sábado, 10 de outubro de 2009

Jarbas Vasconcelos: o senhor-intolerância


Senador Jarbas Vasconcelos: não entendeu ou esqueceu as aulas sobre democracia


Prof. DiAfonso

O Senador-Coronel Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) possui um estranho conceito de democracia: igualdade política e social só se passar pelo crivo dele.

Em fevereiro de 2009, criticou a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no carnaval de Recife. O seu veneno foi expelido sob as bênçãos de um argumento pouco sólido: "Não vejo problemas da Dilma passar o Carnaval no Estado. O problema é quando ela usa dinheiro público para fazer campanha", comentara o senador naquela oportunidade. A essa pouca solidez argumentativa nas palavras do senhor-intolerância, junta-se uma flagrante contradição que daria o ar de sua graça em agosto de 2009 quando o presidenciável José Serra (PSDB-SP) - a quem Jarbas defende com unhas e dentes (talvez deseje um ministério num futuro e improvável governo serrista) - foi a Exu-PE visitar o Museu do Gonzagão. Ora, lá estavam o afilhado de Jarbas, deputado federal Raul Henry (PMDB-PE), e o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) a ciceronear o governador de São Paulo. O que José Serra estava fazendo lá? Estava em férias e resolveu passear com seus próprios recursos? Não, claro que não. Ele estava querendo, ao visitar o famoso município pernambucano, angariar a simpatia do povo nordestino com fins desbragadamente político-demagógicos. E com dinheiro do cidadão paulista.

Agora, como a corroborar a tese de que Jarbas Vasconcelos concebe a ideia de democracia a seu bel-prazer, ele sugere a morte do PCdoB e desdenha da história de lutas desse partido cujo norte nunca deixou de vislumbrar os princípios democráticos, de fato.

Convoco a blogosfera a repudiar, veementemente, as declarações fascistas desse senador que nos enganou quando fora para o front defender as liberdades democráticas num período difícil na vida do bravo povo brasileiro. Talvez o senador Jarbas Vasconcelos (o senhor-intolerância) creia que o termo "ditabranda", cunhado pela Folha de S. Paulo, esteja mais adequado àqueles sanguinolentos tempos. Tempos de dor e ranger de dentes. Tempos em que pais e mães choravam a morte de seus filhos, quando eles próprios não figuravam como vítimas da insanidade de um Estado autoritário e fratricida.

Para alguns, ele fora apenas infeliz na declaração feita ("muita gente diz que, com a cláusula de barreira, vão acabar os partidos pequenos, vai acabar o PCdoB... Que mal há em acabar o PCdoB?", palavras do senador Jarbas Vasconcelos). Eu opino de maneira diferente: ele não foi infeliz, ele sentiu-se em estado de êxtase ao proferir tal declaração, pois a forma truculenta como vem se posicionando diante de qualquer evento que lhe desagrade parece integrar o seu mutante dna.


do Blog Terra Brasilis

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