segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Governo acertou em reajustar o Bolsa-Família

Com o reajuste do Bolsa-Família, a economia pode ganhar um novo alento. Como os que recebem o benefício (a classe E) tendem a consumir toda sua renda (afinal, são pessoas que vivem com menos renda do que o necessário), o reajuste de 4% em ganho real ajudará a manter o mercado interno aquecido, a expandir a renda nacional e, consequentemente, gerar empregos.

Reajustar o Bolsa Família, neste momento, parece melhor do que reajustar o salário-mínimo, o que não seria totalmente revertido em consumo, mas sim, uma parcela, em poupança.

Lembrando: o que garante empregos é o consumo; e quanto mais pobre, maior a propensão a consumir o incremento de renda obtido (e menor as condições de poupar).

Por exemplo: Adicione 10$ à renda de uma pessoa que ganha 100$ por mês e ela provavelmente consumirá os 10 reais a mais e não poupará nada. Já se adicionarmos 10$ à renda de alguém que ganha 2000$ é provável que tal incremento seja simplesmente acumulado (poupado), em vez de consumido.

Portanto, cada real transferido a esta classe mais pobre gerará o máximo de benefício possível em termos de aumento do emprego no país, pois será integralmente utilizado em consumo (e não em poupança), mantendo/aumentando a demanda às empresas, que contratarão. Os novos contratados recebem salário e passam a consumir, ajudando a criar demanda para outras empresas, que terão de contratar. Ou seja, há um "efeito multiplicador".

Outra consequência importante do aumento do BF é:

"Cálculos realizados pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do MDS, considerando a estimativa de beneficiários e o percentual de recomposição dos valores, indicam que o reajuste poderá contribuir com a redução do Índice de Gini(**) do Brasil em 2,37% e com 30% da queda no número de famílias extremamente pobres." (fonte)

Ou seja, 3 em cada 10 famílias em condição de extrema pobreza sairão de tal situação graças ao complemento de renda do Bolsa Família.

(**): Índice GINI é o que mede a desigualdade de renda. Quanto menor, melhor a distribuição da riqueza num determinado país. E por falar no Índice, assista ao vídeo abaixo em que o economista do IPEA afirma que o Brasil já cumpriu todas as metas propostas para 2015 e que estamos melhorando em todas as áreas. Várias notícias boas.

Do blog ANTI TUCANO



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