domingo, 20 de novembro de 2011

Rede Globo e Chevron, unidas em crimes ambientais de grandes proporções ao Brasil.





Sugado do blog Olhos do Sertão

Meus amigos e amigas é triste ver uma organização empresarial utilizando uma concessão pública para defender os interesses de multinacionais do petróleo. E se fosse a Petrobrás? Veja bem meus amigos que segundo a âncora que tem pensamento colonizado, eles utilizaram um aeronave, "gentilmente" cedida pela Chevron para fazer a matéria abaixo.
Paulo Henrique Amorim diz em seu blog que Chevron comprou dois minutos do horário do JN para tentar se explicar o que é inexplicável porque a referida empresa cometeu vários crimes contra o meio ambiente e patrimônio brasileiro.


Onde está o jornalismo investigativo da Rede Globo que cobra tanto da Petrobrás e do governo Dilma? Onde está o interesse público nessa matéria? O que interessa para a Rede Globo é proteger os interesses da Chevron no Brasil? Parece que sim. E parece ser uma má vontade da Rede Globo em cobrar os fatos da Chevron e seus crimes contra o meio ambiente brasileiro.


Em sua matéria Paulo Henrique Amorim diz que o deputado do PDT identificou se repetiu na edição desta quinta-feira do Jornal Nacional, de forma grosseira e grotesca. Uma reportagem sobre o vazamento teve um minuto e meio, mais 30 segundos com falas dos apresentadores do telejornal, e foi assinada por Tiago Eltz, mas poderia levar a assinatura da presidência da Chevron-Texaco.
Continua Paulo Henrique Amorim...
A reportagem inteira é feita de cima de um avião que sobrevoa a enorme mancha de óleo. As imagens são inteiramente cobertas por informações da Chevron. Fala-se sobre a extensão da mancha, garante-se que não chegará ao litoral, explica-se o trabalho de recuperação, e jura-se que a quantidade de óleo é “muito pequena”. As expressões que introduzem todas as informações prestadas na matéria são as seguintes: “Segundo a companhia”, “a estimativa da empresa”, “de acordo com os técnicos da empresa”, “de acordo com ele (Flávio Monteiro, gerente de segurança e meio-ambiente da Chevron)”, “a empresa diz que”, “segundo Flávio Monteiro”.

Fora do corpo da matéria, William Bonner e Fátima Bernardes dão as únicas indicações de que talvez a versão da Chevron não seja a única possível. Mas o apresentador tenta deixar claro que é essa a versão mais confiável: “As informações da Chevron são conflitantes com as estimativas de ambientalistas que analisaram imagens de satélite”. No encerramento, Fátima fala rapidamente sobre a posição da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Mas a primeira frase da apresentadora esclarece muito sobre o que havíamos acabado de ver, principalmente se lembrarmos o que escreveu Brizola Neto: “A equipe da TV Globo viajou num avião cedido pela Chevron”.
A reportagem foi paga por um dos maiores interessados no assunto, pelo causador de todo o problema. É como se fosse produzida uma matéria jornalística sobre um caso de assassinato, e essa matéria fosse paga pelo réu confesso. Essa é a ética do jornalismo praticado pela mídia dominante brasileira, é dessa forma que o telejornal mais assistido do país trata temas como um desastre ambiental. É esse o respeito que diz ter pelo povo brasileiro, é esse o seu jornalismo “isento”, “neutro” e “imparcial”, como afirmou em um documento divulgado no meio do ano sobre seus “princípios editoriais”.
*O Tijolaço, blog do Brizola Neto, tem feito uma grande cobertura do caso do vazamento da Chevron, inclusive com várias outras demonstrações da cumplicidade da mídia corporativa com a multinacional, a começar pela leiturade um release da empresa no Jornal Hoje de quarta-feira.
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