
Misturava-se o poder político advindo de quem fez e desfez de um Presidente da República, ao poder econômico potencializado pelas crescentes vendas de jornais e, especialmente, pelo dólar barato, lembrando que as contas do PiG são em dólar e, portanto, o câmbio paritário o fez ganhar muito dinheiro.
Nem o mais otimista esperava que em questão de menos de 15 anos a Mídia fosse do auge à decadência, em termos econômicos e políticos. Hoje o debate sobre Imprensa e Telecomunicações está na hora do dia e na boca das pessoas mais politizadas.
E começa a chegar a cada vez mais pessoas. Indício disso é a criação do #DIAsemGLOBO, reivindicação que ganha força no twitter, pregando que as pessoas não assistam aos jogos da seleção brasileira na Globo, como repúdio à tentativa global de desestabilizar Dunga, prejudicando a seleção brasileira.
Se as pessoas entenderam que a Globo, em nome de seus interesses comerciais, pode prejudicar a seleção brasileira em plena Copa do Mundo, por que elas não entenderiam que a Globo pode jogar contra o país também nas questões políticas, a fim de se beneficiar economicamente?
E esse é um dos vários elementos que mostram que a Grande Imprensa está no centro da berlinda. Antes ela, imprensa, batia mas era invisível politicamente. Hoje porém ela bate e as pessoas vêem de onde veio o soco. Por fim, ela pode correr mas não pode mais se esconder.
E mesmo essa imprensa sendo constituída basicamente por colunistas de viés conservador, uma espécie de ditadura do pensamento único, com uma falta de pluralidade superior à do período da década de 90; mesmo com essa coesão militar, o candidato dela, José Serra, só faz cair nas pesquisas. Isso mostra, entre outras coisas, que o poder de fogo midiático diminuiu, embora ainda seja um grande problema da República.
Do Blog Anti Tucano
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