segunda-feira, 29 de março de 2010

O que quer A CPI do MST?

Quer devassar as contas do movimento, que tem sido demonizado pela grande imprensa desde o início dos anos 2000, como já descrevi em outras postagens, aqui no blog. A resposta, os deputados da CPI poderiam procurar aqui: "Eu considero sete fontes de recursos internos que o MST desenvolveu para fortalecer sua atuação, nesse processo de fazer a luta na terra, de fortalecer as suas comunidades, seus assentamentos. E aí tem alguns detalhes, alguns números interessantes. Porque eu apresento dados do volume de recursos que são repassados para entidades parceiras por parte do Governo Federal. Eu sublinho no rodapé dessa mesma página o fato de que as principais entidades ruralistas do Brasil têm recebido 25 vezes mais subsídios do Governo Federal. E o curioso de tudo isso é que só é fiscalizado como o pobre recebe recurso público. Mas, sobre os ricos, que recebem um volume de recursos 25 vezes maior que o dos pobres, ninguém faz nenhuma pergunta, ninguém fiscaliza nada. Parece que ninguém tem interesse nisso. E aí o Governo Federal subsidia advogados, secretárias, férias, todo tipo de atividade dos ruralistas. Então, chama a atenção que propriedade agrária no Brasil, ainda que modernizada e renovada, continua a ter laços fortes com o poder e recebe grande fatia de recursos públicos. Isso são dados do próprio Ministério da Agricultura. Ainda no Governo Lula, a agricultura empresarial recebeu sete vezes mais recursos públicos do que a agricultura familiar. Sendo que a agricultura familiar emprega 80% ou mais dos trabalhadores rurais." Miguel Carter é organizador do livro 'Combatendo a Desigualdade Social - O MST e a Reforma Agrária no Brasil.' Este é um trecho da entrevista que o professor da American University, em Washington D.C., que estuda o assunto há quase duas décadas, deu ao jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada.

Fonte: Blog DoLaDoDeLá

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