sábado, 12 de setembro de 2009

Sobre partidos políticas e a imprensa


Vale a pena resgatar a analogia, feita por Perseu Abramo, entre partido político e imprensa, em tempos de silêncio midiático no RS.

Ensina o mestre:

[...] os grandes e modernos órgãos de comunicação, no Brasil, parecem-se efetivamente muito com partidos políticos.

1. Da mesma forma que os partidos têm seus manifestos de fundação, seus programas, suas teses, os órgãos de comunicação têm seus projetos editoriais, suas linhas editoriais, seus artigos de fundo.


2. Os partidos têm estatutos, regimentos internos e regulamentos; os órgãos de comunicação têm seus Manuais de Redação, suas Normas de Trabalho.

3. Os partidos têm seu aparato material: sedes, móveis e equipamentos, verbas, veículos, etc. Os órgãos de comunicação também têm seu aparato material, freqüentemente mais diversificado e mais moderno que o da média dos partidos.


4. Os partidos têm seus filiados, seus militantes, seus quadros dirigentes centrais e intermediários. Os órgãos têm o equivalente: empregados, chefes, diretores, editores, de quem exigem adesão e fidelidade freqüentemente maior que a que os partidos exigem de seus filiados.


5. Os partidos têm normas disciplinares com as quais aplicam sanções aos filiados que se afastam da linha partidária. Os órgãos também têm normas disciplinares, com as quais aplicam prêmios de reforço aos mais fiéis, e rebaixamentos, suspensões e expulsões aos que se desviam da linha editorial.

6. Os partidos têm sede central, diretórios regionais e locais, células, núcleos, áreas de influência e intercâmbio com entidades do movimento social. Os órgãos têm sede central ou matriz, sucursais correspondentes e enviados especiais, contratos e convênios com outros órgãos e com agências internacionais.


7. Os partidos são um ponto de referência para segmentos sociais, têm seus simpatizantes e seu eleitorado. Os órgãos também são um ponto de referência para milhares ou milhões de leitores/espectadores, têm seus simpatizantes e seguidores, o seu leitorado.


8. Os partidos procuram ter os seus boletins, o seu jornal, a sua revista, seus volantes e panfletos, seus carros de som e seus palanques com alto-falantes, enfim, seus meios de comunicação. Os órgãos de comunicação são os meios de comunicação de si mesmos enquanto partidos.


9. Os partidos procuram conduzir partes da sociedade ou o conjunto da sociedade para alvos institucionais, para a conservação de algumas instituições e para a transformação de outras; têm enfim um projeto histórico relacionado com o Poder. Os órgãos de comunicação também procuram conduzir a sociedade, em parte ou no todo, no sentido da conservação ou da mudança das instituições sociais; têm, portanto, um projeto histórico relacionado com o Poder
.

10. Os partidos têm representatividade, em maior ou menor grau, na medida em que exprimem interesses e valores de segmentos sociais; por isso destacam, entre seus membros, os que disputam e exercem mandatos de representação, legislativa ou executiva. Os órgãos de comunicação agem como se também recebessem mandatos de representação popular, e alguns se proclamam explicitamente como detentores de mandatos. Oscilam .entre se auto suporem demiurgos da vontade divina ou mandatados do povo, e confundem o consumo dos seus produtos ou o índice de tiragem ou audiência com o voto popular depositado em urna.


Essas analogias não constituem apenas - como poderia parecer - um mero jogo de palavras, uma brincadeira semântica e retórica. [...] Na verdade, elas dizem que os órgãos de comunicação se transformaram em entidades novas, diferentes do que eram em sua origem, distintas das demais instituições sociais, mas extremamente semelhantes a um determinado tipo dessas instituições sociais, que são os partidos políticos.


Se os órgãos não são partidos políticos na acepção rigorosa do termo, são, pelo menos, agentes partidários, entidades para-partidárias, únicas, sui generis. Comportam-se e agem como partidos políticos. Deixam de ser instituições da sociedade civil para se tornarem instituições da sociedade política. Procuram representar - mesmo sem mandato real ou delegação explícita e consciente - valores e interesses de segmentos da sociedade. E tentam fazer a intermediação entre a sociedade civil e o Estado, o Poder. É por essa razão que os principais órgãos de comunicação podem proclamar sua autonomia e sua independência, não só diante dos anunciantes como diante do governo e do Estado. Na realidade, esses grandes órgãos efetivamente são autônomos e independentes, em grande parte, em relação a outras formas de Poder. Mas não - como querem fazer crer - porque estejam acima dos conflitos de classe, da disputa do Poder ou das divergências partidárias Nem porque estejam a serviço do Brasil ou da parte do Brasil que constitui o seu específico leitorado.
Mas sim porque são eles mesmos, em si, fonte original de Poder, entes político-partidários, e disputam o Poder maior sobre a sociedade em benefício dos seus próprios interesses e valores políticos*. [...]

*Grifos nossos.

Fonte: Blog Dialógico

Brasil quer ser referência mundial em software livre em ambiente de redes de colaboração

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) quer transformar o Brasil em um centro internacional de referência em software livre, dentro de um ambiente de redes de colaboração. Para isso, é preciso avaliar fatores como a qualidade do produto e o processo de desenvolvimento, destacou hoje (10) Jarbas Lopes Cardoso, coordenador de projetos de cooperação do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do MCT.

A expectativa é colocar à disposição da sociedade, em outubro próximo, em uma comunidade que vai se chamar 5CQualiBR, os primeiros resultados do projeto, que incluem modelos de testes, avaliação de produtos e processos.

Ele explicou que dentro de um ambiente restrito de empresas já há coisas que são consolidadas internacionalmente. No Brasil, as questões nesse ambiente empresarial são resolvidas em um nível muito bom, disse Cardoso. As empresas têm seus próprios métodos de gestão, destacou.

“Mas, na hora em que você passa para um ambiente de colaboração, onde as pessoas estão distribuídas via rede e, na maioria das vezes, trabalhando de boa vontade, fica difícil administrar tudo isso com regras tradicionais de gestão de projetos. O CTI Renato Archer está preocupado com isso”, disse Cardoso.

Segundo ele, há indagações que ainda buscam respostas. Entre elas, ele mencionou como "qualificar uma contribuição vinda de uma rede de cooperação, como aquilo foi criado, como a gente pode confiar nas respostas e na rapidez dessas respostas”.

O CTI do MCT está estudando casos de sucesso, como o software público brasileiro, para poder replicar. O objetivo é fortalecer a indústria nesse novo ambiente de colaboração livre para gerar novos negócios e, consequentemente, riqueza social. No momento, o CTI está verificando o acesso à comunidade que será criada (5CQualiBR). “Como tem uma demanda potencial para isso, a gente não quer que a infraestrutura não dê conta do acesso”, explicou Cardoso.

Alguns testes preliminares estão sendo feitos com o objetivo de expandir o projeto, que está aberto à contribuição da indústria e da comunidade que participa e vive da tecnologia da informação, afirmou o coordenador do CTI Renato Archer. Cardoso participou hoje (10) do Encontro de Negócios em Software Livre, no Rio Info 2009 – 7º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios, promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj).

Fonte: Blog da Juliana Weis, aqui

Charge do Bessinha

Refinarias da Petrobras vendem gasolina mais barata que as refinarias dos EUA


Refinarias da Petrobras vendem gasolina mais barata que as refinarias dos EUA
A internet está recheadas de mentiras.Uma delas diz que o preço da gasolina no Brasil é um dos mais caros do mundo.Não é verdade.Basta ver o gráfico acima.Este gráfico mostra algo mais importante ainda. Que o preço da gasolina vendida pelas refinarias da Petrobras são MENORES que os preços praticados pelas refinarias dos EUA.O que encarece a gasolina aqui no Brasil são os impostos (principalmente o ICMS, que é de 25% em São Paulo e em Minas Gerais) e a margem de distribuição e de venda pelos postos de gasolina.Para ir ao fundo do mar, pesquisar, retirar o petróleo, levar para as refinarias e refiná-lo, a Petrobras fica com apenas 31% do preço do combustível.É uma grande prova de competência da Petrobras.É um benefício enorme para nossos bolsos. Pois se a Petrobras vendesse mais cara a gasolina na refinaria, o valor em reais dos impostos seriam maiores ainda. PS: O preço da gasolina nas refinarias dos EUA é muito mais caro. A diferença é muito grande. Saber a verdade é importante para que possamos raciocinar e julgar com justiça..

STF converteu-se no grande reduto onde a minoria branca se encastela para defender seus privilégios

"O NEGÓCIO É JUDICIALIZAR"

Eu estava em Washington quando fui convidado pela TV Cultura para fazer uma reportagem sobre a polêmica em torno da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Teria liberdade para retratar a situação que encontrasse, ouvindo todas as partes que debatiam o assunto.

Fui recebido pelo então prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero, na sede da empresa dele em Boa Vista. Uma pessoa agradável, articulada e persuasiva, sob acusação de promover ações terroristas contra os índios.

Um homem de bons contatos nos círculos conservadores, especialmente dos latifundiários. A rede Bandeirantes tinha até mandado um repórter de encomenda para fazer reportagens pró-arrozeiros.

Quartiero tinha comandado o movimento para "judicializar" a causa. Jogar o assunto para o STF, onde juízes não eleitos poderiam rever decisões anteriores tomadas nos governos FHC e Lula.

A falta de sorte de Quartiero foi ter, contra ele, a Igreja Católica, que se posicionou ao lado dos indígenas. Além disso, ele começou a ter projeção nacional e passou a incomodar os políticos locais de Roraima, que se voltaram contra ele.

Os indígenas da Raposa ganharam a disputa -- diga-se, em minha opinião, com Justiça. Mas os indígenas de outras partes do Brasil perderam. Sim, porque a decisão aparentemente progressista do STF congelou todas as demais reservas existentes. Existe uma campanha para ampliar o tamanho de várias delas, especialmente as de Mato Grosso do Sul.

Ou seja, o agronegócio pode ter perdido espaço em Roraima, mas respirou aliviado em todo o resto do Brasil. Não se esqueçam que Gilmar Mendes é de Mato Grosso, terra de Blairo Maggi, um dos campeões do agronegócio.

Mendes vota sempre em defesa dos grandes interesses: do banqueiro Daniel Dantas, da empresa que cobrava pedágios que a Justiça de instâncias inferiores considerou indevidos no interior de São Paulo, dos amigos de Blairo Maggi que constróem hidrelétricas em terra sob disputa com indígenas em Mato Grosso. No caso da reserva Raposa Serra do Sol, Mendes posou publicamente como defensor das minorias mas, por baixo do pano, fez um favorzão ao agronegócio.

Quartiero perdeu, mas fiquei com a frase dele na cabeça: "O negócio é judicializar". Fico com a impressão que o STF converteu-se no grande reduto onde a minoria branca se encastela para defender seus privilégios.

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-negocio-e-judicializar/

GOVERNO AMERICANO BLOQUEIA A COMPRA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS PARA CUBA E VENEZUELA

A DUPLA TRAIÇÃO DA PHILIPS

Os Estados Unidos são o maior proprietário de patentes do mundo. Têm roubado cérebros de todos os países, desenvolvidos ou em desenvolvimento, que realizam investigações em numerosas esferas desde a produção de armas de extermínio em massa até nas áreas de medicamentos e equipamentos médicos. Por isso, o bloqueio econômico e tecnológico não é algo que seja apenas um pretexto para culpar o Império pelas dificuldades próprias.

A saúde pública é uma das áreas na qual o nosso país avançou mais, apesar de que os Estados Unidos roubaram quase 50 por cento dos médicos formados na única universidade de Cuba, que eram mais de 5 000, muitos dos quais não tinham emprego.

Nessa área foi escrita uma das páginas mais brilhantes da cooperação internacional da Revolução Cubana, iniciada com o grupo de médicos que foi enviado para a recém-independizada Argélia há quase meio século. Aquela política não cessou e nesse ramo tão humano o nosso país goza de reconhecimento universal.

Ninguém pense que foi tarefa fácil. Os Estados Unidos fizeram todos os possíveis por evitá-lo. Durante o tempo transcorrido realizou o máximo esforço por sabotá-la. Aplicaram contra Cuba todas as variantes possíveis de seu criminoso bloqueio econômico que, mais tarde, em virtude da Lei Helms Burton, adquiriu caráter extraterritorial durante a administração de Bill Clinton.

Depois do derrubamento do campo socialista e quando, meses mais tarde, o seu principal bastião, a União Soviética, foi desintegrada, Cuba decidiu continuar lutando. Já então, o nosso povo tinha adquirido um alto nível de consciência e de cultura política.

No ano 1992, Hugo Chávez chefiou o levantamento militar contra o governo oligárquico burguês do pacto de Ponto Fixo, que durante mais de três décadas saqueou a Pátria de Bolívar. Foi preso como nós. Visitou Cuba no ano 1994 e anos mais tarde, com pleno apoio de seu povo, chegou à presidência e começa a Revolução Bolivariana.

O povo da Venezuela, da mesma forma que o povo de Cuba, teve que encarar imediatamente a hostilidade dos Estados Unidos, que programaram o golpe de Estado fascista no ano 2002, derrotado pelo povo e pelos militares revolucionários. Meses depois aconteceu o golpe petroleiro, que foi o momento mais difícil, no qual brilharam novamente o líder, o povo e os militares venezuelanos. Chávez e a Venezuela ofereceram-nos toda a solidariedade durante o Período Especial, e nós lhes oferecemos a nossa.

Naquela altura o nosso país tinha não menos de 60 mil médicos especializados, mais de 150 mil professores experientes e um povo que tinha escrito brilhantes páginas internacionalistas. Depois do golpe petroleiro começou o rio de nossos cooperantes para os programas de educação e saúde e cooperaram com a Revolução Bolivariana em um dos mais profundos e rápidos programas sociais que foram realizados nalgum país do Terceiro Mundo.

Cito estes antecedentes porque são indispensáveis para julgar a perfídia do imperialismo e compreender o tema que abordo hoje: a claudicação e a traição a Cuba e a Venezuela de quem foi uma conhecida e relativamente prestigiosa transnacional européia: a transnacional holandesa Philips, especializada na fabricação de equipamentos médicos.

Sobre o tema escrevi uma Reflexão há dois anos, no dia 14 de julho de 2007, mas eu não quis mencionar o seu nome. Ainda tinha esperança de que ela retificasse.

Tínhamos cooperado com o povo da Venezuela para criar um dos melhores sistemas de saúde. Lá ofereceram os seus serviços dezenas de milhares de médicos especializados e outros profissionais cubanos da saúde. O presidente Hugo Chávez, satisfeito com o trabalho dos primeiros contingentes que viajaram para a Venezuela visando trabalhar no Bairro Adentro, um programa destinado a levar os serviços de saúde para as zonas urbanas e agrícolas mais pobres do país, em uma de suas visitas a Cuba nos solicitou a criação de um programa que pudesse beneficiar a todas as camadas da população venezuelana de classe pobre, média ou rica. Surgiram assim os Centros de Diagnóstico de alta tecnologia; eles complementariam a tarefa dos 600 Centros de Diagnóstico Integral que, como policlínicas de amplos serviços, com seus laboratórios e equipamentos, apoiariam os consultórios de Bairro Adentro. Um número elevado de centros de reabilitação assumiria a humana tarefa de encarar qualquer tipo de deficiência física ou motora.

Em virtude dessa solicitação do Presidente, adquirimos os equipamentos pertinentes para 27 Centros de Diagnóstico de Alta Tecnologia, distribuídos nos 24 Estados venezuelanos, três dos quais por sua elevada população levam dois deles.

Nossa norma é contratar sempre o equipamento médico com as firmas mais prestigiosas e avançadas a nível mundial. Incluso procuramos que nos fornecimentos dos equipamentos mais complexos participem, pelo menos, duas das firmas mais especializadas.

Desta maneira, os equipamentos mais sofisticados e custosos de imagenologia, como o Tomógrafo Computarizado Multicorte, a Ressonância Nuclear Magnética, o Ultra-som Diagnóstico e outros semelhantes foram adquiridos da firma alemã Siemens e da holandesa Philips. Nenhuma delas produz, naturalmente, todos os equipamentos, mas sim alguns dos mais complexos e sofisticados. Ambas deviam competir em qualidade e preço. Compramos meios de diagnóstico das duas firmas para a Venezuela e para Cuba, onde desenvolvíamos um plano semelhante de serviços médicos, que durante os anos de pleno Período Especial tinha recebido muitos poucos recursos.

Em mais de 10 especialidades diferentes adquirimos equipamentos de ambas as firmas para os serviços dos dois países. Não mencionarei os da firma alemã Siemens, que cumpriu seus compromissos. Apenas farei referência à Philips; ela forneceu equipamentos para serem utilizados em12 especialidades nas quais partilhou com a outra firma os mais importantes e custosos: 15 Tomógrafos de 40 cortes, 28 de Ressonância Magnética Nuclear de 0,23 tesla, 8 Mesas Telecomando para Urologia, 37 Ultra-sons Diagnósticos 3D, 2 Angiógrafos de Neurologia, 2 Angiógrafos de Cardiologia, 2 Polígrafos, 1 Câmara Gamma de cabeçote duplo, 3 Câmaras Gamma de cabeçote simples, 250 Raios-X móveis, 1 200 Monitores não invasivos e 2 000 Monitores-Desfibriladores.

No total 3 553 equipamentos com um valor de 72 milhões 762 mil 694 dólares.

Participei pessoalmente nas negociações de estas compras com as duas firmas.

Os preços discutidos equipamento por equipamento, implicavam importantes reduções de preço visto que se pagavam à vista e em quantidades elevadas, unindo os destinados a Cuba e a Venezuela. De outra forma não poderiam ser adquiridos com a urgência necessária, especialmente nesse país, devido às necessidades acumuladas nos setores mais pobres de sua população total, que já ultrapassava os 27 milhões de pessoas.

Os mais complexos estavam destinados aos Centros de Alta Tecnologia, os menos complexos e abundantes aos Centros de Diagnóstico de Bairro Adentro, embora não eram os únicos a serem utilizados nesses centros. Quase todos foram adquiridos a princípios de 2006.

Adoeci gravemente a fins de julho desse ano. A Philips forneceu peças até fins de 2006. Em 2007 deteve-se totalmente o fornecimento: nem uma só foi fornecida.

No mês de março desse ano uma representação cubana viajou ao Brasil, onde estava a sede do escritório principal da firma Philips para a América Latina que negociou com Cuba. Começaram a explicar suas dificuldades. O governo de Bush exigia-lhes informação pormenorizada dos equipamentos fornecidos a Cuba pela firma, alegando que alguns deles continham programas e nalguns casos componentes de patente ianque, e a Philips tinha entregado a informação solicitada acerca dos adquiridos a essa firma para Cuba e a Venezuela. Jamais existiu o menor problema com ela.

O chefe da Philips no Brasil disse textualmente à representação cubana: “O governo dos Estados Unidos mantém-se intransigente no relativo às regulamentações dos equipamentos e às solicitações de licenças com respeito a Cuba.”

“Eu sei que o problema afeta o plano do Comandante. Nossa organização está afetada e ameaçada. Todas nossas organizações têm muito medo”. Imediatamente repete: “têm muito medo”.

Acrescentaram finalmente que eles queriam cooperar e buscariam fórmulas.

Em meados de julho de 2007, numa chamada Conferência da Casa Branca sobre as Américas, Bush, a Secretaria de Estado e outros líderes do Governo dos Estados Unidos “falaram até pelos cotovelos”, segundo anunciava a AP, sobre educação e saúde. Parecia irreal. Prometiam repartir saúde pela América Latina.

Fizeram ênfase no Confort, um velho porta-aviões convertido, segundo ele, “no maior navio hospital do mundo”, que faria uma visita de 10 dias a cada país deste hemisfério ao Sul dos Estados Unidos. Esse era seu programa de saúde. O que ele não disse é que estava sabotando na Venezuela o programa de saúde mais sério que jamais tinha sido proposto num país do Terceiro Mundo.

Apesar da coincidência em data eu não quis abordar diretamente nesse momento o problema da Philips. No mês de março ela prometeu resolver o problema. Ainda tinha esperança de que retificasse.

Nessa mesma Reflexão limitei-me a escrever: “O problema é que os Estados Unidos não podem fazer o que faz Cuba. Em câmbio, pressiona brutalmente as firmas produtoras de excelentes equipamentos médicos fornecidos a nosso país, para impedir que sejam repostos determinados programas computadorizados ou alguns sobressalentes que possuem patentes dos Estados Unidos. Posso citar casos concretos e o nome das firmas. É repugnante…”

Apesar da solene promessa da Philips a Cuba, transcorreu o resto do ano 2007, os 12 meses do ano 2008 e quase a metade de 2009 sem que uma só peça dos equipamentos chegasse dessa firma.

Em junho de 2009, após ter pagado ao Governo de Barack Obama uma multa de 100 mil euros, não muito afastado das normas de seu ilustre predecessor, a Philips dignou-se comunicar que em breve forneceria a Cuba as peças de seus equipamentos.

Contudo, ninguém tem ressarcido os cubanos, nem os doentes venezuelanos de nossos médicos de Bairro Adentro e dos que freqüentam os Centros de Diagnóstico de Alta Tecnologia, pelo dano humano ocasionado.

Como é lógico, desde a última compra realizada nos inícios de 2006, não temos adquirido da Philips mais nenhum equipamento.

Por outro lado, temos cooperado com a Venezuela na compra de centenas de milhões de dólares de equipamentos médicos para sua rede nacional de saúde, com uma variedade de equipamentos sofisticados de alta tecnologia procedentes de outras firmas européias com prestigio, e também japonesas. Desejava crer que essa firma faria um esforço para cumprir.

Desta maneira a Venezuela possui moderníssimos equipamentos em sua rede hospitalar estatal; as más ricas clínicas privadas só poderiam adquirir alguns deles. Todo o que resta dependerá agora da eficiência que o país possa atingir em seus serviços. O Presidente da Venezuela está seriamente interessado em conseguir esse objetivo. Acho que faria muito bem se mitiga o hábito venezuelano de adquirir equipamentos médicos norte-americanos, não por sua qualidade, que é boa embora com normas menos exigentes que as da Europa, senão pela entranha da política desse país, capaz de bloquear o fornecimento de peças mesmo como fez com Cuba.

Logicamente os Centros de Diagnóstico da Venezuela, os de Alta Tecnologia e outros atendidos por nossos médicos, temos enviado equipamentos de marcas reconhecidas no mundo como as melhores em sua especialidade como Siemens, Carl Zeiss, Drager, SMS, Schwind, Topcon, Nihon Kohden, Olympus e outras da Europa e do Japão, algumas das quais foram fundadas há mais de 100 anos.

Agora que a Pátria de Bolívar, à qual Martí pediu servir, está mais ameaçada do que nunca pelo imperialismo, a organização, o trabalho e a eficiência de nosso esforço devem ser maiores do que nunca, e não só no setor da saúde, mas também em todos os campos de nossa cooperação.

Fidel Castro Ruz
Setembro 6 de 2009 - 19h17

Agência Cubana de Notícias
www.cubanoticias.ain.cu

ainportugues@ain.cu

O GOVERNO AMERICANO CONTROLA A MÍDIA BRASILEIRA






E depois Chávez é o demônio.
Veja lá embaixo como a Globo produziu essa capa...
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Vinte bases norte-americanas ao redor da Venezuela

Um total de treze bases militares dos Estados Unidos, localizadas estrategicamente em países aliados de Washington, cercam atualmente a Venezuela. Com o acordo do tipo “cooperação e assistência técnica em defesa e segurança”, que a Colômbia vai assinar com os Estados Unidos, e que permitirá que soldados norte-americanos utilizem sete novas bases militares na Colômbia, o número chegará a vinte.

Os Estados Unidos cercaram militarmente a Venezuela, pelo norte – no Mar do Caribe – tem bases em Cuba, Porto Rico, Aruba e Curaçao. Pelo noroeste – América Central – tem bases em El Salvador, Honduras e Costa Rica, além da Escola das Américas, no Panamá. Pelo oeste tem três bases aliadas na Colômbia – Arauca, Larandia e Três Esquinas – sendo que logo serão dez instalações militares. Pelo sul, os Estados Unidos utilizam duas instalações no Peru e uma no Paraguai.

O único motivo pelo qual os Estados Unidos não construíram bases militares ao leste da Venezuela, é porque por este lado a Venezuela limita praticamente com o Oceano Atlântico.

América Central

Na República de El Salvador se encontra a Base Militar Comalapa, um posto de Operações Avançadas ( FOL, na sigla em inglês) utilizado para o monitoramento via satélite da região assim como para apoio a outras bases. Seu pessoal tem acesso a portos, espaço aéreo e instalações governamentais.

Na República de Honduras está a Base Soto Cano, em Palmerola. É utilizada para a prática de radar como estação, para proporcionar apoio para treinamento e missões em helicópteros que monitoram os céus e as águas da região; tem um papel chave nas operações militares. Foi dali que partiu o golpe de estado contra o presidente constitucional Manuel Zelaya.

Na Costa Rica possuem a Base Militar Libéria, que, como está localizada na parte continental da América Central, funciona como centro de operações durante as negociações preliminares e confidenciais.

Enquanto isso no Panamá, ainda que não possuam nenhuma base militar é lá que funciona a Escola das Américas, atualmente chamada de Instituto de Cooperação para a Segurança Hemisférica, onde são treinados os mercenários norteamericanos.

América do Sul

Na Colômbia, os norte-americanos contam com três bases militares. A primeira é a Base Militar de Arauca, projetada para “combater” o narcotráfico na Colômbia, mas que de fato é utilizada como ponto estratégico para o monitoramento da zona petroleira, especialmente a da Venezuela.

Outra instalação é a Base Militar de Larandia, que serve como base de helicópteros dos Estados Unidos. Possui uma pista de aterrissagem para bombardeiros B-52, uma capacidade operativa que ultrapassa o território colombiano e permite uma cobertura para ataques em quase todo o sul do continente.

A terceira base na Colômbia é a Base Militar de Três Esquinas que serve para operações terrestres, aéreas e fluviais, além de ter se transformado em ponto estratégico para ataques contra a guerrilha. Esta instalação ‘receptora permanente de armamento, de logística e serve para o treinamento de tropas de combate.

A República do Peru tem dentro de seu território duas bases militares norteamericanas: Iquitos e Nanay. O governo peruano diz que estas bases pertencem às forças armadas do Peru, mas foram construídas e são utilizadas por soldados norteamericanos que operam na zona fluvial Nanay, na Amazônia peruana.

Na República do Paraguai se encontra a Base Mariscal Estigarribia, desde maio de 2005, quando o governo dos Estados Unidos assinou um tratado com a administração paraguaia, para instalar a base militar na cidade de Mariscal Estigarribia, província de Boquerón, no chamado Chaco Paraguaio.

O Caribe

A principal, e também a mais antiga, é a Base Naval de Guantánamo, situada perto de Santiago de Cuba, a segunda cidade mais importante do país depois de Havana. Foi construída em 1903 e possui uma área de 117,6 quilômetros quadrados, entre terra firme, água, mar e pântanos; e possui uma área de costa de 17,5 quilômetros.

Em Porto Rico, estado associado aos Estados Unidos, se encontra a Base de Vieques, uma ilha adjacente de 35 quilômetros de comprimento. A base ocupa cerca de 70% do território da ilha.

Anteriormente, nesta instalação, operava o Comando Sul, agora localizado em Miami, mas é utilizada para operações especiais e como quartel regional do exército, da marinha e das forças especiais.

Há ainda outras duas instalações, a Base Militar Reina Beatriz, em Aruba, e a Base Militar Hatos, em Curaçao. São utilizadas para o monitoramento via satélite e como apoio para o controle de vigilância no Mar do Caribe.

Sete Bases

A decisão do Pentágono, o ministério da guerra dos Estados Unidos, de instalar novas bases em solo colombiano, surgiu desde o momento em que o presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou a expulsão e o despejo da Base Militar e Aeronaval de Manta.

Esta instalação era o principal centro de espionagem eletrônica, com tecnologia de satélites, do Pentágono na América do Sul e era utilizada como plataforma logística de inteligência militar, para alavancar as operações coordenadas pelo Comando Sul.

A nova administração Obama considerou que a prioridade era buscar uma nova localidade, que tivesse as mesmas características de Manta. Para, assim, poder manter a cobertura aérea da região.

O ministério da Defesa colombiano enumerou as bases: as aéreas serão Malambo, no departamento do Atlântico; Palanquero, em Cundinamarca; e Apiay, em Meta. As bases do exército serão Tolemaida, em Cundinamarca; e Larandia, em Caquetá. As navais serão as de Cartagena e Bahia Málaga, no departamento de Valle Del Cauca.

Com os mesmos objetivos, os Estados Unidos tem pretensões de instalar, no futuro, quatro bases adicionais: uma em Alcântara no Brasil; outra na zona de Chapare na Bolívia; outra mais em Tolhuin, na província de Terra do Fogo, na Argentina; e a última na zona conhecida como a tripla fronteira, localizada na fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai.

Os Estados Unidos alegam que todas estas bases militares são centros de operações táticas para apoiar o que eles denominam “segurança hemisférica”, termo relacionado com a velha Doutrina de Segurança Nacional – que propunha primeiro isolar e depois acabar com qualquer governo que contrariasse os interesses de Washington e do Pentágono como, por exemplo, o governo bolivariano da Venezuela.

Fonte: Agência Bolivariana de Notícias

Entre 1495 e 1975, as Grandes Potências estiveram em guerra durante 75% do tempo


As grandes potências e a guerra

Entre 1495 e 1975, as Grandes Potências estiveram em guerra durante 75% do tempo, começando uma nova guerra a cada sete ou oito anos. As guerras foram a principal atividade dos estados nacionais europeus, durante seus cinco séculos de existência, e agora de novo, o século XXI já começou sob o signo das armas. Neste contexto, soa absolutamente cômica e desnecessária a justificativa de que as novas bases militares dos EUA, na Colômbia, tem a ver com o combate ao narcotráfico e a guerrilha local. O artigo é de José Luís Fiori.

José Luís Fiori

Entre 1495 e 1975, as Grandes Potências estiveram em guerra durante 75% do tempo, começando uma nova guerra a cada sete ou oito anos. Mesmo nos anos mais pacíficos deste período, entre 1816 e 1913, estas potências fizeram cerca de 100 guerras coloniais. E ao contrário das expectativas, a cada novo século, as guerras foram mais intensas e violentas do que no século anterior (J. Levy, “War in the modern Great Power System”, Ky Lexington, 1983). Por isso, se poder dizer que as guerras foram a principal atividade dos estados nacionais europeus, durante seus cinco séculos de existência, e agora de novo, o século XXI já começou sob o signo das armas. Mas apesar disto, segue sendo um tabu falar e analisar objetivamente o papel das guerras na formação, na evolução e no futuro do sistema inter-estatal capitalista, que foi “inventado” pelos europeus, nos séculos XVI e XVII, e só se transformou num fenômeno universal, no século XX. Talvez, porque seja muito doloroso aceitar que as guerras não são um fenômeno excepcional, nem decorrem de uma “necessidade econômica”. Ou porque seja muito difícil de entender que elas seguirão existindo, mesmo que não ocorram enfrentamentos atômicos entre as Grandes Potências, porque elas não precisam ser travadas para cumprir seu “papel” dentro do sistema inter-estatal. Basta que sejam planejadas de forma complementar e competitiva.

A primeira vista, tudo isto parece meio absurdo e paradoxal. Mas tudo fica mais claro quando se olha para o começo desta história, e se entende que o sistema mundial em que vivemos, foi uma conquista progressiva dos primeiros estados nacionais europeus. E desde os seus primeiros passos, este sistema nunca mais deixou de se expandir, “liderado” pelo crescimento competitivo e imperial de suas Grandes Potências, que lutam permanentemente para manter ou avançar sua posição relativa dentro do sistema. Por isto, tem razão o cientista político norte-americano, John Mearsheimer, quando diz que “as Grandes Potências têm um comportamento agressivo não porque elas queiram, mas porque elas têm que buscar acumular mais poder se quiserem maximizar suas probabilidades de sobrevivência, porque o sistema internacional cria incentivos poderosos para que os estados estejam sempre procurando oportunidades de ganhar mais poder às custas dos seus rivais...”. (Mearsheimer, “The tragedy of the great powers”, 2001: 21).

Neste processo competitivo, a guerra, ou a ameaça da guerra, foi o principal instrumento estratégico utilizado pelos estados nacionais, para acumular poder e definir a hierarquia mundial. E as potências vencedoras - que se transformaram em “líderes” do sistema - foram as que conseguiram conquistar e manter o controle monopólico das “tecnologias sensíveis”, de uso militar. Por sua vez, esta competição pela ponta tecnológica, e pelo controle monopólico dos demais recursos bélicos, deu origem à uma dinâmica automática e progressiva, de preparação contínua para as guerras. Numa disputa que aponta todo o tempo, na direção de um império único e universal. Mas, paradoxalmente, este império não poderá ser alcançado sem que o sistema mundial perca sua capacidade conjunta de seguir se expandindo. Por que? Porque a vitória e a constituição de um império mundial seria sempre a vitória de um estado nacional específico. Daquele estado que fosse capaz de impor sua vontade e monopolizar o poder, até o limite do desaparecimento dos seus competidores. Se isto acontecesse, entretanto, acabaria a competição entre os estados, e neste caso, os estados não teriam como seguir aumentando o seu próprio poder.

Ou seja, neste sistema inter-estatal inventado pelos europeus, a existência de adversários é indispensável para que haja expansão e acumulação de poder, e a preparação contínua para a guerra é o fator que ordena o próprio sistema. Assim mesmo, como a “potência líder” também precisa seguir acumulando poder, para manter sua posição relativa, ela mesma acaba atropelando as instituições e os acordos internacionais que ajudou a criar num momento anterior. Ela é quem tem maior poder relativo dentro do sistema, e por isto, ela é que acaba sendo, quase sempre, a grande desestabilizadora de qualquer ordem internacional estabelecida.

Agora bem, a preparação para a guerra, e as próprias guerras, nunca impediram a complementaridade econômica e a integração comercial e financeira, entre todos os estados envolvidos nos conflitos. Pelo contrário, a mútua dependência econômica sempre foi uma peça essencial da própria competição. Às vezes, predominou o conflito, às vezes a complementaridade, mas foi esta “dialética” que se transformou no verdadeiro motor político-econômico do sistema inter-estatal capitalista, e no grande segredo da vitória européia, sobre o resto do mundo, a partir do século XVII.

Entre 1650 e 1950, a Inglaterra participou de 110 guerras aproximadamente, dentro e fora da Europa, ou seja, em média, uma à cada três anos E entre 1783 e 1991, os Estados Unidos participaram de cerca de 80 guerras, dentro e fora da América, ou seja, em média, também, uma a cada três anos. (M. Coldfelter, “Warfare and armed conflicts”, MacFarland, Londres, 2002). Como resultado, neste início do século XXI, os Estados Unidos tem acordos militares com cerca de 130 países, ao redor do mundo, e mantém mais de 700 bases militares, fora do seu território. E assim mesmo, devem seguir se expandindo - independente de qual seja o seu governo - sem precisar ferir necessariamente o Direito Internacional, e sem precisar dar explicações a ninguém. Por isto, soa absolutamente cômica e desnecessária a justificativa de que as novas bases militares dos EUA, na Colômbia, tem a ver com o combate ao narcotráfico e a guerrilha local, assim como os argumentos que associam a instalação do escudo anti-mísseis dos EUA, na fronteira com a Rússia, com o controle e bloqueio de foguetes iranianos. Como soa ridícula, neste contexto, a evocação do “princípio básico da não ingerência”, na defesa das decisões colombianas, polacas ou checas. Neste “jogo” não há limites e por mais lamentável que seja, os “neutros” são irrelevantes ou sucumbem, e só lhes restam duas alternativas, para os que não aceitam aliar-se ou submeter-se à potencia expansiva: no caso dos mais fracos, protestar; e no caso dos demais, defender-se.

José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16141&boletim_id=590&componente_id=9943

E os tucanos... (Humor)

Charge de Alecrim no Charge on line ... não conseguem acompanhar o vôo do Lula.

A política expansionista de Israel: os assentamentos "avançados"

Milton Alves *

O anúncio feito esta semana pelo governo israelense da intenção de prosseguir com a implantação de novos assentamentos em territórios palestinos da Cisjordânia revela claramente a continuidade da política expansionista da atual liderança de Israel. Trata-se da política de agressão e da obstaculização permanente da formação soberana e integral do estado palestino.

Os "assentamentos avançados" não são nada mais que assentamentos em sua etapa inicial, estabelecidos em determinados lugares com containers ou caravanas que geralmente terminam com a adição de obras de infraestrutura e edificações permanentes, em geral se localizam próximos ou há poucos kilomêtros do assentamento "pai".

Os assentamentos "avançados" servem de forma importante a Israel em termos políticos e territorais. Desde dos anos 90, sucessivos governos israelenses tem se "comprometido" a não construir novos assentamentos. No entanto, as diversas administrações de Israel tem contrariado essa decisão ao facilitar e na maioria dos casos patrocinar a criação de "novos assentamentos avançados" ou "bairros" em assentamentos já existentes. O objetivo dessa política visa a expansão territorial e a sedimentação de populações judaicas dentro das áreas palestinas.

Portanto, a implementação da política de assentamentos, significa a subtração de parcelas de terras palestinas e a violação das Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluida a Resolução 452 (1979), que insta "o governo e o povo de Israel a que em caráter de urgência ponha fim a criação, construção e planificação de assentamentos em territórios árabes ocupados desde 1967, incluindo Jerusalem". Esta como diversas outras resoluções foram sistematicamente descumpridas pelo estado israelense.

Muros e mais muros


No entanto, além da construção continuada de assentamentos, o governo de Israel realiza há alguns anos a construção de um gigantesco muro, que penetra em diversas faixas de terra da Palestina ocupada. São muros longos e altos, dificultando sobre maneira a vida dos palestinos. A construção dos muros foi condenada pela Corte Internacional de Justiça, porém as obras continuam, o que agride mais uma vez o direito internacional. Para se ter uma idéia da dimensão do estrago causado pela construção dos muros, que separa e retalha mais ainda os territórios da Palestina vejamos os seguintes números:


O Muro de Israel penetra profundamente dentro do território palestino ocupado, anexando de fato 9% da Ribeira Ocidental ocupada, incluindo toda Jesuralém Oriental ocupada e o Vale do Latrun;

O Muro, com um plano de extensão de 711Km, é maior duas vezes que a fronteira de 1967 entre a Ribeira Ocidental e Israel, a chamada Linha Verde;
82% do Muro será construído sobre o território palestino;

O Muro incorpora cerca de 80 assentamentos israelenses com aproximadamente 385,000 colonos na Ribeira Ocidental, o que faz do muro parte da estratégia de consolidação dos assentamentos;

Quase 11% da população palestina da Ribeira Ocidental ficará isolada, Neste número se incluem 35.000 palestinos que possuem cédula de identidade da Ribeira Ocidental, assim como 268 mil palestinos de Jerusalém. Aproximadamente, 50 mil palestinos de 38 aldeias e cidades ficarão aprisionados em zonas declaradas por Israel como "zonas fechadas", localizadas entre o Muro e a fronteira de 1967;

O Muro fecha e divide Jerusalém Oriental ocupada do resto da Ribeira Ocidental;
Cerca de 125 mil palestinos distribuidos por 28 comunidades palestinas ficarão cercados por tres lados do muro. Outros 26.000 palestinos habitando 8 comunidades serão fechados pelos quatro lados do muro, o que constituí uma política de guetização da população palestina. Várias partes do Muro chegam a ter 8 metros de altura, superando o tamanho do extinto Muro de Berlín.

Desde do começo do ano, Israel começou a construção de quatro novas seções do Muro. A nova construção é em torno do assentamento de Rehava na área de Salfit; também ao redor do asentamento de Eshkolot na área de Hebron; assim como na relocalização da direção do Muro em duas seções do Muro em Qalqiya.*

É nesse cenário que ocorrerão as esperadas retomadas das negociações, em que Israel procura chegar mais uma vez impondo draconianas e intolerantes condições ao heróico e sofrido povo palestino. Também gera uma certa expectativa qual será o comportamento da nova administração dos EUA, de Barack Obama, já que os governos norteamericanos têm sido ao longo do tempo os incondicionais aliados dos sionistas.

Do Portal Vermelho.org

Kirchner x Clarín: o que está por trás da disputa na Argentina

Do Portal Vermelho.org

O grupo de comunicação Clarín — que se insurgiu contra uma operação da Receita Federal argentina, realizada nesta quinta-feira (10) na sede da empresa — é diretamente afetado pelo projeto que regula as comunicações, enviado ao Congresso daquele país pela presidente Cristina Kirchner.

Desde o envio do projeto, nos últimos dias, aumentou a temperatura do confronto entre os principais conglomerados da mídia, como o Clarín, e o governo Cristina Kirchner. “Esse confronto já era previsível”, afirma o jornalista Denis Moares, professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Em entrevista por telefone a Paulo Henrique Amorim, Denis Moraes, autor do livro A Batalha da Mídia — Governos Progressistas e Políticas de Comunicação na América Latina, ressaltou que o projeto do governo muda radicalmente a concentração da mídia na Argentina. A proposta, de 21 pontos, foi elaborada a partir da discussão com empresários, trabalhadores da comunicação, mães da Praça de Maio e empresários do setor, entre outros grupos sociais envolvidos. As audiências populares, em várias ocasiões, foram presididas pela própria Cristina Kirchner.

Entre as medidas propostas, há a proibição de um mesmo grupo empresarial concentrar atividades nos diferentes meios de comunicação — jornal, rádio, TV, revistas e internet, além da limitação ao número de emissoras de TV e rádio que cada grupo poderá manter. Para Denis de Moraes, essa legislação põe em confronto o grupo Clarín, mais poderoso conglomerado de mídia da Argentina, e o governo federal. “O objetivo do Clarín é desestabilizar os Kirchner e fazer com que volte ao poder um grupo de centro-direita.”

O objetivo do Clarín, como da grande mídia argentina é desestabilizar os Kirchner, fazer que volte ao poder um grupo de centro-direita, diz Moraes. Segundo ele, a legislação enviada ao Congresso é parecida com a que vários governos da região fizeram para enfrentar a grande mídia, como nos casos do Equador, Bolívia, Venezuela, e, de forma mais suave, os governos de esquerda moderada do Uruguai e do Chile.

O Brasil destoa dessa tendência latino-americana. Segundo Denis Moraes, o governo Lula parece “temer a artilharia midiática” e não teve visão estratégica. O Brasil, diz ele, está na retaguarda da América Latina. “Nossa legislação sobre TV comunitária do Brasil é a mais atrasada do continente.”


Da Redação, com informações do Conversa Afiada

Aécio tira férias do governo para fazer campanha Presidencial

Além de se licenciar por 10 a 15 dias em novembro, para se dedicar à pré-candidatura à Presidência, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), cogita deixar o cargo antes de terminado o prazo de desincompatibilização previsto no calendário eleitoral.


Fontes ligadas ao tucano confirmam que ele admite antecipar em pelo menos um mês sua saída, cuja data limite é 31 de março. O objetivo seria pôr em evidência o vice, Antônio Augusto Anastasia (PSDB), e fortalecê-lo na disputa pelo Palácio da Liberdade.

Segundo representante do governo Aécio, o pedido de licença para viajar, que ele diz estudar, seria uma última cartada para emplacar sua candidatura, antes de ceder a uma negociação com o governador José Serra (SP),.Caso desista do Planalto, a opção do mineiro seria concorrer ao Senado. O Palácio da Liberdade admite a possibilidade de licença.

Fonte: blog Amigos do Presidente

Lula negocia vantagens para o Brasil na compra de aviões. Imprensa corrupta e impatriótica acha ruim.

Em entrevista coletiva, hoje (11), em Ipojuca (PE), o presidente Lula disse sobre a compra de 36 aviões caças para a Força Aérea Brasileira (FAB):

“A FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer avaliação. Agora, a decisão é política e estratégica, e essa é do presidente da República e de ninguém mais”.

Estadunidenses, franceses e suecos estão na concorrência.

Lula disse que a melhor proposta para atender a demanda brasileira, até o momento, foi a do presidente da França, Nicolas Sarkozy: “O presidente Sarkozy, até agora, foi o único presidente que disse textualmente para mim que ele quer não só transferir tecnologia para o Brasil, mas produzir aqui e que o Brasil tem disponibilidade de vender o produzido aqui para toda a América Latina.”

Lula disse essa é a única proposta concreta até o momento mas, segundo ele, se alguém quiser ofertar mais, que o faça. “Negociação é assim”, disse.

A imprensa brasileira, sabe-se lá atendendo a que interesses escusos, ensaiou uma crise, achando ruim o Brasil conseguir melhores condições junto a um dos possíveis fornecedores.

Desde os tempos de sindicalista, o presidente Lula sempre foi um hábil negociador, e está sabendo como nenhum outro tirar vantagens do poder de barganha que esta compra representa.

Foi só o presidente Lula aproveitar a visita do presidente da França, para aparar arestas na proposta francesa que, dois dias depois, a Embaixada dos Estados Unidos divulgou nota informando que o Congresso americano autorizou a transferência de tecnologia ao Brasil para a construção dos caças F/A-18 Super Hornet.

Ou seja, não foi apenas os franceses que melhoram sua proposta. Os norte-americanos também. A sueca SAAB já afirmou que fará nova proposta. Tudo sob pressão brasileira.

Antes disso, a proposta dos franceses esbarrava no preço, a dos norte-americanos, esbarrava na transferência de tecnologia. Ambos já cederam nas negociações, e quem ganha com isso é o Brasil.

Só uma imprensa colonizada como a brasileira, com complexo de baratas, que é incapaz de enxergar os fatos e os interesses que estão por tras disso tudo, se mete em atrapalhar uma boa negociação para o Brasil, criando uma falsa crise midiática.

Bem... há outra explicação possível para o comportamento lesa-pátria da imprensa: a indústria bélica internacional é pródiga em fazer lobby e aliciar setores corruptos da imprensa para defender seus interesses. Basta lembrar como a imprensa dos EUA (e parte da brasileira) tratava as inexistentes armas de destruição em massa do Iraque, para justificar a guerra.

As vantagens e desvantagens de cada um

Na análise comparativa feita pela FAB:

- o caça francês saiu vitorioso no quesito tecnológico, e a oferta francesa permite maior desenvolvimento da indústria aeronáutica nacional, inclusive com a fabricação no Brasil para venda na América Latina.

- O F-18 Super Hornet venceu na logística, pois suas peças e seus armamentos são mais baratos e fáceis de ser encontrados.
A Boeing e o governo estadunidense ofereceram até adaptações necessárias para que o caça seja armado com mísseis de fabricação estrangeira, uma concessão feita ao Brasil, inédita ao resto do mundo, neste tipo de venda.
Porém, os EUA não admitem fornecer os códigos-fonte do software de controle do avião, que permita alterações por engenheiros da FAB, o que é uma exigência do governo brasileiro.

- O Gripen NG, ainda está em desenvolvimento (é um protótipo), o que é tentador para a FAB, pois oferece participação no desenvolvimento do projeto desde sua fase inicial. Como desvantagem, o aparelho ainda não é completamente operacional. Além disso, diversos componentes estão sujeitos ao embargo para a transferência tecnológica, por serem de fabricação estadunidense.

Aspectos geo-políticos

As análises técnicas da FAB são essenciais e são critérios de exclusão. Ou seja, não há preço e condições que justifique a compra de um equipamento que não atenda as necessidades de defesa nacional.

Porém, pesando na balança os aviões, o sistema de armamento (que é tão ou mais importante do que o próprio avião), o acesso à tecnologia, ainda é preciso levar em conta os aspectos geo-políticos.

Os EUA vêem a América Latina como seu mercado para a indústria bélica, e vêem o Brasil como concorrente. Se interessam em ter o Brasil como cliente, não tem interesse no Brasil como plataforma de produção para exportar.

Já a França e Suécia competem com os EUA, e se interessam em entrar no mercado latino-americano via Brasil, por isso são mais abertos em fazer parcerias mais amplas para fabricação no Brasil, inclusive permitindo o Brasil se tornar plataforma de exportação para outros países vizinhos.

Os EUA detém, hoje, hegemonia isolada do resto do mundo, como potência bélica, e representam a maior ameaça intervencionista à soberania nacional. Sem disponibilizar o acesso a itens críticos, como software de controle do avião, não há proposta que satisfaça. Softwares fechados podem conter mecanismos secretos que permitam sabotagem à distância, inclusive que pareçam acidentes.

Os EUA vislumbram um projeto militar, para a América Latina, de tornar a região um protetorado, com bases americanas, à semelhança da OTAN na Europa. Já o Brasil e demais nações (exceto a Colômbia) pretendem a integração sul-americana, inclusive militar, mas com soberania dos países da região, sem a presença militar estadunidense, tanto pelo histórico de intervenções, como porque causa desequilíbrio. Os atritos já são evidentes na insistência dos EUA em estender o plano Colômbia, e de reativar a IV Frota.

Brasil e França, tem se alinhado em decisões de segurança mundial, e tomado posições contrárias aos EUA. É assim na reformulação do Conselho de Segurança da ONU, e foi assim na oposição que ambos os países fizeram na guerra ao Iraque.

Todas estas questões não são uma carta branca para decidir pelos aviões franceses, afinal é preciso pesar tudo nos pratos da balança, mas, com certeza, faz da França um aliado preferencial.

Do blog Amigos do Presidente

Tucanos saem em defesa da corrupção

PSDB classifica como "movimento golpista do PT" decisão sobre impeachment de Yeda


Folha Online, em Brasília

O comando do PSDB reagiu nesta sexta-feira e classificou como um "movimento golpista do PT" o anúncio de que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitou o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB).

A cúpula do partido deve discutir a situação do governo de Yeda em uma reunião na próxima semana com o governador José Serra (São Paulo) e os desdobramentos políticos do caso. Líderes do PSDB temem que as denúncias contra a administração da tucana ganhem dimensão nacional e virem munição contra o candidato do partido que disputar a sucessão presidencial em 2010.

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a governadora é "vítima de uma conspiração" para favorecer o PT na disputa local nas próximas eleições. O ministro Tarso Genro (Justiça) foi escolhido o nome do partido para tentar conquistar o Palácio Piratini.

"Nunca tive a menor dúvida de que isso ia acontecer. Acho que é um movimento golpista liderado pelo PT. Então, não me surpreende que o presidente da Assembleia, que é do Partido dos Trabalhadores, encaminhe esse tal impeachment. Se trata de impedir que a governadora avance politicamente enquanto ela já avançou administrativamente. E tem a polícia russa também ajudando [referência ao ministro Tarso Genro]. As ações são coordenadas contra o mandato da governadora. Ela é vitima de uma conspiração", disse Guerra.

Com a movimentação do pedido de impeachment, Yeda pode ficar sem sustentação do partido para buscar a reeleição. Na tentativa de fortalecer o palanque no Rio Grande do Sul para o candidato do PSDB, o comando do partido pode dar fôlego a uma aliança com o PMDB gaúcho que trabalha o nome do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.

A reunião com Serra deve ser decisiva para o futuro da governadora. No encontro, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), deve reforçar a defesa de Yeda. "É um petista [Ivar Pavan] completamente envolvido nessa conspiração permanente que esse partido faz contra a governadora e contra o Rio Grande do Sul. É o padrão petista. Não aceitam o jogo democrático e usam posições que conquistam para conspirar e tentar desestabilizar", afirmou.

Impeachment

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aceitou ontem o pedido de impeachment contra Yeda, que foi protocolado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Estado.

Com a decisão de Pavan, a Casa Legislativa vai começar a discutir o assunto, que pode ser levado a plenário. O fórum alega que Yeda cometeu crime de responsabilidade. Segundo a Assembleia, há ao menos 26 pontos no processo que vinculam a governadora ao suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.

O parlamentar e uma equipe de assessoramento técnico analisou documentos e escutas telefônicas reunidas pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Poder Judiciário.

De acordo com o Legislativo, a posição adotada pela presidência da Casa se baseia em dois eixos: o conhecimento dos fatos relacionados à gestão do Detran e a decisão do modelo e ações do governo em favorecer o esquema criminoso.

A Assembleia informou que, nas escutas realizadas, réus da CPI do Detran referem de maneira direta que a governadora tinha conhecimento dos fatos e relacionam o esquema com o centro do governo.

Pavan afirmou que não se trata de pré-julgamento, mas da responsabilidade do Parlamento diante do seu papel institucional de preservar valores éticos e os critérios da boa gestão pública.

"A abertura do processo de impeachment representa o compromisso da Assembleia com o resgate dos princípios republicanos. Não podemos ficar omissos diante da gravidade desta conduta."

Para economista, crescimento é importante, mas juros poderiam ser menores

Ricardo Carneiro critica interrupção da queda dos juros pelo Banco Central, porque há "muita gordura para queimar". Retomada mostra acerto em políticas do governo

Por: Paulo Donizetti

O crescimento da economia brasileira no segundo trimestre mostra que as políticas adotadas pelo governo tiveram resultado. A avaliação é de Ricardo Carneiro, professor do Instituto de Economia da Unicamp. Ele critica o Banco Central por não promover mais cortes de juros em um cenário em que há "muita gordura para queimar".

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística (IBGE) apontaram crescimento de 1,9% no segundo trimestre de 2009. No semestre, houve retração de 1,5%, a maior da série histórica iniciada em 1996.

"O mais importante é que voltamos a crescer, sinal de que as políticas anticíclicas adotadas pelo governo brasileiro apresentaram resposta rápida", sustenta, em entrevista à Rede Brasil Atual.

"Como a queda do PIB foi grande (no último trimestre de 2008), o estrago no desempenho anual já está feito e deveremos ficar nisso aí, entre 0 e 1%", pondera. Para ele, comparar os dados com um período crítico prejudica um pouco a análise.

Por outro lado, apesar do resultado anual baixo, o ritmo de aquecimento da economia pode representar um crescimento no último trimestre de 3,5% a 4% na comparação com o ano passado, por causa da retração dos últimos meses de 2008. "Isso já significará uma ‘trajetória de cruzeiro’, que é o que importa para projetar para o próximo ano que vem um ritmo muito bom", explica.

Carneiro considera que o Banco Central se precipitou na interrupção dos cortes da taxa Selic. "Ainda tem muita gordura para queimar, esta aí a inflação baixa para demonstrar isso", dispara. "Ninguém entende esse conservadorismo, não há justificativa objetiva, é fundamentalismo", critica.

Do BrasilAtual