
Ross Douthat , colunista (conservador) do The New York Times, diz hoje, depois das primárias da Flórida terem sido vencidas com folga por Mitt Roomey, que a candidatura do ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich “foi indo, foi indo, foi indo e foi-se”.
Como com o ultradireitista Rick Santorum, Gingrich parece estar sendo esvaziado pela assunção, cada vez maior, de um perfil mais conservador pelo ex-governador de Massachusetts.
Ontem, diante de uma espantada entrevistadora da CNN, Roomey disse: “eu não estou preocupado com os mais pobres.”, avisando que seu foco são os americanos de classe média.
Num país em que o desemprego não consegue baixar dos 9% e cujos níveis de pobreza são os maiores de sua história recente, não parece ser boa estratégia, senão para, claro, jogar nas costas dos programas sociais – e dos impostos que são necessários para mantê-los- a culpa pelas dificuldades econômicas dos EUA, depois que eles estouraram seu caixa socorrendo bancos e indústrias em 2008.
Uma versão americana do “não quero o voto do marmiteiro” que acabou com as chances do Brigadeiro Eduardo Gomes, nas eleições de 1946, uma frase que agrada – embora não confessadamente – a uma parte da classe média.
Mas o seu principal adversário na disputa republicana também não ficou atrás. Como se ainda estivesse vivendo no tempo das proezas espaciais dos anos 60, Gingrich prometeu colonizar a Lua até 2020.
Para Barack Obama, aplica-se bem a frase antológica de Millor Fernandes: “mais importante do que ser genial é estar cercado por medíocres”.
E ter certas partes do corpo voltadas para a Lua que Gingrich quer colonizar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário