sábado, 12 de dezembro de 2009

São Paulo tem número recorde de civis mortos e a maioria das vítimas é pobre e negra


Se os verdadeiros animais circulam no nosso meio;De armamentos pesados, de fardamentos apertados;Racionais ou irracionais eu não sei, só sei;Que não se dão respeito e querem ser respeitados;Espécie de animais que deveriam estar enjaulados;Disseram que entre eles existem os bons e os ruins;Nunca foram bons pra mim, eu ainda quando criança;Presenciava os fatos e trago na lembrança;Quando invadiram a favela tumultuando a viela;Dando tiro nos barracos com a menor importância;Se lá houvessem crianças, mataram muita esperança;E na infância pela sua forma de profissionalismo;Ás tornaram vítimas, crianças recém-nascidas;Homens de mente assassina, psicopatas racistas;E vocês se tornaram um inimigo covarde;É um perigo pra sociedade.
"Rato Cinza Canalha"Consciência Humana



Blog do João Paulo Cunha



Dois dossiês recém-divulgados revelam dados alarmantes sobre a violência em São Paulo. O relatório Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo, divulgado ontem, afirma que parte “substancial” dos mais de 11 mil casos de resistência seguida de morte registrados nos Estados do Rio e de São Paulo desde 2003 podem ter sido, na verdade, execuções extrajudiciais.

Responsável pelo Relatório, a ONG Human Rights Watch afirma que as PMs dos dois estados brasileiros mataram, em 2008, mais do que os policiais mataram em toda a África do Sul, país com alto índice de violência policial.

O dossiê denominado "Mapas do Extermínio: Execuções Extrajudiciais e Mortes Pela Omissão do Estado de São Paulo", divulgado em novembro, revela que a polícia paulista tem usado a força letal de forma arbitrária e que o grau de extermínio de civis no estado é superior aos níveis mundiais.

Elaborado por 15 entidades da sociedade civil, com o apoio do deputado José Cândido, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, o documento retrata a criminalização da pobreza no Estado. As vítimas desta pena de morte ilegal e extrajudicial são jovens afrodescendentes e moradores da periferia.

O dossiê, que traz dados sobre o massacre de moradores de rua, assassinato de mulheres, internos da Fundação Casa e do sistema penitenciário, conclui que há uma política institucionalizada de criminalização da pobreza e extermínio no Estado de São Paulo. Leia aqui o dossiê “Mapas do Extermínio: execuções extrajudiciais e mortes pela omissão do estado de São Paulo”


Do blog do Cappacete

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