Segundo o The Guardian, o chamado Texto Dinamarquês, elaborado em segredo por um grupo que ficou conhecido como "círculo do compromisso", foi finalizado nesta semana e mostrado a um grupo muito restrito de países. O texto seria revelado apenas no final da conferência.
No texto, os líderes presentes ao encontro seriam convidados a assinar um acordo que dá mais poder aos países ricos e remete as Nações Unidas para um lugar secundário nas futuras negociações sobre alterações climáticas.
Além disso, estabelece limite diferentes para as emissões per capita de países desenvolvidos e em desenvolvimento até 2050. Ao segundo grupo de países será permitido emitir quase o dobro de gases, segundo revelou o jorna britânico.
O texto abandona os princípios do Protocolo de Quioto, no qual as nações ricas, responsáveis pela maior parte das emissões de CO2, assumiam a liderança no combate ao efeito de estufa, enquanto as nações mais pobres poderiam agir em menor escala.
O documento entrega ainda ao Banco Mundial a responsabilidade de financiar o combate às alterações climáticas.
Ongs criticam documento
Lumumba Stanislas Dia Ping, chefe da delegação sudanesa que atualmente preside o G77, grupo que reúne 130 países em desenvolvimento, afirmou que o projeto representa uma "ameaça". "Os membros do G77 não deixarão as negociações neste estágio. Não podemos nos permitir um fracasso em Copenhague", afirmou.
Organizações ambientais também criticaram o documento. "O texto proposto pelo primeiro-ministro dinamarquês é fraco e mostra a posição elitista e sem transparência da presidência dinamarquesa”, afirmou Kim Carstensen, da organização WWF.
"As táticas de negociações debaixo dos panos, sob a presidência dinamarquesa, querem agradar os países ricos em vez de servir à maioria das nações que pedem uma solução justa e ambiciosa", acrescentou.
Antonio Hill, da Oxfam International, pediu que os líderes se concentrem no texto negociado há meses por diferentes grupos de trabalho. "A proposta dinamarquesa não deve distrair (os participantes)", comentou.
Brasil cancela entrevista
A divulgação do tal documento fez com que a delegação do Brasil na COP-15 suspendesse uma entrevista coletiva sobre o andamento das negociações para iniciar conversações com Brasília; a China mudou sua entrevista para uma sala menor, informou o jornal O Globo.
Leia aqui, em inglês, o texto revelado pelo jornal britânico The Guardian
Do Portal Vermelho.org
No texto, os líderes presentes ao encontro seriam convidados a assinar um acordo que dá mais poder aos países ricos e remete as Nações Unidas para um lugar secundário nas futuras negociações sobre alterações climáticas.
Além disso, estabelece limite diferentes para as emissões per capita de países desenvolvidos e em desenvolvimento até 2050. Ao segundo grupo de países será permitido emitir quase o dobro de gases, segundo revelou o jorna britânico.
O texto abandona os princípios do Protocolo de Quioto, no qual as nações ricas, responsáveis pela maior parte das emissões de CO2, assumiam a liderança no combate ao efeito de estufa, enquanto as nações mais pobres poderiam agir em menor escala.
O documento entrega ainda ao Banco Mundial a responsabilidade de financiar o combate às alterações climáticas.
Ongs criticam documento
Lumumba Stanislas Dia Ping, chefe da delegação sudanesa que atualmente preside o G77, grupo que reúne 130 países em desenvolvimento, afirmou que o projeto representa uma "ameaça". "Os membros do G77 não deixarão as negociações neste estágio. Não podemos nos permitir um fracasso em Copenhague", afirmou.
Organizações ambientais também criticaram o documento. "O texto proposto pelo primeiro-ministro dinamarquês é fraco e mostra a posição elitista e sem transparência da presidência dinamarquesa”, afirmou Kim Carstensen, da organização WWF.
"As táticas de negociações debaixo dos panos, sob a presidência dinamarquesa, querem agradar os países ricos em vez de servir à maioria das nações que pedem uma solução justa e ambiciosa", acrescentou.
Antonio Hill, da Oxfam International, pediu que os líderes se concentrem no texto negociado há meses por diferentes grupos de trabalho. "A proposta dinamarquesa não deve distrair (os participantes)", comentou.
Brasil cancela entrevista
A divulgação do tal documento fez com que a delegação do Brasil na COP-15 suspendesse uma entrevista coletiva sobre o andamento das negociações para iniciar conversações com Brasília; a China mudou sua entrevista para uma sala menor, informou o jornal O Globo.
Leia aqui, em inglês, o texto revelado pelo jornal britânico The Guardian
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