Do Blog O Escrevinhador
Semana passada publicamos aqui a carta de Silvio Tendler, cineasta judeu que, defendendo o melhor da sua tradição religiosa, condenou o ataque à flotilha da liberdade. A atitude foi elogiado por muitos leitores deste Escrevinhador que manifestaram a esperança de que outros judeus brasileiros seguissem a mesma atitude.
Infelizmente, não foi o que aconteceu. O site Opera Mundi publicou hoje matéria na qual líderes judeus brasileiros declaram seu apoio à ação israelense – dentre eles o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Cláudio Lottenberg, e o professor José Luiz Goldfarb, conselheiro da Associação Brasileira Hebraica de São Paulo.
Enquanto estes declaram apoio à Israel, acontece uma movimentação muito simbólica: judeus alemães preparam uma nova Flotilha da Liberdade com destino aos territórios ocupados da Palestina (matéria do Vermelho).
Nas declarações que aparecem na imprensa, já tem gente falando em “antisionismo”. Termo que – intencionalmente ou não – é usado como sinônimo de “antisemitismo” apesar de terem significados diferentes. Após o holocausto, ser antisemita é acusação grave. Já sionismo se refere ao movimento que lutou pela fundação do Estado de Israel. E este tem dado motivos para criar um movimento contrário. Quem nos chama a atenção no uso dos termos é o historiador Domenico Losurdo, em entrevista ao Escrevinhador.
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