domingo, 13 de setembro de 2009

Tsunami de imposturas

Já não importa qual o grande jornal ou telejornal, entre outros. O fato é um só : os maiores veículos jornalísticos do país mergulharam num oceano de imposturas e de crimes que parece não ter limites.

Mentiras grosseiras e de fácil desarticulação ganham as primeiras páginas de mega jornais em destaque principal, e nas próprias reportagens a que tais manchetes remetem constata-se que estas nada têm que ver com o que “noticiam”.

Trago mais um exemplo sem nem saber direito por que, pois no movimento na internet desencadeado para pretensamente barrar esse verdadeiro tsunami de imposturas o que não faltam são exemplos.

Todavia, imagino que possam difundir estas informações por aí, a fim de que outras pessoas vejam o que estão fazendo, a enormidade da fabrica de imposturas em que se converteu a grande imprensa brasileira.

E as informações dizem respeito a manchete da principal edição da semana do jornal tido como o mais vendido (com e sem trocadilho) do país, a Folha de São Paulo, ainda que pudesse ser qualquer dos seus principais concorrentes.

A manchete que você viu na imagem em destaque aqui, constitui mera prestação de serviços à banca privada nacional, recentemente afrontada pela propaganda do maior banco do país, o estatal Banco do Brasil, alçado recentemente a tal condição.

O BB assumiu tal condição por remar na contramão da interrupção da concessão de crédito pelo setor bancário privado por conta da crise econômica internacional. Tornou-se o maior banco do país, no últimos meses, por ter acreditado no Brasil quando a banca privada descreu.

A Folha de São Paulo presta serviço à concorrência do BB ao publicar a manchete de primeira página deste domingo que destaquei acima. Faz isso no momento em que o BB lança ofensiva publicitária nas tevês dizendo isso, que acreditou no Brasil quando a banca privada o deixou na mão, meses atrás.

A matéria da Folha induz a parte crédula de seu público a crer que são balela as vantagens que o BB ofereceu ao país quando os bancos privados recusaram-se a ofertar crédito, no auge da crise.

Afinal, os bancos estatais teriam aumentado as tarifas de serviços para compensar a considerável redução de taxas de juro que passaram a praticar enquanto os bancos privados, além de mantê-las ou aumentá-las, recusavam-se a emprestar.

A tabela abaixo, porém, revela que a alta das tarifas com que os bancos estatais estariam compensando a queda das taxas que lhes permitiu assumir a liderança apenas aproximou as tarifas dos bancos públicos das tarifas dos privados, sendo que os públicos oferecem dinheiro mais barato.

Abaixo, a explicação sobre por que os bancos privados aumentaram um pouco mais as tarifas de serviços. Eles cobravam tarifas muito mais baixas e apenas as aproximaram das dos bancos privados.


Escrito por Eduardo Guimarães, no Blog Cidadania.com

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