A reciclagem do lixo doméstico que geramos todos os dias pode trazer mais benefícios do que se pensa a um país e, consequentemente, à sua população. Isso porque quando se passa a enxergar o lixo não mais como lixo, pura e simplesmente, que precisa ser descartado pois não serva mais para nada, e sim como um conjunto de matéria-prima preciosa, como lembra o economista Sabetai Calderoni, presidente do Instituto Brasil Ambiente e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável, em notícia publicada pela Agência Brasil, a economia do país, particularmente das prefeituras, é muito grande.
A começar pela economia de energia, que é muito maior quando você utiliza a sucata do produto no lugar da matéria virgem, e também economia dos recursos gastos com aterros e transporte do lixo todos os dias. A reciclagem pode assim ser muito lucrativa, e o dinheiro que seria ganho com ela caso o lixo domiciliar tivesse tratamento adequado seria da ordem de US$ 10 bilhões ao país por ano, dinheiro suficiente para beneficiar a população brasileira com cestas básicas e um plano habitacional, como lembra a notícia.
A mudança de consciência a respeito do lixo deve ser acompanhada, na opinião de Calderoni, pela instação de centrais de reciclagem pela prefeitura, o que pode ser feito por meio de parcerias com empresas, assim os custos de instalação dessas unidades também não seriam tão altos.
A ideia de que a reciclagem é algo caro vai assim perdendo espaço. Afinal, como lembra o economista, caro é achar que matéria-prima é lixo e sustentar uma enorme rede de transporte e descarte, algumas vezes inadequado, no modelo insustentável dos aterros.
Veja notícia com mais informações sobre o assunto:
Tratamento adequado do lixo domiciliar pode gerar US$ 10 bilhões por ano ao país
Por Carolina Gonçalves
Brasília – O lixo domiciliar, se tivesse tratamento adequado, poderia gerar recursos da ordem de US$ 10 bilhões ao país por ano, dinheiro suficiente para beneficiar a população brasileira com cestas básicas e um plano habitacional. A estimativa é do economista Sabetai Calderoni, presidente do Instituto Brasil Ambiente e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável. Calderoni acredita que o país vai conseguir captar cerca de 80% desse valor em cinco a dez anos.
Para o economista, o “processo social de amadurecimento” que o país viveu nos últimos anos pode, com a implantação da atual Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece, por exemplo, o fim dos lixões e a logística de retorno de embalagens e produtos usados, aumentar ainda mais os ganhos com a reciclagem de lixo no Brasil.
“A gente gasta muito menos energia, por exemplo, quando usa sucata ao em vez de usar a matéria prima virgem. É o caso da latinha de alumínio, em que eu economizo 95% da energia. Da mesma forma, economizo minha matéria prima que é a bauxita [gasta-se 5 toneladas de bauxita para produção de 1 tonelada de alumínio], e ainda economizo água”, disse Calderoni. Na mesma conta, o economista ainda considera o pagamento feito pelas prefeituras aos aterros, que recebem e enterram os resíduos, além dos gastos com o transporte desse material e a perda dos ganhos que a reciclagem poderia gerar. (Texto completo)
Leia mais em Educação Política:
EM POUCO MAIS DE CINCO MINUTOS, UMA MENINA DISCURSA NA ONU E DIZ AOS ADULTOS: “SE VOCÊS NÃO PODEM FAZER NADA EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE, ENTÃO, PAREM DE DESTRUÍ-LO”
APESAR DAS VANTAGENS DO USO DA BICICLETA NAS CIDADES, O CICLISTA AINDA É UM DOS USUÁRIOS MAIS VULNERÁVEIS NO TRÂNSITO
CRIADOS EM 2004 PELA GESTÃO DE GILBERTO GIL, OS PONTOS DE CULTURA SÃO UMA REVOLUÇÃO NAS POLÍTICAS CULTURAIS E AGORA ESTÃO AMEAÇADOS
MILIONÁRIOS DESTROEM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL PARA CONSTRUIR MANSÕES EM ILHAS DO LITORAL CARIOCA
Nenhum comentário:
Postar um comentário