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Fonte: IrãNews |
Havana (Prensa Latina) As transmissões televisivas lançadas ao mundo pelo Irã em idioma espanhol, terceira língua de uso mundial após o chinês e o inglês, constituem um estratégico passo do país para enfrentar a atual cruzada midiática ocidental.
O canal HispanTV, inaugurado em 31 de janeiro pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, será um baluarte comunicacional para o Irã e para os estados vizinhos vítimas dos grandes meios de difusão.
Ao ir ao ar essa emissora satelital, a primeira do Oriente Médio a empregar a língua de Cervantes, o Chefe de Estado contrastou-a com outros órgãos informativos que apontam contra toda causa independente do planeta.
"Neste momento, uma minoria egoísta e abusiva está pavimentando o caminho para dominar as nações através dos meios de imprensa", afirmou o Chefe de Estado, que participou na abertura mediante uma videoconferência.
O líder iraniano assegurou que a estação, entre cujos programas figuram noticiários, espaços culturais e filmes, ajudará a enfrentar a "hegemonia" ocidental sobre esses recursos.
As transmissões são um campo de batalha ideológica que Ocidente domina há muito tempo, recordou Ahmadinejad.
O Presidente iraniano acrescentou que a estação "reduzirá o alcance de poderes hegemônicos e diminuirá a distância entre as nações livres e sedentas de justiça".
O ministro iraniano de Assuntos Exteriores, Ali Akbar Salehi, foi ainda mais longe quando equiparou aos meios de imprensa com "uma força militar", porque são eles, disse, os que determinam ganhadores e perdedores de um conflito.
O canal surge em meio a uma crescente tensão mundial pelas sanções ocidentais impostas ao Irã através da ONU e a União Europeia, e a crescente presença naval estadunidense no estreito de Ormuz.
A escalada agressiva de Washington e seus aliados, que se opõem ao programa pacífico nuclear iraniano, e, em geral, a sua atitude independente, compreende um recrudescimento da guerra midiática ocidental contra Teerã.
Mohammad Sarafraz, chefe do serviço internacional da estatal Corporação Televisiva do Irã (IRIB, em inglês) assegurou que a maioria desses canais "só estão servindo a interesses dos Estados Unidos e seus aliados".
O também responsável do Serviço Mundial dessa corporação, opinou que esses meios de informação em massa "são bons em ocultar a verdade e distorcer os fatos, sobretudo os originados no Irã, Oriente Médio e o mundo muçulmano".
Durante sua primeira transmissão, HispanTV utilizou também materiais da TeleSul, a rede televisiva latinoamericana inaugurada em 2005 com apoio da Venezuela.
Uma contribuição idiomática e comunicacional
O novo canal internacional de alta definição em espanhol, um dos seis idiomas oficiais da ONU, constitui, ademais, um dos mais trascendentes acontecimentos idiomáticos dos últimos tempos.
Trata-se de uma importante contribuição comunicacional ao intercâmbio entre Irã, Oriente Médio e o Islã, por um lado, e o mundo hispânico que se expande por todo o planeta, por outro.
O espanhol é falado por 450 milhões de pessoas, pelo que seu uso nas transmissões de HispanTV revela também a sensibilidade iraniana por contribuir à universalidade desse idioma.
HispanTV contribuirá, assim, à aproximação do Irã com os povos e governos da América Latina e, em geral, da Iberoamérica, o que também foi destacado no ato inaugural.
O canal aspira a reforçar os vínculos culturais e a aproximação a essas nações e projetar para esse bloco linguístico a cultura, tradições e costumes iranianos, bem como informação objetiva sobre sua realidade.
O novo canal foi inicialmente ao ar no passado 22 de dezembro, precisamente um dia antes do início de uma viagem de cooperação e intercâmbio de Ahmadinejad por países latinoamericanos: Venezuela, Nicarágua, Equador e Cuba.
A HispanTV , que transmite apoiado em cinco satélites, entre eles Hispasat, Intelsat e HotBird, pode se acessar mediante Internet e de telefones móveis.
O desgosto de líderes ocidentais diante da crescente aproximação iraniana na América Latina é outro aspecto atual sobre este tema.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, caracterizou em maio último de "perturbadores" os avanços de Teerã na região.
O espanhol de HispanTV para o mundo
Para historiadores, linguistas e especialistas em comunicação, o fato de que o espanhol seja um dos idiomas mais falados do mundo começa pela "descoberta" e a colonização espanhois da América.
A presença das metrópoles em todas as manifestações da vida e o discurrir histórico do Novo Mundo, propagaram o idioma por todos os territórios conquistados na região e em outros continentes.
O resto fizeram-no as migraciones econômicas e de todo tipo em tempos posteriores à chegada espanhola do século XV. O desenvolvimento e aperfeiçoamento do espanhol chega até nossos dias, em que se fala em todos os continentes.
A região em que mais se usa, obviamente, é a América, onde México ocupa o primeiro lugar e Estados Unidos o segundo, este último com cerca de 50 milhões de pessoas: mais de 16 por cento da população.
Estados Unidos é também o quarto país de fala hispana do mundo após México, Colômbia e Espanha, segundo um artigo do jornalista e estudioso espanhol Sergio Delgado.
Também se usa no Brasil, Havaí, a Ilha de Páscoa, Guam, e Marianas do Norte.
Na Europa empregam-no mais de 65 milhões de pessoas e é o terceiro após o inglês e do francês. Em Reino Unido, França e Alemanha, é, após os idiomas autóctones, o mais utilizado e popular.
No Velho Continente também se pratica mais que o alemão, é língua "de moda" em academias e escolas oficiais e também se fala em Suíça.
Os países africanos onde se fala espanhol são a Guiné Equatorial, onde é oficial; Marrocos, Argélia, Angola. Os da Oceania são a Austrália, Nova Zelanda, Ilhas Marshall, os Estados Federados de Micronesia e Palaos.
Na Espanha, segundo um recente estudo apresentado no Instituto Cervantes de Nova Iorque, este idioma representa em termos econômicos em 16 por cento do PIB nacional.
O espanhol é a única grande língua internacional que possui uma ortografía, uma gramática e um dicionário em comum, algo que não passa em outros idiomas, nem sequer no inglês, de acordo com essa investigação.
* Jornalista da Redação da África e Oriente Médio da Prensa Latina.
O canal HispanTV, inaugurado em 31 de janeiro pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, será um baluarte comunicacional para o Irã e para os estados vizinhos vítimas dos grandes meios de difusão.
Ao ir ao ar essa emissora satelital, a primeira do Oriente Médio a empregar a língua de Cervantes, o Chefe de Estado contrastou-a com outros órgãos informativos que apontam contra toda causa independente do planeta.
"Neste momento, uma minoria egoísta e abusiva está pavimentando o caminho para dominar as nações através dos meios de imprensa", afirmou o Chefe de Estado, que participou na abertura mediante uma videoconferência.
O líder iraniano assegurou que a estação, entre cujos programas figuram noticiários, espaços culturais e filmes, ajudará a enfrentar a "hegemonia" ocidental sobre esses recursos.
As transmissões são um campo de batalha ideológica que Ocidente domina há muito tempo, recordou Ahmadinejad.
O Presidente iraniano acrescentou que a estação "reduzirá o alcance de poderes hegemônicos e diminuirá a distância entre as nações livres e sedentas de justiça".
O ministro iraniano de Assuntos Exteriores, Ali Akbar Salehi, foi ainda mais longe quando equiparou aos meios de imprensa com "uma força militar", porque são eles, disse, os que determinam ganhadores e perdedores de um conflito.
O canal surge em meio a uma crescente tensão mundial pelas sanções ocidentais impostas ao Irã através da ONU e a União Europeia, e a crescente presença naval estadunidense no estreito de Ormuz.
A escalada agressiva de Washington e seus aliados, que se opõem ao programa pacífico nuclear iraniano, e, em geral, a sua atitude independente, compreende um recrudescimento da guerra midiática ocidental contra Teerã.
Mohammad Sarafraz, chefe do serviço internacional da estatal Corporação Televisiva do Irã (IRIB, em inglês) assegurou que a maioria desses canais "só estão servindo a interesses dos Estados Unidos e seus aliados".
O também responsável do Serviço Mundial dessa corporação, opinou que esses meios de informação em massa "são bons em ocultar a verdade e distorcer os fatos, sobretudo os originados no Irã, Oriente Médio e o mundo muçulmano".
Durante sua primeira transmissão, HispanTV utilizou também materiais da TeleSul, a rede televisiva latinoamericana inaugurada em 2005 com apoio da Venezuela.
Uma contribuição idiomática e comunicacional
O novo canal internacional de alta definição em espanhol, um dos seis idiomas oficiais da ONU, constitui, ademais, um dos mais trascendentes acontecimentos idiomáticos dos últimos tempos.
Trata-se de uma importante contribuição comunicacional ao intercâmbio entre Irã, Oriente Médio e o Islã, por um lado, e o mundo hispânico que se expande por todo o planeta, por outro.
O espanhol é falado por 450 milhões de pessoas, pelo que seu uso nas transmissões de HispanTV revela também a sensibilidade iraniana por contribuir à universalidade desse idioma.
HispanTV contribuirá, assim, à aproximação do Irã com os povos e governos da América Latina e, em geral, da Iberoamérica, o que também foi destacado no ato inaugural.
O canal aspira a reforçar os vínculos culturais e a aproximação a essas nações e projetar para esse bloco linguístico a cultura, tradições e costumes iranianos, bem como informação objetiva sobre sua realidade.
O novo canal foi inicialmente ao ar no passado 22 de dezembro, precisamente um dia antes do início de uma viagem de cooperação e intercâmbio de Ahmadinejad por países latinoamericanos: Venezuela, Nicarágua, Equador e Cuba.
A HispanTV , que transmite apoiado em cinco satélites, entre eles Hispasat, Intelsat e HotBird, pode se acessar mediante Internet e de telefones móveis.
O desgosto de líderes ocidentais diante da crescente aproximação iraniana na América Latina é outro aspecto atual sobre este tema.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, caracterizou em maio último de "perturbadores" os avanços de Teerã na região.
O espanhol de HispanTV para o mundo
Para historiadores, linguistas e especialistas em comunicação, o fato de que o espanhol seja um dos idiomas mais falados do mundo começa pela "descoberta" e a colonização espanhois da América.
A presença das metrópoles em todas as manifestações da vida e o discurrir histórico do Novo Mundo, propagaram o idioma por todos os territórios conquistados na região e em outros continentes.
O resto fizeram-no as migraciones econômicas e de todo tipo em tempos posteriores à chegada espanhola do século XV. O desenvolvimento e aperfeiçoamento do espanhol chega até nossos dias, em que se fala em todos os continentes.
A região em que mais se usa, obviamente, é a América, onde México ocupa o primeiro lugar e Estados Unidos o segundo, este último com cerca de 50 milhões de pessoas: mais de 16 por cento da população.
Estados Unidos é também o quarto país de fala hispana do mundo após México, Colômbia e Espanha, segundo um artigo do jornalista e estudioso espanhol Sergio Delgado.
Também se usa no Brasil, Havaí, a Ilha de Páscoa, Guam, e Marianas do Norte.
Na Europa empregam-no mais de 65 milhões de pessoas e é o terceiro após o inglês e do francês. Em Reino Unido, França e Alemanha, é, após os idiomas autóctones, o mais utilizado e popular.
No Velho Continente também se pratica mais que o alemão, é língua "de moda" em academias e escolas oficiais e também se fala em Suíça.
Os países africanos onde se fala espanhol são a Guiné Equatorial, onde é oficial; Marrocos, Argélia, Angola. Os da Oceania são a Austrália, Nova Zelanda, Ilhas Marshall, os Estados Federados de Micronesia e Palaos.
Na Espanha, segundo um recente estudo apresentado no Instituto Cervantes de Nova Iorque, este idioma representa em termos econômicos em 16 por cento do PIB nacional.
O espanhol é a única grande língua internacional que possui uma ortografía, uma gramática e um dicionário em comum, algo que não passa em outros idiomas, nem sequer no inglês, de acordo com essa investigação.
* Jornalista da Redação da África e Oriente Médio da Prensa Latina.
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