como é que esta segunda componente da finalidade ética, que designo pelo belo nome de solicitude, se encadeia com a primeira? […].
Que a finalidade da vida boa envolva, de a modo, o sentido de justiça, isso está implícito pela própria noção de outro. O outro é também outro que o tu. Duas asserções estão aqui em jogo: segundo a prime viver bem não se limita às relações interpessoais, mas alarga-se a vida no interior das instituições: de acordo com a segunda, a justiça apresenta traços éticos que estão contidos na solicitude, a saber, uma exigência igualdade de outro tipo que não o da amizade.
Paul Ricoeur; “Éthique et Morale”, in Revista Portuguesa de Filosofia, Janeiro/Março 1990, 99. 5-8

O que é o senso comum?


Todo o conhecimento, tanto comum como científico, é formado por elementos fornecidos pela intuição sensível e elaborados pelo pensamento. A elaboração é a obra da razão, que se define como a função de coordenação do pensamento na sua actividade de conhecimento, função que se exerce mediante princípios (de identidade, de contradição, de causalidade, etc.) constitutivos da razão. O conhecimento comum é quase sempre o produto de uma elaboração espontânea da razão, ao passo que o conhecimento científico resulta de uma elaboração reflectida, metódica, prosseguida de modo voluntário e, por vezes, árduo.
No conhecimento comum, as sensações obtidas pelos órgãos dos sentidos são elaboradas inconscientemente em percepções, depois, o espírito, graças à memória, compara entre si as diversas percepções, analisa-as e observa, assim, certos retornos de fenómenos análogos. Muito naturalmente, o espírito aguarda o seu reaparecimento e torna-se capaz, em certa medida, de os prever; formula, assim, leis empíricas, como as seguintes: todo o homem morre; o fogo coze os alimentos e queima.
Não obstante os seus defeitos e as suas insuficiências, o conhecimento comum ou empírico é um seguro caminhar para o conhecimento científico, porque comporta já um certo grau de generalidade; pode, efectivamente, enunciar leis (nem sempre rigorosas) e, embora subjectivo em larga medida, isto é, variável de indivíduo para indivíduo, é grandemente influenciado e regularizado pela sociedade, mediante a linguagem.
É ensinando a criança a falar que se forma o seu pensamento, que se lhe dá a possibilidade de o fixar, de o ordenar e de o comunicar. Um pensamento que a linguagem não fixasse permaneceria vago, fugidio, incaptável e incoerente. Ora, a linguagem é um produto social e o pensamento comum modela-se sob a sua influência constante; fornece-lhe uma grande quantidade de matrizes gerais inteiramente prontas; são as palavras que permitem classificar rapidamente as sensações novas e, com a ajuda da sintaxe, pô-las em relação com as antigas. A linguagem permite generalizar facilmente observações particulares, porque as palavras são veículos de ideias gerais, conceitos universais. Pode dizer-se que ela transmite os resultados das observações e do enorme trabalho mental das gerações que presidiram à sua formação.
Assim, a linguagem tende a diminuir o carácter subjectivo do conhecimento comum, ao fazer participar o indivíduo nos modos de pensar de um meio social extenso, no seio do qual os indivíduos controlam reciprocamente os seus conhecimentos, ao comunicá-los.
O objectivo do conhecimento comum, estruturado e uniformizado pela linguagem, é adaptar-nos ao nosso meio, permitir que nos preservemos dos perigos que nos ameaçam, e que procuremos alimentos. Orientado essencialmente para a acção e a prática, ele é sobretudo utilitário e tende para o fabrico de utensílios que aumentam o nosso poder sobre as coisas e os seres. Pela construção de utensílios rudimentares, o pensamento, antes de todo o conhecimento propriamente científico, mede-se já com uma realidade exterior que lhe resiste e que o rectifica sempre que se transvia. Um utensílio mal concebido revela-se, na prática, como inutilizável e obriga por isso mesmo o pensamento a construir um que seja eficaz, por conseguinte, a corrigir-se para melhor se adaptar à realidade material.
Mas não entramos apenas em relação com o mundo material; é igualmente necessário que nos adaptemos aos nossos semelhantes, que adivinhemos as suas intenções e prevejamos, em certa medida, as suas acções. A psicologia empírica responde a esta necessidade; desigualmente desenvolvida nos diversos indivíduos, funda-se em indícios pequenos (jogos de fisionomia, gestos, etc.) mais ou menos habilmente interpretados. Existe, sem dúvida, desde que há sociedades humanas, ao passo que a psicologia científica é de criação recente.
Maurice Gex, Éléments de Philosophie des Sciences, Éditions du Griffon, Neuchâtel, págs. 15-18

Google Maps mostra a sua localização


Usuários do Google Maps agora podem utilizar a ferramenta “Mostrar meu local” do serviço de mapas do Google. A opção permite que o internauta veja a localização da sua máquina onde quer que esteja por meio do recurso de W3C Geolocation API.

O “My Location” é compatível apenas com navegadores Chrome 2.0, Firefox 3.5 ou outros browsers com versão mais atualizada do Gears. Para acionar o serviço, basta clicar num pequeno botão redondo no canto esquerdo superior do mapa, acima do boneco próximo ao zoom.

Antes de acessar a novidade, o Google solicita a permissão do usuário. O serviço de “Mostrar meu local” já estava disponível em celulares e smartphones.
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USP digitaliza obras de Machado de Assis


Os fãs de literatura brasileira ganharam um serviço bastante precioso. A Universidade de São Paulo - USP -, por meio da sua biblioteca online Brasiliana Digital, publicou diversos livros escritos por Machado de Assis.

As obras foram digitalizadas na última quarta-feira, 08. Fazem parte do acervo as primeiras edições produzidas pelo escritor, além de imagens raras e assinaturas do próprio punho de Machado de Assis.

Os usuários poderão fazer o download das edições digitalizadas em alta ou baixa resolução. Estão disponíveis obras como “Memórias póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba” e “Dom Casmurro”.
Clique AQUI para acessar a biblioteca especial de Machado de Assis.

A magia da poesia

Olavo Bilac


Via Láctea

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Olavo Bilac

Serra recebe prêmio fajuto em quarto de motel

Interessante, ninguém vê nenhum logotipo, nenhuma autoridade da ONU entregando o prêmio ao Serra. Será que Serra, ao invés de receber o prêmio fajuto na ONU, recebeu no ÂNUS?Bem capaz. Outra coisa, causa estranheza um prêmio recebido após mais de 6 anos.Resta claro que a trambiqueira que "arranjou" este fajuto prêmio para Serra quer mesmo é alavancar a campanha dele.Tem mais, percebem a foto do tucano atrás da picareta.
Escrito por O Terror do Nordeste

Ciro Gomes: 'faço aliança até com Satanás se for para fazer a obra de Deus'

por Pedro Dias Leite, na Folha Online

Enviado especial da Folha de S.Paulo ao Guarujá (SP)

Possível candidato ao governo de São Paulo, o deputado federal Ciro Gomes disse (PSB-CE) ontem que uma eventual aliança com o colega Paulo Maluf (PP-SP) não afetaria "a hegemonia moral e intelectual" de sua aliança.

"Não vou para uma aliança com o Quércia, não vou. Ponto final", disse Ciro --hoje, Quércia é aliado do governador José Serra. "Não vou com Newton Cardoso, com Jader Barbalho."

E com Maluf? "Depende da hegemonia moral e intelectual que se estabeleça, porque o PP não tem hoje tamanho para alterar o centro de uma hegemonia moral e intelectual boa". E citou Gramsci: "Faço aliança até com Satanás se for para fazer a obra de Deus".

No início da semana Maluf disse que conversou com Ciro, que ontem revelou ter relação "extremamente cordial" com o ex-prefeito: "O que pega é catapora; conversar não faz mal nenhum".

Ciro admitiu pela primeira vez que pode transferir o título eleitoral para São Paulo (condição para disputar o governo). Mas ressaltou: "Não quer dizer, só este ato, que eu seja candidato a governador. Posso ser candidato a presidente tendo domicílio em São Paulo".

quinta-feira, 9 de julho de 2009

SP e RS boicotam TV Brasil

Denúncia

Recebi uma denúncia que precisa ser levada ao conhecimento público. Minha fonte é confiável, mas não posso revelar quem é.

Aí vai:

Dia 8 de junho, a Rede Minas [de tevê] parou de retransmitir o Jornal da Cultura, da TV Cultura de SP, substituindo-o pelo Repórter Brasil, da TV Brasil.

A retransmissão do Repórter Brasil para Minas Gerais não durou uma semana. Três dias depois saiu do ar no Estado.

A pressão política vinda de São Paulo – provavelmente de Serra, do PSDB e da Fundação Padre Anchieta – foi forte e a Rede Minas voltou com o Jornal da Cultura.

Há um movimento interno na Rede Minas para que o Repórter Brasil volte a ser transmitido. Ao que tudo indica, não há resistência de Aécio Neves.

Já a TVE -RS, da governadora Yeda Crusius, recusa-se a enviar matérias locais ao Repórter Brasil, boicotando a rede pública.



Escrito por Eduardo Guimarães às 16h26